quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dos momentos especiais

No sábado passado foi o primeiro Casamento do ano. E foi tão, mas tão, mas tão especial, que foi, até agora (apesar de acreditar que no próximo fim-de-semana vou ter que reformular o que vou dizer), o melhor casamento a que fui. 

Foi tudo especial, foi tudo bonito, foi tudo espectacular. Mesmo. Desde a missa, passando pelo copo-de-água, até à lembrança oferecida pelos noivos, foi tudo... especial.

Eu não sou religiosa, não acredito em Deus e, portanto, raramente vou à missa. Desde que acabei o Secundário e saí de um colégio Católico, contam-se pelos dedos as vezes que presenciei uma missa. E a verdade é que nos últimos casamentos a que fui, pela Igreja, a parte da missa, apesar de fundamental (afinal, é onde o casamento é efectivamente celebrado!), tem sido ou um mal necessário (juro que às vezes tenho vontade de levantar o braço e dizer "olhe, desculpe lá, mas isso não faz sentido! Vá ser retrógado para o século XVII, sim? E que tal deixar de ser fundamentalista? E que tal avançar um bocadinho? Não? Muito obrigada!") ou aquele momento que, não sendo mau, também não é bom. Passa-se, faz-se, e siga para o copo-de-água. Mas a missa, a homilia de sábado foi diferente, foi, mais uma vez, especial. O Padre conhece os noivos há muitos anos e isso tornou a sua homilia mais pessoal; no entanto, independentemente disso, falou, sobretudo, do Amor e da Amizade. E isso, independentemente de se acreditar ou não em Deus, de se ser ou não religioso, de se ir ou não à missa, é bonito. Depois, os noivos, uns fofinhos de primeira, resolveram, para além dos votos normais dos casamentos, fazer um pequenos "discurso" não só dirigido ao outro como aos convidados. E aí ia desabando - se eu fosse uma pessoa de chorar, tinha chorado. Tal como aconteceu quando os pais dos noivos também "discursaram" - foram ditas palavras tão bonitas, com tanto sentimento, que tive que me "defender", como costumo nestas situações, para não lacrimejar. Que cerimónia bonita. Que cerimónia especial.

Depois... Quinta, para o copo-de-água. E não é que mesmo a parte das fotografias, que eu normalmente não gosto muito, foi gira? Porque o fotógrafo aparvalhou tanto como nós e fez coisas mesmo mesmo giras. Sei que só vou ter as fotografias em Setembro, mas quero-as, quero-as, quero-as.

Copo-de-água: tudo óptimo, as mesas muito giras, o tema das mesas muito giro, a comida óptima, a animação engraçada. A nossa mesa era, obviamente, a mais engraçada, ah ah!

E chegou o momento da abertura do baile por parte dos noivos. Eles dançaram a sua valsa (fofinhos fofinhos) e no final... Flashmob número 1 para surpreender os convidados. Toda a gente adorou, houve muita adesão, foi muito giro. Ah, ah! Até que acabou e os noivos estavam preparados para avançar. Só que... Música muda, meia dúzia de "parvos" põem uns bonés fluorescentes e começam a dançar para o Flashmob número 2. E foi tão tão tão bom ver a reacção deles. Foi tão bom ver a felicidade deles. Foi tão bom ver a reacção dos outros convidados. Sim, não sei dançar. Sim, enganei-me nos passos. Mas nada disso interessa. Interessa que eles foram surpreendidos, ficaram felizes, e animámos (ainda mais) a malta. Um espectáculo. Um espectáculo. Ah ah!

E a lembrança dos noivos? Especialíssima. Em vez da habitual "coisa-que-se-dá-e-que-até-pode-ser-fofinho-mas-muitas-vezes-nem-isso-e-é-só-uma-coisa-que-fica-a-ganhar-pó-porque-não-serve-realmente-para-nada" foi um postal da Unicef, entregue num envelope personalizado, que dizia que tinham feito uma doação em nosso nome para a vacinação da polio. Bonito.

Foi mesmo o melhor casamento até agora. Mesmo. Estou aqui a escrever sobre ele e sinto que não lhe estou a fazer justiça. Mas foi mesmo o melhor casamento.

Adoro-os, quero que eles sejam muito felizes e quero continuar a fazer parte e a estar presente nessa felicidade. Quero que todos os abraços que lhes dei (logo eu, que não sou nada de dar abraços) perdurem.

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