domingo, 14 de maio de 2017

E em Maio...

Encontrei emprego. Na minha área e será, na verdade, uma melhoria em relação ao que estava fazer antes. A empresa é longe para caraças, mas às vezes têm que ser feitos alguns sacrifícios.

Let's go!

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Março... Abril...

É verdade, há muito tempo que não venho aqui escrever. Não acredito que alguém tenha sentido a minha falta ou se tenha questionado sobre o que me tinha acontecido, porque não escrevo assim tanto nem tenho assim tantas visitas.

Março foi um mês mau e Abril não se afigura melhor.

Março começou comigo e com o A. a chatearmo-nos. Acho que é normal, chegando a um ponto da relação, que nos questionamos quem somos, enquanto casal, e para onde vamos. Eventualmente, as coisas resolveram-se. Melhoraram. Fiz anos, fiz 28 anos, com vontade que estes 28 fossem melhores, francamente melhores, que os 27. Com vontade de fazer a minha vida avançar, mudar para um trabalho melhor, que me permitisse avançar com a minha vida.

Só que eu já devia ter percebido há muito tempo que não posso ser otimista. Que não tenho esse direito. Que as coisas comigo não correm bem. Que sempre que eu penso que a minha vida pode avançar, há alguma coisa que me atira de novo para trás. E foi exatamente isso que aconteceu. Depois de meses a querer sair do meu trabalho, que não me ia levar a lado nenhum, o projeto foi extinguido, finalizado. Merda merda merda. Março começou mal a nível pessoal e acabou pessimamente, a nível profissional.

Abril já leva 10 dias e não corre melhor. O loop entre o otimismo e pessimismo é brutal. Há dias em que acordo bem-disposta, a acreditar que isto, no fundo, foi uma coisa boa. Mas há outros dias, na maior parte deles, em que acordo zangada, realmente zangada, frustrada, sem saber o que fazer. A querer aproveitar o tempo para fazer um trabalho para a Pós-Graduação mas sem cabeça para tal - porque do que é que me adianta fazer isso, estar a ter este trabalho, se no futuro vai valer exatamente 0? Porque comigo as coisas funcionam assim - não importa o que eu faça, se faço bem ou não, nada me vai correr bem.

Obviamente que isto está a ter consequências a nível pessoal. Só me apetece estar sozinha. E tenho quase a certeza que o A. e eu não chegamos ao final do ano.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

E depois...

Há uma Meia-Maratona que conseguimos acabar e que nos faz sentir os melhores :D

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Estou postrada

Toda a gente já percebeu e já nem eu me suporto. 

Não me apetece fazer nada sem ser dormir, dormir, dormir. Sinto um peso na cabeça, dores de cabeça que nunca senti (então é isto que são enxaquecas?), um aperto no peito. Sinto vontade de chorar mas que não se materializa efetivamente em choro. 

Tudo começa nisto: estou frustrada com o meu trabalho e asssustada, cada vez mais assustada, com a possibilidade de não conseguir sair daqui. 

Esta frustração e este receio fazem com que acredite, cada vez mais, que afinal as pessoas daquele meu trabalho de Janeiro do ano passado tinham razão - eu sou incompetente e não posso desejar muito para mim, a não ser, claro, um trabalho estúpido. 

Esta crença atira a minha auto-estima para o chão e leva-me a reafirmar que nunca vou conseguir sair daqui. 

Esta baixa auto-estima, leva-me a outras inseguranças. Eu não sou interessante - que interesse é que eu posso ter? 

O meu trabalho é uma merda. Sou insegura. Nunca fiz nada de jeito nem de tão interessante assim. Sempre pensei muito nas coisas antes de as fazer, sempre pensei nas consequências, pensei muito nos outros antes de pensar em mim - um erro, tenho vindo a perceber. 

