terça-feira, 28 de julho de 2015

Ai Gustavo Santos

Hoje, quando estava a correr, num sítio onde não é permitido, nesta altura e aquela hora, circularem bicicletas, vi o Gustavo Santos a andar de bicicleta. Ver estas pessoas a andarem de bicicleta ali é uma coisa que me irrita um bocadinho assim grande. Porque é muito fácil ser-se atropelado por uma delas - been there. E não é uma coisa gira. O que me valeu é que apesar de toda a minha falta de jeito para muitas coisas, aparentemente ainda tenho alguma força de braços. Cause I'm stronger, than yesterday!! Ok, passando à frente. ´

Vi o Gustavo Santos de bicicleta. Depois, e como isso é uma coisa que me irrita, imaginei o seguinte monólogo de mim para ele:

"Gustavo, isto, és tu e a tua bicicleta. E isto é o Paredão, para pessoas. Tu e a tua bicicleta são um; o Paredão é outro. Tu, a tua bicicleta e o Paredão NÃO podem conviver. Tu e o Paredão, sim; tu, a tua bicicleta e o Paredão, NÃO." 

Sendo que isto tudo seria, claro, acompanhado por gestos. 

Pronto, vou tentar deixar de ser parva ;)


segunda-feira, 27 de julho de 2015

26 de Julho

Há 3 anos, neste dia, defendi a Tese e terminei o Mestrado. O primeiro Mestrado. 

Há 2 anos, 1 ano depois de ter terminado um Mestrado que nunca me completou realmente, após ter realizado um Estágio naquela que seria, teoricamente, a minha área, e ao estar, na verdade, desempregada (embora estivesse a tentar aproveitar férias), estava com uma neura desgraçada. 

Há 1 ano, aconteceu um dos melhores casamentos de sempre, com momentos felizes, muito felizes. 

Em 2015, a noite de 26 de Julho foi a noite em que disse aos medos "fiquem aí que eu vou ser feliz". E fui feliz. Com juízo e respeito, ah ah, mas fui feliz, feliz, feliz. 

Não faço ideia de onde isto me vai levar. But so far... So good. :) 

sábado, 25 de julho de 2015

Depois as coisas boas

Juro que já não acreditava que isto agora fosse possível. Reencontrar uma pessoa, passados tantos anos, e conseguir passar horas à conversa com ele, sem dar pelo tempo passar, ao ponto de ser preciso o senhor do restaurante nos vir dizer "Está na hora de fecharmos." A minha vontade foi dizer-lhe "desculpe a demora, estou a apaixonar-me pelo rapaz que tenho à frente". 

Porque sinto, feliz ou infelizmente, que é isso que me está a acontecer. Quero falar com ele, quero passar os dias com ele. Quero, quero, quero. Fora as imensas mensagens trocadas, já saímos algumas vezes e eu quero mais. Quero muito mais. 

Isto são expectativas. E o problema é que expectativas trazem desilusões, caso elas não sejam correspondidas. Aguento? Claro que aguento. Mas não quero. Quero outras coisas. 

Quero as coisas boas. E para já... Para já a coisa boa é: estou a interessar-me por um rapaz bonito por dentro e por fora. Um rapaz esforçado, trabalhador; um rapaz culto, que me estimula intelectualmente; um rapaz divertido, que me faz rir às gargalhadas com as coisas mais simples - e mais complexas também. Um rapaz que sabe ser adulto mas também sabe não se levar demasiado a sério - e adoro a criança que há nele. Um rapaz com uns olhos bonitos e doces e com um sorriso lindo. Um rapaz que fica bem de barba e sem barba, com o cabelo curto ou mais "comprido" - ficando encaracolado. 

Fuck. Não, é uma coisa boa. Fuck. 

