terça-feira, 29 de outubro de 2013

Não sei quem é o meu verdadeiro eu

Há uns anos, algures no Secundário (e antes do grande drama da minha vida ter acontecido), a minha stôra de História disse-me que sempre que se lembrava de mim lembrava-se de mim a rir-me. Porque eu era uma miúda bem-disposta que, efectivamente, se ria muito. Claro que, na altura, já tinha algum do meu mau feitio; no entanto, é verdade o que dizem, que isso tem tendência a aumentar com a idade. Por outro lado, é também verdade que no auge dos meus 16/17 anos, também teria alguns problemas... No entanto, eram os problemas de uma miúda de 16/17 anos sem grandes problemas.

Entretanto, entrei na Faculdade, o meu mau feitio aumentou, o drama da minha vida surgiu e, bem, demorou a passar (será que já passou?). No entanto, e em retrospectiva, percebo que, apesar de tudo, não foi aí, no período 2007-2012 que bati no fundo.

Porque, entretanto, aconteceu o período 2012-2013, a Idade Média da minha vida. Sim, depois de passado esse período, e depois de analisado e re-analisado, percebo que, de facto, esse foi o pior período da minha vida. O momento da conclusão que, efectivamente, a maioria das decisões importantes da minha vida foram erradas; a conclusão que deixei demasiadas coisas para trás; a conclusão que a solidão existe e é lixada. Se nalgum período da minha vida andei realmente depressiva, foi nesta altura. 

Mas depois, veio o Verão e as férias que, incialmente, seriam "forçadas" mas que acabaram por ser a melhor coisa que me aconteceu. 

Porque descansei realmente. 

Porque depois de ter concluído que parte da minha vida foi um "erro", consegui aceitar esse erro. E tentar dar a volta por cima. Ok, infelizmente não é possível voltar atrás no tempo; no entanto, e se não queremos/podemos "voltar atrás", há que erguer a cabeça e lutar, aproveitar as oportunidades que surgem e "se o "plano A não funcionar, mais 25 letras no Alfabeto". 

E, assim, se estava num estado depressivo, saí dele. Senti-me melhor, mais alegre e, sobretudo, mais leve. Sim, ainda tenho o meu mau feitio. Sim, ainda me irrito muito facilmente com certas coisas e certas pessoas. Sim, continuo sem pachorra para demasiadas coisas para as quais poderia ter. Sim, continuo a não ser uma pessoa especialmente fofinha. Mas sinto-me melhor. 

No entanto, percebo, ao ler coisas que escrevi na Idade Média da minha vida, que ainda me identifico com algumas delas. Que talvez os sentimentos da altura não estejam tão enterrados, tão desaparecidos, como eu achei que estivessem. 

E, desta forma, não sei que é o meu verdadeiro eu neste momento. Ou, melhor, não sei quem é o meu verdadeiro eu. Ponto final. E independentemente do momento.


domingo, 27 de outubro de 2013

Eu não sou pessoa de mostrar grandes sentimentos - afinal, tenho fama de ser uma pequena pedra de gelo e gosto de fazer jus a essa fama. 

Eu não sou uma pessoa especialmente optimista - prefiro ser realista e racional. Sou adepta daquele verso do "Forever Young" do "Hoping for the best but expecting the worst" porque já aprendi que isso é mesmo o melhor a fazer-se.

Eu não sou uma pessoa especialmente sociável, com facilidade em conhecer novas pessoas e, sobretudo, confiar nelas. Na verdade, nem em confiar em "velhas pessoas" eu tenho facilidade... 

Eu não gosto de falar de mim, não gosto que demasiadas pessoas saibam o que se passa na minha vida e não tenho facilidade em partilhar o que sinto.

E apesar de, muitas vezes, achar que tudo isto me torna "adoravelmente estranha", a verdade é que isso pode ser um problema... Mas, por outro lado, a outra verdade é que, desta forma, defendo-me - provavelmente, essa é a grande razão de eu ser assim.

Defesa.

Auto-preservação.

domingo, 20 de outubro de 2013

Tumbas!

Obrigada ao Arrumadinho por ter partilhado esta teoria publicada pelo NY Times.

Mais uma vez, faço parte de uma minoria - faço parte da minoria que, quando corre, em vez de apoiar o calcanhar, apoia os dedos dos pés. O que já originou alguns comentários e sugestões do género "tu devias apoiar os calcanhares". Mania que as pessoas têm de se meter na vida dos outras, pá!

Porque parece que, afinal, sempre corro bem, principalmente tendo em consideração a minha condição de "joelho deficiente"!

Diz a reportagem que quem tem problemas de joelhos (confere) deve correr apoiando-se nos dedos dos pés (confere). Por isso, não tenho que mudar a minha forma de correr! Keep going, B.L.! Ou, neste caso, keep running!


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

"Aviso"

Sou uma rapariga orgulhosa que raramente dá o braço a torcer. Sei que isso é mau e sei que, por isso, perco muita coisa. Mas é assim que sou.

Por outro lado, estou muito habituada a estar sozinha e, apesar da solidão que, por vezes, sinto, estou habituada a lidar com isso. E, no limite, estou habituada às vantagens que daí advêm - porque sim, há vantagens.

Além disso, sou independente, adepta do "eu sou mais eu". 