Não fiz Erasmus, por exemplo, apesar de ser uma coisa que gostava de ter feito, porque não quis dar esse encargo aos meus pais e sempre achei que eles não deixassem. E agora a minha irmã, sempre mais irresponsável do que eu, mas sempre mais mimada, está na calha para ir. Eu tenho noção do quão infantil isto pode parecer, mas é uma materialização das coisas que não fiz e queria ter feito. 

Estou a sentir-me insegura, irrelevante. Nunca fiz nem nunca vou fazer nada de jeito. Os meus amigos estão demasiado centrados nas suas vidas, estão a viver as suas vidas e eu aqui.

Estou a sentir-me insegura, irrelevante. Toda a gente se afasta. É uma questão de tempo até o A. também se afastar, certo? Até que ponto é que ele gosta de mim? Até que ponto é que ele só está comigo enquanto não conhece a pessoa realmente certa?? 

E o mais triste? Se nós acabássemos, ficaria completamente sozinha. 


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Continua tudo igual

A neura é gigante, sinto-me frustrada, incompleta, perdida. 

Mas na sexta fui a uma entrevista. Não vai dar em nada, óbvio, mas teve um momento espectacular.

Recrutador - Qual é o seu nível de Excel?

B. L. - Penso que é médio... Embora nunca tenha tido realmente necessidade de trabalhar com ele, a verdade é que penso que é uma competência importante e, como tal, tenho tentado aprender por mim própria e trabalhar. Assim, sinto-me à vontade, por exemplo, com as Tabelas Dinâmicas.


Recrutador - Hum... Então e Pivot Tables?

.........

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Passado 1 ano, arrependi-me

No final de 2015, no âmbito do último ano do Mestrado em Psicologia da Educação e da Orientação (aquele que seria o meu segundo mestrado), estava a fazer um Estágio Curricular numa Escola e a fazer uma Tese (ou a iniciar a Tese) relacionada com o Aconselhamento de Carreira em jovens adultos. Não estando a adorar o estágio, tendo a percepção de que a Educação em Portugal continua a ser sinónimo de desemprego e estando até a gostar da área do aconselhaemento de carreira fora do contexto escolar,  resolvi começar a ver como estava o mercado de trabalho na área dos Recursos Humanos. Na altura, não tinha como objetivo desistir do Mestrado e começar a trabalhar; o meu objetivo era, antes, auscultar o mercado, ver que tipo de ofertas existiam, enviar algumas candidaturas para eventualmente ir a entrevistas para ir treinando esta parte. 

Enviei 2/3 candidaturas e claro que não tendo o objetivo de começar logo a trabalhar, acabei por ser selecionada para uma Consultora de Recursos Humanos. Acabei por aceitar. O meu objetivo não era ser Consultora de RH, mas pensei que poderia ser um meio para atingir um fim, i.e., ir para um Departamento de RH de uma empresa, onde poderia trabalhar no desenvolvimento dos colaboradores, no desenvolvimento de programas de formação, etc., etc. Na altura, soube que uma rapariga, que havia feito a tese com a minha orientadora e também sobre aconselhamento de carreira, estava (e está) a trabalhar numa grande empresa a fazer um trabalho super interessante. E eu pensei "pronto, vou trabalhar uns tempos nesta consultora e depois passo para o cliente final. É um meio para atingir um fim". 

Só que essa experiência na Consultora correu muito mal. Fiquei lá 1 mês. Não acabei o mestrado e fiquei lá 1 mês. 

E depois, aproveitei a primeira oportunidade que me surgiu, o primeiro processo em que fui seleccionada, depois de ter ouvidos alguns não, sem saber muito bem no que me estava a meter. 

E hoje, passado 1 ano, estou farta de aqui estar. Não estou a fazer nada de jeito. O meu trabalho não é minimamente interessante nem estimulante. Não estou a aprender nada e não estou a desenvolver nada. 