Primeiro as coisas más*

As pessoas mudam. As pessoas crescem e mudam. As pessoas que éramos aos 20 anos não são as mesmas que somos aos 26. E, muito provavelmente, não seremos as mesmas daqui a 10 anos. E isto é normal e será bom. O problema é quando, num grupo de amigos, as pessoas mudam de formas completamente diferentes e, às tantas, percebemos (ou percebo) que se conhecesse hoje aquelas pessoas (ou algumas delas), não conseguiria, provavelmente, fazer amizade com elas. Porque crescemos e mudámos de tal forma diferente que já temos muito pouco em comum. Temos vivências, interesses, vidas diferentes. E não falando naquilo que sinto de que sou obrigada a interessar-me pelas vivências dos outros mas ninguém (ou quase ninguém) está muito interessado nas minhas (e depois admiram-se que eu não fale da minha vida), ficam as questões: o que fazer a uma amizade quando dela apenas restam as memórias? O que fazer às relações de amizade quando crescemos, ficamos totalmente diferentes e parece haver cada vez menos paciência para aquilo que somos agora? 

O que fazer quando, de repente (ou não tão de repente assim) um elemento deste grupo nos provoca um pozinho especial que até aqui era reservado às pessoas de quem nunca na vida seria amiga? 

Cresceremos todos para nos tornarmos, realmente, nuns cínicos?


*Porque depois as boas compensam as más.

domingo, 19 de julho de 2015

A razão pela qual eu vou para o Inferno

Estava a ler um artigo da Visão sobre as gaffes do Duque de Edinburgo e ri-me, quase ao ponto de cair do sofá, com a seguinte:


"Em 1999, Cardiff, capital do País de Gales, disse a uma criança surda, da associação British Deaf Association, que se encontrava perante uma banda das Caraíbas: "Se estás tão perto dessa música é porque és sem dúvida surda."


Tão bom. 

Faz-me lembrar uma que eu disse a uma colega minha este ano, na Faculdade. Estava a professora a dizer "vocês não digam a um Surdo que ele tem uma Linguagem Gestual!" quando eu partilhei o seguinte pensamento "oh... mesmo que disséssemos ele não ouvia...". A minha colega desmanchou-se a rir e disse "tu és horrível". 

Pois sou :)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Meanwhile

Ontem o macacão lá chegou, às 18:01.

E ficou-me bem! Ligeiramente largo (um dia ainda vou perceber os tamanhos... Há alturas em que só um L é que me serve; outras alturas, como agora, o S fica-me ligeiramente largo - e não, não sou eu que ando feita iô-iô) e com as pernas a precisarem de bainha (e é nestas alturas que detesto o meu 1.63. Só nestas.), mas fica-me bem. Fico gira, fico com um rabo mesmo jeitoso e fico, sobretudo, modesta, ah ah!  



Da Mango, com 50% de desconto. Espectáculo! ;) 

Porque é que as pessoas me testam?

Eu tenho vários problemas - como toooooda a gente sabe. E um desses - talvez um dos maiores - são os meus trust issues. Tenho problemas em confiar, pronto. Segundo o que os meus pais contam, desde bebé que sempre fui desconfiada. E com o tempo, é verdade, a coisa tem-se vindo a agravar. O que é que eu hei-de fazer... As pessoas dão-me razões para isso, ora essa! 

Ora, uma das consequências disto prende-se com o facto de eu DETESTAR emprestar coisas. Especialmente roupa. Não é uma questão de egoísmo... Não. É, simplesmente, não confiar que as coisas vêm como foram - ou se sequer voltam. Traumas! Traumas everywhere! 

Sim, ao contrário da maioria das adolescentes, eu nunca troquei de roupa com amigas minhas. Primeiro porque as minhas amigas mais próximas tinham corpos diferentes do meu; segundo... Porque eu não gosto, lá está, de emprestar roupa. Nem de ter roupa emprestada. Nunca sabemos o que nos vai acontecer e também nunca quis correr o risco de estragar a roupa de alguém. Sim, a minha esquisitice funciona para os dois lados - valha-me a congruência!! 

