quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Crescer em direcções opostas

Já aqui escrevi algumas vezes sobre isto. Sobre alguns dos meus amigos (amigas), sobre o facto de termos crescido (envelhecido) em diferentes sentidos. De já não me identificar assim tanto com eles (elas). De já não termos assim tanto em comum. De termos, agora, mais diferenças do que semelhanças. 

E isso é uma treta. 

Do grupo da Faculdade, tenho duas amigas que já são mães. É espectacular, porque era aquilo que elas queriam, e eu fiquei mesmo feliz por elas. No entanto, desde que elas se tornaram mães, 90% das conversas andam à volta da maternidade. E eu sou a pessoa horrível para quem isso não é um tema assim tão interessante. Mas eu até lidaria bem com conversas sobre camas e grades de camas e comidas e dentes e choros e cenas se houvesse espaço para outras conversas. Mas não há.

E claro, as pessoas começam a afastar-se. Mas depois a culpa é sempre de quem não tem filhos porque quem tem filhos é que é o super-herói e quem não tem filhos não sabe o que é ter verdadeiras responsabilidades.

E isto é uma merda. 

Bem, há muitas coisas que são uma merda. 

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