Quero mudar e não consigo. Porque uma experiência profissional de 1 mês é péssima para o CV. E porque, lá está, aqui não estou a fazer nada de relevante e que possa dizer, em entrevistas, que é uma grande mais-valia e que pode ser aproveitado. 

Estou frustrada. Sinto que nunca mais vou sair daqui. Sinto que vai ser cada vez mais difícil. Porque não tenho experiência, porque não posso fazer estágios, porque tenho quase 28 anos. Tenho quase 28 anos e estou completamente estagnada. 

Enquanto isso, a tal rapariga continua na grande empresa a fazer aquilo que eu gostava de fazer. Ela acabou o mestrado e eu não.

Agora começo a arrepender-me. Se tivesse acabado o mestrado, talvez conseguisse estar a fazer alguma coisa em aconselhamento de carreira. Ou qualquer outra coisa. Qualquer outra coisa bem mais interessante do que aquilo que estou a fazer. 

Apetece-me meter-me debaixo do cobertor e nunca mais sair. 


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O que fazer?

O que fazer quando a vontade de ir é maior do que a vontade de ficar?
O que fazer quando nos aproximamos, perigosamente, do limite? 

Estou cansada. Estou realmente cansada desta espécie de trabalho. Estou cansada de ir a entrevistas que não dão em nada. Porque há sempre alguém com mais experiência que eu, com melhor experiência que eu, que fez mais coisas que eu. Porque há sempre alguém que não esteve só um mês num local de trabalho. Porque há sempre alguém. 

E eu estou aqui. Frustrada. A não fazer nada de jeito, a ver a vida passar, a ver os outros a avançar.

Eu, que até achava que era capaz de fazer muitas coisas, agora já não sei. Agora sinto-me só incompetente.  

Frustrada? Eu? Nada. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Eu e as minhas neuroses

Às vezes, e não são tão poucas assim, acho que devia ir a um psicólogo. Bem, na verdade, e talvez porque sou formada em Psicologia, acho que toda a gente deveria passar, pelo menos uma vez na vida, por um psicólogo. E não, não se trata de querer dar trabalho aos meus colegas; trata-se, antes, de acreditar que a saúde mental é essencial e que todos nós, e as nossas respetivas saúdes mentais, beneficiariam de uma ida ao psicólogo. Todos nós temos questões mal resolvidas, todos nós temos medos, receios, dúvidas. Não, o psicólogo não nos daria curas milagrosas ou soluções "how to", mas dá-nos ferramentas para ultrapassarmos estas questões. 

Dizia eu que achava que devia ir ao psicólogo. Por várias razões.

  • Porque continuo insegura. Porque quero ser muito boa em tudo o que faço mas não acredito que o consiga ser e acredito, frequentemente, que nem vale a pena tentar porque vou falhar. 
  • Porque tenho trust issues. 
  • Porque não consigo deixar o passado e as más experiências lá atrás, onde elas devem estar. Porque não consigo deixar de me martirizar pela péssima experiência profissional de há um ano (faz hoje 1 ano que me disseram "então adeuzinho"). E, relacionado com a insegurança, não consigo deixar de achar que se calhar eles tinham razão e eu sou só incompetente. 
  • Porque tenho uma enorme facilidade em criar macaquinhos. A título de exemplo: o A. já não está há algum tempo com um dos melhores amigos dele. O melhor amigo não vai a jantares, cafés ou idas ao teatro. E eu (e admito que isto pode ser narcísico) não consigo deixar de pensar que a "culpada" talvez seja eu. Porque nestes jantares, cafés ou teatro eu também estaria presente. E o que é que acontece? O melhor amigo do A. é muito amigo da ex-namorada do A. Não, o A. e a ex-namorada não se conheceram por causa dele, mas a rapariga é muito "dada [ao contrário de mim] e todos os amigos do A. a acolheram muito bem." E se o melhor amigo do A. não gostar de mim ou não quiser estar comigo por causa da ex-namorada? Ok, escrevendo isto, eu tenho noção que isto parece só piegas e infantil. Mas acreditem, a história da ex-namorada é uma história complexa (não pelo que terá acontecido entre eles - isso terá sido só normal -, mas pelo facto de a miúda se continuar a dar com a grande maioria dos amigos dele, o que mexe com todos os macaquinhos deste longo sótão. 
  • Porque acredito sempre no pior de mim e não acredito no melhor. 