Acontece que toda a gente sabe que eu tenho estas... especificidades. Toda a gente sabe que eu sou esquisitóide. Middle child here! Então porque é que uma amiga minha, sabe que eu sou esquisitóide e que, ainda por cima, nos últimos tempos tem andado feita parva, me enviou uma mensagem logo de manhã, do nada, a pedir um dos meus vestidos de cerimónia preferidos? Sério? Logo tu, que volta e meia estás a criticar a minha forma de vestir? Porque, OH MEU DEUS, VALHA-ME A SANTA BETICE, fui de Havaianas ao McDonald's perto da praia? Oh Senhores, não, não empresto. 

Não empresto porque tooooda a gente sabe que não empresto roupa - ainda para mais um vestido que é dos meus vestidos preferidos. Não empresto porque se é para pedir emprestado, ao menos que se peça como deve ser. Não empresto porque estou farta das merdices das pessoas - oh, sim, além de egoísta, sou vingativa. I'm a bitch! 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Bored

A praia não tem estado espectacular - pois que não. O vento este ano não dá tréguas e há vento em todo o lado  e a toda a hora. Uma chatice, portanto. 

Mas, ainda assim, apetecia-me ir à praia. Em vez disso, estou de molho em casa, à espera que chegue uma encomenda. Que bom. É bom que o macacão que encomendei da Mango me fique espectacularmente bem. É bom. 

Oh crap...

O "primeiro (re)encontro" aconteceu. E foi bom. Estava estupidamente nervosa. Mas foi bom. Pelo menos na minha opinião. 

Porque agora começam as dúvidas e incertezas: o que é que ele achou? Será que fui chata e falei de mais? Será que, será que, será que? 

Tenho vontade de mais encontros. Será que ele também? 

God, já não estava habituada a isto. Pois que não. E estas dúvidas e incertezas e medos e receios vêm com o pacote, eu sei. Mas porquê? 

Acho que me sou capaz de me interessar a sério por ele. O que é uma chatice... Porque se ele não se interessar - o que é bastante provável -, sou capaz de me magoar. Outra vez.

É mais fácil quando desligamos, quando não deixamos ninguém entrar, quando não queremos saber. É tão mais fácil...  

sábado, 11 de julho de 2015

[Imagino como seria. Imagino como seria (re)encontrar-te pela primeira vez. Imagino que conversas teríamos. Imagino como agiríamos um com o outro. Imagino... E depois digo a mim mesma para parar de imaginar. Eu sou um paradoxo - uma pessoa extremamente realista (pessimista, dizem uns) mas, ainda assim, imaginativa. Paro e viajo - viajo daqui para o passado num abrir e fechar de olhos e reconstruo-o à minha maneira, à maneira que eu acho, agora, que deveria ter sido. E de repente, estou num futuro - um futuro que eu sei que não acontecerá mas, ainda assim, um futuro bom, que eu construo com o molde dos meus desejos. 

E depois vem a realidade: estou neste presente onde, por mais que eu faça, nunca origina o futuro que eu quero para mim. Onde, apesar da minha formação em Psicologia, não percebo os objectivos das pessoas; onde me sinto sempre a jogar um jogo de xadrez difícil. Agora que penso nisso, se calhar posso utilizar o xadrez como uma espécie de metáfora para a minha vida - não sei jogar xadrez, assim como não sei jogar o jogo da vida. E alguém tem que perder. E esse alguém serei eu.]

Olha que esperta

Ainda dorida da aula de 5ª feira, ontem fui nadar 45 minutos. Hoje, e a continuar dorida da aula de 5ª feira, fui correr de manhã 10km. 

E agora... Agora estou que nem posso.

