quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Escolher o Lado B

- Falar com o A. sobre o que te apoquenta. Deitar tudo cá para fora e perceber que ele percebe, apesar de não conseguir fazer nada para mudar a situação - sendo que eu também não queria que ele fizesse alguma coisa. O que é que ele podia fazer? Deixar de se dar com os amigos? Dizer aos amigos para deixarem de se dar com ela? Nenhuma das opções seria boa, todas elas colocar-me-iam a mim e a ele em posições pouco fixes. É ir levando. E esperar que a rapariga, eventualmente, arranje os seus próprios amigos.

- Deixar de pensar tanto na outra empresa e na PQAP. Deixar de me importar. Foi uma má experiência. Ela tem sucesso, os managers gostam dela...Bom, Karma is a bitch e pode ser que entretanto a verdade se descubra.

- Pensar que as escolhas são da minha amiga.

- Aproveitar o Natal. Bom, pode dizer-se que estou a aproveitar. Já vou com dois jantares de Natal em cima, primeiro com amigos do A. e depois com os meus amigos (em que o A. também foi). Sentir-me integrada no grupo do A. (eu demoro a deixar-me integrar e a sentir-me integrada) e sentir que o A. também se deu bem com este grupo (foi a primeira vez que esteve com algumas das pessoas).

- O trabalho é o que é (hoje estou mesmo só a cumprir horário, não há muito que fazer), mas é um trabalho que me paga ao final do mês e será, espera-se, uma rampa de lançamento. Mantra mantra mantra.

A vida não é perfeita, todos o sabemos. Mas temos que aproveitar o que nos dão, o que temos. Às vezes pode parecer difícil, mas tem que ser. Não me posso queixar, tenho uma vida boa!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Lado A

Não se pode dizer que esteja triste. Estou "só" meio "coiso" (seja lá isso o que for).

- No Domingo: conversa surreal com a amiga mais antiga que teve a capacidade de me irritar profundamente. Não pelo facto de a questão me afectar directamente, que não me afecta, mas pelo facto de achar que ela está completamente sem noção. Eu sei que cada um saberá da sua vida e essas coisas, mas 23 anos de amizade faz com que me irrite com estas coisas e me preocupe mesmo com o que raio ela está a fazer à sua vida. E que me sinta impotente. Eu quero estar lá para ela - não sou assim tão má pessoa -, e ela, eventualmente, até pode querer que eu esteja lá para ela. Mas para lhe dizer que sim, que tem razão. Antes da conversa surreal combinámos encontrarmo-nos na sexta-feira, para eu estar com ela e com o filho dela (meu afilhado), mas com isto tudo, perdi toda e qualquer vontade de o fazer. Pelo menos nesta semana. 

- Dormi mal na noite de Domingo para Segunda e acordei já no último toque de despertador, a correr e cheia de dores de cabeça. 

- Durante a tarde de Segunda, tive umas irritações no meu trabalho e soube que a tal PQAP obteve as tais distinções. 

- Fui para casa e feita gulosa comi, às 18h30, uma super bolacha que é muito boa mas torna-se enjoativa. Fiquei enjoada. 

- Fui para casa do A. para jantarmos e irmos a um espectáculo com um amigo dele. O jantar era quiche que levava atum. Como atum, mas não gosto e acho que fiquei ainda mais enjoada. 

- O passado do A. (i.e., a ex-namorada) não deixa de aparecer porque se mantém super amiga dos amigos dele. Ainda estou a aprender a lidar com esta situação, mas às vezes torna-se complicado deixar o revirar de olhos permanecer interior e não a mandar à merda. Não sei a história, não sei se quero saber a história, e não sei se ela tem algum objectivo escondido. Mas é enervante, extremamente enervante. 

- Voltei a dormir mal esta noite, o trabalho voltou a ser parvo, deprime-me estar a fazer isto (porque eu tenho capacidades para mais, muito mais) e quero falar com o A. sobre esta situação. Mas não lhe quero dar demasiada importância.

Estou meio "coiso". 

Lado B

- Gosto do A. e acho mesmo que ele também gosta de mim (caso contrário, não estaria com ele). Depois de quase 4 semanas afastados, porque ele esteve a trabalhar fora, fui buscá-lo ao aeroporto e porra, gosto dele. Somos felizes juntos. Temos diferenças, temos pontos de vista diferentes, mas combinamos bem e somos felizes juntos.  

- Tenho trabalho. Não é o meu trabalho de sonho, não me paga o suficiente para ter a minha casa, mas acaba por ser um ordenado superior ao de muita gente (claro que o nosso País é que é isto, com ordenados de merda para rendas de casas altíssimas), mas tenho um trabalho naquela que eu quero que seja a minha área de trabalho. O trabalho é perto de casa, não vou para Lisboa (tendo em conta a confusão que Lisboa está, isso é óptimo), venho de carro e não pago estacionamento. O facto de muitas vezes não ter muito que fazer permite-me que me dedique a fazer trabalhos para a Pós-Graduação. 