domingo, 29 de janeiro de 2017

Coisas curiosas

A minha amiga de há 24 anos, mãe de um pequeno de quase 4 meses (e por sinal meu afilhado) publicou ontem à noite, no Facebook (claro) um (longo) texto sobre o quão difícil é ser mãe (ainda que seja maravilhoso). Achei curioso. Por várias razões.

Eu sei que nunca fui mãe (e estes textos tiram-me toda a vontade de algum dia vir a ser - a sério, como eu já disse a outras amigas minhas mães, ao ler/ouvir estas coisas eu sinto - mesmo a sério! - os meus ovários a mirrarem) mas não consigo deixar de achar um bocadinho fundamentalista e perigosa esta coisa do "vou dedicar todo o meu tempo ao meu filho" ou "eu não quero saber se tenho a mama toda lixada, a mim o que mais me interessa é que o meu filho esteja bem". Tudo bem, acredito que o bem-estar da criança passe a ser fundamental - e é bom que assim seja -, mas porra, e o bem-estar da mãe? Não será, também, importante?

Outra coisa curiosa é o ela dizer que "tomar banho é um luxo" e é impossível cozinhar sem deixar o bebé a chorar. Fala do mudar as fraldas, do dar o xarope. Fala que sair 5 segundos do campo de visão, ele chora. Esta é a parte mais curiosa e que mais me faz confusão. Porque eu sei, por conversas que já tivemos, que ela faz isto tudo SOZINHA. Porque o pai do bebé é um traste (a coisa mais simpática que consigo dizer dele) e que apesar de estar "presente", não está realmente presente. Porque passa o tempo que está em casa nessa atividade tão interessante e importante que é... Jogar computador. Assim é normal que ela não faça nada, porque é só ela a tratar do miúdo. Assim é natural que ele chore quando ela não está - simplesmente, porque é só ela a tratar dele.

Diz-me ela que, um dia que eu seja mãe (sim, ela é das que acha que se eu nunca for mãe nunca vou ser completa), eu vou compreender. Bem, sinceramente, acho que não. Sinceramente, se eu algum dia tiver filhos, o pai da criança vai ter que mudar fraldas, vai ter que cozinhar enquanto eu dou de mamar (se é que eu vou dar de mamar). Vai ter que ficar a tomar conta do miúdo quando eu for tomar um banho. Assim como eu vou tomar conta do miúdo quando ele for tomar banho ou eu vou cozinhar enquanto ele lhe dá o biberon. Simples. Serei ingénua por pensar que isto é possível? Espero que não. Se algum dia tiver filhos, sei que vai ser difícil, sei que não vai ser um mar de rosas, sei que vou ter falta de sono, sei que vou ler menos, correr menos, ter menos tempo para mim. Mas quero acreditar que o pai que eu escolher para eles vai contribuir para o desenvolvimento dos meus filhos. E não me vai deixar anular completamente.

Outra coisa em que eu não consigo deixar de pensar é na razão que leva as pessoas a partilharem estas ideias. O objetivo poderá ser, simplesmente, dar uma visão "real" da maternidade, em detrimento da ideia idílica que muitas pessoas mostram. Mas para além disso, parece-me que existe uma necessidade geral de as pessoas dizerem ao mundo que são espetaculares porque passam por tudo isto. São super-mulheres, super-mães, super tudo. Reparem, não é que eu não ache que não sejam - claro que são. Eu suponho que seja muito difícil e por isso mesmo é que não sei se quererei ser mãe alguma vez. Sou demasiado egoísta e individualista. Gosto demasiado de ter o meu tempo e o meu espaço sem ter um ser completamente dependente. Mas porquê escrever estes textos? Acho que também entra aqui um processo de racionalização. Do género "não, isto é fixe, eu gosto disto, isto é difícil, mas eu sou a super-mulher, super-mãe, super tudo".