Dores do corpo para esquecer outros "filmes"? Bom, nunca foi esse o objectivo, mas se calhar é isso mesmo. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ai, ui, auch

Hoje fui meter-me numa aula, no ginásio, que ando há séculos para experimentar mas que, devido ao horário, nunca deu jeito. É uma aula de HIT - High Intensity Training - e a ideia é trabalhar tudo o que há para ser trabalhado num curto espaço de tempo. E meus amigos... A verdade é que já há muito tempo que não ficava assim depois de um treino - fosse do que fosse. Que bom que era poder fazer isto sempre!! 

Masoquista, hein? Estar acabada e mesmo assim gostar da coisa e querer repetir, ah ah!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

É disto que tenho medo

Querer, desejar. Esperar. 
Perceber que se ficar um dia sem falar com ele, isso me vai fazer alguma falta. 
Imaginar. Imaginar como será quando (e se...) nos encontrarmos (porque ainda não nos encontrámos pessoalmente desde a última vez que nos vimos, há uns 8 anos. Noutra vida). 
Desejar esse encontro. 

Tenho medo disto tudo porque eu formei esta história (narrativa...) de mim própria, esta história (narrativa...), segundo a qual se eu me interesso por alguém, esse alguém não se vai interessar por mim. 

E é disto que eu tenho medo - e é isso que eu tenho evitado. Interessar-me a sério por alguém. Porque depois... Depois é uma chatice quando ele não se interessa. 

domingo, 5 de julho de 2015

Percebi aquilo que sempre soube

As questões não são importantes. Ou melhor... Provavelmente, nenhuma delas teria uma resposta importante. As coisas são como são e acabam porque acabam; não é preciso que haja uma razão escondida ou um outro significado. As coisas são como são e as pessoas são como são. 

Nesta altura apenas as perguntas eram importantes. Se há um ano talvez quisesse voltar a ter alguma coisa com ele, hoje em dia já não. Hoje em dia, e graças a ele e à sua capacidade para ser player, isso já estava mais que ultrapassado. Nesta altura, apenas existiam as questões. Porque eu tenho esta memória desgraçada que não me permitia esquecê-las. Não sei se alguma vez as vou esquecer, da mesma maneira que nunca esqueci outras coisas do passado e que, entretanto, se tornaram completamente irrelevantes. Mas é apenas isso. Questões cujas respostas já não interessam. 

Porque as pessoas são como são e as situações são como são. E o Mundo corre. 

sábado, 4 de julho de 2015

Ok

Face à minha cada vez maior incapacidade de partilhar a minha vida e os meus sentimentos com pessoas que conheço, mas tendo em conta que, por outro lado, preciso de exteriorizar o que estou a sentir, cá vai:

Eu estou a começar a interessar-me por um rapaz (homem? Temos exatamente a mesma idade - eu sou 1 dia mais velha que ele, na verdade, por isso, como é que o trato? Com 26 anos, o que é? Um homem ou um rapaz?). Eu acho que é isso que significa ficar feliz quando ele diz qualquer coisa ou ficar meio chateada quando ele não diz nada. Eu acho que é isso que significa adorar conversar com ele sobre livros e sobre séries, ainda que seja só por mensagem, e desejar fazê-lo. E não falar com ele sempre para ele não pensar que sou uma chata de uma colas que não o larga. E, e, e. Pareço uma adolescente parva. 

Mas... Há sempre um mas.

Neste caso, o mas são as perguntas do outro que ficaram por responder. Pergunto-me: queres voltar a ter alguma coisa com ele? E respondo: não. No máximo, despedir-me, pessoalmente, porque ele vai emigrar para a terra dos malucos. Mas mais do que isso, não.

Então pergunto-me outra vez: então qual é a importância que a resposta a essas perguntas tem? E eu consigo responder: nenhuma. Ou praticamente nenhuma. 

Mas o problema é que eu tenho esta memória estúpida. E a minha memória estúpida não me deixa esquecer coisas - mesmo que elas sejam, como estas perguntas, insignificantes.