- Quero acreditar que um dia isto me vai lançar para voos mais altos - seja para a empresa do andar de cima, seja para outra coisa qualquer.

- Vivo numa boa casa, num país em paz, e eu e os meus temos saúde. 

Estou meio coiso, mas se calhar devia estar mais grata. 




segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Mas como?

O problema até podia não ser meu. A pessoa em questão até pode ser uma Puta Que A Pariu, péssima líder e incapaz de manter uma equipa. No entanto, gnahou duas distinções neste ano. Como é que isto acontece? Será que ela é mesmo excepcional naquilo que faz e é "só" má a liderar uma equipa e péssima nas relações pessoais? E é essa a razão pela qual os managers dela comem tudo aquilo que diz? 

Eu não me devia importar com isto, especialmente agora que sei que mais pessoas sofreram nas mãos dela. Mas chateia-me, melindra-me, incomoda-me. Acho injusto. 

Sim, aplicando a gíria psicológica, ainda não tenho a situação resolvida. Preciso de trabalhar nisso. Mas não consigo deixar de pensar "como?". 

Enfim. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Se calhar o problema não era eu

Em Janeiro deste ano, como se sabe, comecei a trabalhar numa empresa. Estive lá cerca de 1 mês e a coisa correu muito mal. Em Fevereiro estive à procura de trabalho e em Março comecei um trabalho novo, aquele onde estou agora e que, muitas vezes, me leva ao desespero.

Porque é um trabalho muito pouco desafiante - estou lá desde Março e já faço tudo aquilo de olhos fechados. No entanto, tirando isso, pode-se dizer que a coisa correu bem. A minha manager teve a bebé e eu fiquei sozinha lá, o que me deu mais responsabilidade e valoriza, de certa forma, o meu CV (para compensar a má experiência).

No entanto, nos dias maus, penso que se calhar as pessoas da empresa de Janeiro teriam razão. Que se calhar eu sou mesmo limitada e talvez isto que eu estou a fazer, pouco desafiante, seja mesmo a única coisa que eu consigo fazer.

Entretanto, no edifício onde eu trabalho, no andar por cima do meu, há uma empresa de consultoria e um dos consultores trabalhou na empresa onde eu trabalhei em Janeiro (o LinkedIn é pior ainda que o Facebook). Ele não só trabalhou lá como trabalhou na mesma área que eu e, portanto, com a mesma Team Leader que eu. Admito que sempre tive alguma curiosidade de lhe perguntar, num qualquer momento que o encontrasse no elevador, como é que tinha sido a experiência dele, mas nunca tive coragem.

Hoje encontrámo-nos à porta do elevador e depois do "boa tarde", a conversa começou mais ou menos assim:

Ele - Olhe, eu peço desculpa... Mas trabalhou na empresa X, não foi?
Eu - Trabalhei.

[Entrámos no elevador]

Ele - Na área Y, não foi?
Eu - Sim.
Ele - Com a PQAP (não vou identificar a pessoa, mas pode ser Puta Que A Pariu).
Eu - Sim.
Ele - É duro.
Eu - É duro.

Sim, como disse a minha colega que estava comigo, falávamos a mesma língua.

Saímos no meu piso e ele contou-me a experiência dele. Não foi tão rápida como a minha (eu devo ter batido algum record), mas foi péssima. E a tipa era mesmo uma besta de pessoa - o problema não era só meu, nem dele, porque a verdade é que entre a entrada e saída dele e a minha entrada, passaram pelas mãos dela algumas pessoas que ela maltratou. E os managers da empresa não percebem. Têm a visão dela e só dela e os outros é que são incompetentes, inúteis, precisam de acompanhamento e não têm as competências necessárias.

Eu sei que sou competente e que sou capaz de muito mais do que aquilo que faço. Só preciso de uma oportunidade para o fazer.

Mas, enfim, isto pode ser uma connection importante. Quem sabe se um dia não vou para a consultora lá de cima? ;)





sábado, 10 de dezembro de 2016

Se calhar estou velha

Tenho quase 30 anos (bem, ainda faltam 3, mas estou quase lá - medo!!) e em muitas alturas começo a sentir-me velha.

Como quando estou a fazer um trabalho de grupo para a Pós-Graduação e deparo-me com certas e coisas e para além de pensar "porra, mas a sério que estas pessoas já passaram pelo Ensino Superior?"  e já não tenho pachorra, como já tive, para andar atrás. Umas mudo à minha maneira (sim, eu sei que isto não se faz), outras já nem quero saber. Porra pá, irrita-me isto! O que é que eu ia fazer? Andar atrás de pessoas que ou não sabem, ou não querem saber ou, pior, não conseguem saber?

O que vale é que pelo menos até final de Janeiro não terei mais coisas destas (isto é, trabalhos de grupo).

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Ser croma

É estar a fazer uma Pós-Graduação e já estar a desesperar com um trabalho de grupo e, mesmo assim, estar já a pensar na próxima.

Agora estou a fazer em Gestão de Recursos Humanos. A próxima... Gestão? 

Pausa para rir.