Finalmente, o mais fixe deste tipo de coisas é mesmo a irmandade de mães. A sério, é mesmo giro ver pessoas que nunca se deram (e, na verdade, nunca se suportaram) comentarem como se fossem BFFs.





domingo, 22 de janeiro de 2017

Tumbas

Não choveu e não estava demasiado frio.

15km corridos. Yeah!

Claro  que me puseram a pensar "porque raio é que te inscreveste na Meia-Maratona de Cascais?". Mas pronto, corri os 15km a que me tinha proposto.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Sim, sou paradoxal

Ontem à hora de almoço fui ao Continente e comprei um chocolate e um pacote de Kinder Choco-Bons para ter aqui no trabalho. 

À noite, quando saí do trabalho, fui ao ginásio. Em vez dos 15 minutos habituais, corri 20, tendo chegado a uma inclinação de 7% (preparação para a Meia-Maratona de Cascais) e em todos os exercícios que envolviam pesos, aumentei a carga. 

Os chocolates não me permitem emagrecer, mas o exercício não me deixa engordar. Nem tudo está perdido. 

Desejo para o fim-de-semana: as temperaturas aumentarem um bocadinho para eu conseguir ir correr - sendo que gostava de correr uns 15km no Domingo. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Por falar em desporto

Inscrevi-me na Meia Maratona de Cascais. 

Se depois de 26 de Fevereiro não disser nada, é porque morri. 

Eu



Embora eu reconheça que até tenho sorte em ter trabalho e essas coisas todas, a verdade é que ele me deixa, como toda a gente sabe, maluca. E não consigo sair daqui. Isto é tipo ciclo vicioso: aqui não consigo fazer muita coisa, por várias razões, logo, ninguém me contrata para fazer nada porque aqui não faço muita coisa. E é assim, um ciclo triste. Depois vou a entrevistas nervosa, ansiosa e a perguntar-me porque é que raio alguém me há-de contratar - receita para o insucesso, portanto. 

Tinha esperança que a Pós-Graduação me desse competências e conhecimentos que não consigo adquirir no meu trabalho mas a verdade é que também não tem correspondido muito a essa expectativa. Tudo muito teórico, vamos aprender autores, vamos aprender teoria, mas e a prática? Eu quero aprender a fazer, quero ter trabalhos de avaliação e não exame de debitar matéria. 

Posto isto, e antevendo um futuro muito pouco estimulante, estou de neura. Podia aproveitar, lá está, para estudar para a Pós-Graduação, mas estou de neura e fico sem vontade. E como acho estúpido fazer um exame disto, fico ainda com menos vontade. 

O que é que eu tenho vontade? De comer. Não sou esquisita: posso comer pizza, hamburgers (há mais de um ano que não vou ao McDonalds comer hamburgers), massas, cachorros do Frankies, gelados, chocolates (Kit Kat, Kinder, Milka, Cadbury ou Nestlé - não sou esquisita), gomas. 

Não é que eu tenha fome. Só quero usar a comida para compensar a minha frustração. 

Pior: o meu almoço vai ser peixe com legumes. Não me interpretem mal - eu adoro peixe com legumes. Mas apetece-me essa coisa maravilhosa de junk food. 

Mas a outra face da moeda é que quando estou assim também fico ainda com mais vontade de fazer desporto. Hoje à tarde, depois do trabalho, vou ao ginásio. 

Nem tudo é mau, portanto. Não vou comer toda aquela junk food (no máximo comeria um chocolate) mas vou ao ginásio mexer o rabo. Nem tudo é mau.  

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Eu e os "E se"

Antes de mais, um disclaimmer: desde pequena que tenho (tinha) uma espécie de sonho - Viver sozinha. Sim, enquanto crescia, nunca fui a menina "típica" que brincava às barbies, se mascarava de princesa e queria casar e ter filhos. Não. Enquanto crescia, brincava com carrinhos, mascarava-me de Gato das Botas ou Cowboy e queria viver sozinha.

À medida que fui crescendo, o desejo de viver sozinha foi-se mantendo. No início da idade adulta, em que me tornava a "solteira crónica", sem grande sorte / oportunidade / vontade de encontrar alguém, esse desejo foi-se mantendo. Aliás, a dada altura, pensava que mais do que um desejo, um sonho, seria, de facto, o que me esperava - viver sozinha. E essa era uma ideia que não me assustava, de todo.

Adorava (e adoro) a ideia de não ter que dar quaisquer satisfações da minha vida. De poder adormecer no sofá ou na cama ou onde quiser. De comer cereais no sofá ao jantar sem me importar com mais nada. De depender só de mim. Muito honestamente, gosto de ficar sozinha em casa quando os meus pais e a minha irmã vão de férias. Tenho toda a casa só para mim. Posso andar de roupa interior pela casa ou até despida. Posso cantar e dançar alto. Sim, sou uma solitária, não há nada a fazer.

A minha mãe diz-me que não, que eu não devia ir viver sozinha. Porque, lá está, sou solitária e habituar-me-ia muito facilmente a essa solidão. E depois, se um dia quisesse deixar de viver sozinha, poderia ser muito complicado. E tem uma certa razão, a senhora minha mãe.

Por outro lado, a par desta liberdade (e solidão), sempre me atraiu a ideia de ser independente. Via (vejo) o viver sozinha como o atingir o grande estado de independência financeira e de auto-suficiência. E bem, é só por isso - porque ainda não atigi esse estado (e por o custo das rendas ser inversamente proporcional ao valor dos ordenados em Portugal - ou pelo menos o meu ordenado) - que ainda não estou a viver sozinha. Porque ainda não atingi o grande estado de independência financeira e de auto-suficiência.

Acontece que desde há 1 ano e meio que sou menos sozinha. Há 1 ano e meio comecei a namorar com o A. E passado 1 ano e meio começo a pensar que se há pessoa com quem um dia, eventualmente, gostaria de partilhar a minha vida, seria com ele.

Não, nunca falámos sobre esse assunto. Mas, sinceramente, não sei se teria coragem de falar com ele sobre esse assunto - pelo menos para já.Porque apesar de achar que "se há pessoa com quem um dia, eventualmente, gostaria de partilhar a minha vida, seria com ele", não sei se o conseguiria fazer.

Gosto dele, gosto mesmo muito dele. Mas isso também é parte do problema. Gosto mesmo dele e não quero que ele deixe de fazer parte da minha vida. Mas e se deixar? E se ao vivermos juntos, as coisas começarem a correr mal? As coisas correm bem agora, cada um no seu sítio. E se eu não conseguir partilhar a minha vida com outra pessoa? Eu sou solitária. Eu estou habituada a viver com algumas pessoas, é verdade (pai, mãe, irmã e até há meia dúzia de anos, irmão), mas uma coisa é viver com a família "original", outra coisa é viver com o namorado.

Eu não estou habituada a que as relações corram bem - porque é que esta haveria de ser diferente? 

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Se a Vida te dá Limões... Faz Limonada

Eu sei, é um cliché tremendo. Mas a verdade é mesmo esta. Tenho um trabalho parvo, sim. Mas pelo menos aqui consigo, e tenho tempo, para ler artigos e estudar para um exame estúpido da Pós-Graduação. 

Entretanto, tive 18 neste trabalho da Pós-Graduação. Agora vou pensar se vou falar ou não com o Professor para aferir a verdadeira possibilidade de tornar isto em algo mais que um trabalho. 

domingo, 15 de janeiro de 2017

...*

Perguntaste-me o que é que tinhas de diferente. O que é que aconteceu para que eu, assumida bicho do mato, tenha tomado a iniciativa. Te tenha adicionado no Facebook, tenha falado contigo, tenha continuado a falar contigo e te tenha convidado para irmos ao cinema ver o Inside Out. Respondi-te que não sei. Adicionei-te porque achei piada ter-me lembrado que fazias anos naquele dia tantos anos depois de nos termos conhecido e perdido o contacto e falei contigo porque aos 15 anos gostava de falar contigo. Porque é que me deixei levar? Porque sim. Porque contigo fazia sentido. Porque é que achei que fazia sentido? Não sei.

Talvez porque há muito tempo que não conhecia ninguém tão interessantemente novo. Porque é que te convidei? Porque não tinha nada a perder. Não te convidei com segundas intenções - convidei apenas porque queria transportar as nossas conversas para o real. Mas depois desenvolveu. E foi rápido. E atirei-me de cabeça. Como nunca me tinha atirado.

Pus-me no bloco de partida mas não tive tempo de me concentrar. Ouvi o apito e apenas impulsionei as pernas e estiquei os braços ao longo da cabeça. Saltei. Primeiro entraram as mãos, depois a cabeça, depois o corpo. E comecei a nadar. E foi - e é - a melhor prova da minha vida. Nem sempre é fácil, às vezes existem medos, inseguranças, dúvidas. Até já me desiludi e magoei contigo. Mas ultrapassei. Fiz a viragem, bati com os pés na parede e segui em frente. As braçadas fluem naturalmente.  

Gosto de ti e contigo, tudo me parece bom, natural. Gosto de ti, A.

* Alerta Post lamechas

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Nas últimas 24 horas

Mood mudou.

Sou boa naquilo que faço - mesmo sozinha, mesmo lidando com pessoas malucas e por vezes incompetentes, giro diferentes situações e necessidades. Resolvo situações, apresento alternativas e torno processos mais eficientes. Talvez esteja sub-aproveitada, mas o dia há-de chegar. 

Parece que eu e o A. continuamos bem.

Vamos lá que é sexta!

Respira, B. L.

Tranquiliza-te, a sério. Está tudo bem, vai correr tudo bem.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Crescer em direcções opostas

Já aqui escrevi algumas vezes sobre isto. Sobre alguns dos meus amigos (amigas), sobre o facto de termos crescido (envelhecido) em diferentes sentidos. De já não me identificar assim tanto com eles (elas). De já não termos assim tanto em comum. De termos, agora, mais diferenças do que semelhanças. 

E isso é uma treta. 

Do grupo da Faculdade, tenho duas amigas que já são mães. É espectacular, porque era aquilo que elas queriam, e eu fiquei mesmo feliz por elas. No entanto, desde que elas se tornaram mães, 90% das conversas andam à volta da maternidade. E eu sou a pessoa horrível para quem isso não é um tema assim tão interessante. Mas eu até lidaria bem com conversas sobre camas e grades de camas e comidas e dentes e choros e cenas se houvesse espaço para outras conversas. Mas não há.

E claro, as pessoas começam a afastar-se. Mas depois a culpa é sempre de quem não tem filhos porque quem tem filhos é que é o super-herói e quem não tem filhos não sabe o que é ter verdadeiras responsabilidades.

E isto é uma merda. 

Bem, há muitas coisas que são uma merda. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Ok

Não me querendo armar em psicóloga, mas já armando, talvez a neura seja pelo facto de hoje ter feito 1 ano que comecei naquela que foi a minha pior experiência profissional até agora e que durou apenas 1 mês.

Vamos esperar que seja realmente só isso. E TPM.