Assim, volto a dizer: sou uma rapariga orgulhosa que raramente dá o braço a torcer. No entanto, nos últimos dias tenho dado o braço a torcer. Porque reconheço que posso, eventualmente, ter alguma culpa. Mas cuidado: posso estar a dar o braço a torcer, mas não deixo que mo torçam completamente. Sempre me disseram que eu sou torcida; mas uma coisa é eu ser torcida, outra coisa é o meu braço ser completamente torcido e retorcido - isso eu não deixo. Por isso, cuidado. 

Hoje foi o primeiro dia que não dei o braço a torcer. E não custou muito.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Esqueci-me de registar aqui...

Mas hoje, na passadeira, voltei a bater o meu record aos 5 km... Hoje foi em 28 minutos e 40 segundos, ou coisa parecida.

Isto é bom! :)

E agora vou mas é tentar dormir um bocadinho.

domingo, 13 de outubro de 2013

Um dia...

Corro 10 km de seguida.

Hoje não foi o dia, mas esse também não era o objectivo.

Hoje corri 5 km, na passadeira, em 29 minutos e tal. Ponto para mim! :)

No entanto, tenho como objectivo conseguir correr 10 km... Sim, contento-me com pouco. Não me meto em aventuras de maratonas ou meias maratonas. Admiro profundamente quem o consegue fazer, mas eu não sou menina para isso ;)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Uhhh!!!

Hoje, no ginásio, bati o meu record na passadeira. 


5km07 em 30 minutos.

YEAH!

Até aqui, o meu melhor, na passadeira, havia sido 5km em cerca de 33 minutos e qualquer coisa.
Em rua, o meu melhor, marcado aqui, foi 5km em 28 minutos e 36 segundos. 

Tendo chegado à conclusão que corro mais em rua que na passadeira, o tempo de hoje pareceu-me para lá de espectacular. Mesmo. 

Fiquei mesmo feliz, caraças!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Quem me conhece há 20 anos é que me sabe descrever


Em resposta a qualquer coisa como "Agora que essa tranquilidade acabou, estou outra vez a pensar, pensar, pensar e pensar, o que faz com que surjam muitos macaquinhos neste sótão."

E o pior? É que ela tem toda a razão!

E quando eu penso que, finalmente, me estou a tornar numa pessoa mais calma,

O meu tão adorado cérebro, se é que ele existe, resolve activar o modo ansioso e awkward, resolvendo que, se calhar, o melhor é mesmo voltar ao bom e velho overthinking. Acho que ele é um sacana e pensou "Estás calma, menina?! Isso não pode ser!! Ora vamos lá ver umas coisas...". 

E agora, que algumas das dúvidas deixaram de existir, eis que surgiram outras. Eis que me vejo numa situação que me é estranha e, por isso, não sei como reagir e actuar. Sim, não estou habituada a situações como esta e, por isso, dou por mim, frequentemente, a panicar. E, depois, a ficar com vergonha por isso, porque panicar por razões destas é, na realidade, e muito sucintamente, ridículo. 

E, para além de panicar, vejo-me a questionar. A questionar muito e, provavelmente, mais do que devia. 

E essas questões levam ao overthinking. E o panicar leva ao overthinking. E o overthinking não me leva a lado nenhum.

domingo, 6 de outubro de 2013

Yes!

É bom perceber que apesar da minha, por assim dizer, "melhor disposição" actual, continuo com o meu adorado mau feitio que me caracteriza.

Estou a ver o Factor X e se há coisa que não percebo é a partilha de sentimentos e de coisas da vida privada dos concorrentes. Qual é a necessidade? Porquê? 

Não tenho pachorra.

(E sim, gosto de ser assim 😆)

Sou uma fraca

Dilema de Sábado à noite e de quem era para ter saído mas, em vez disso, ficou em casa:

Tenho fome.

Vou comer bolachas ou armo-me em forte e/ou demasiado preguiçosa para ir até à cozinha e fecho mas é a boca? 

Afinal, consegui perder algum peso e agora gostava de o manter durante uns tempos... 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Humpft

Porque é que os médicos nunca são pontuais? Porquê? 

Ok, eu sei porquê... Está certo, têm muitas emergências, coisas inesperadas acontecem em hospitais onde trabalham... Mas sempre? SEMPRE? 

Enfim. Valha-nos o telemóvel que nos faz passar o tempo... Se calhar mais valia era ter trazido o livro!

Dexter,

A nossa relação não foi muito duradoura; pelo contrário, foi um romance de Verão, de fim de Verão, fugaz e intenso, em que, por vezes, dava por mim a contar o tempo que faltava para te poder ver ou que adiava outros "prazeres" só para estar contigo.

Tivemos alguma sorte, sabes? Porque a nossa relação aconteceu numa altura em que tinha disponibilidade para te poder dedicar todo este tempo. Numa altura em que podia passar grande parte da noite contigo sem que a manhã saísse prejudicada. 

Mas como a maioria das relações de Verão, a nossa relação acabou. Fui feliz enquanto durou, é certo; no entanto, é tempo de avançar.

E agora, que acabou, não sei o que pensar em relação ao final. Não sei mesmo. Acho que vou ter que dormir sobre o assunto. 

Ainda assim, obrigada. Obrigada por todas as horas felizes. Obrigada por toda a tua complexidade, por todos os teus lados, pela tua personalidade.

Gostei. Gostei bastante. Gostei muito. 

E, apesar de ter acabado, continuo a não conseguir deixar de pensar: Como é que te deixei passar tanto tempo?

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mais alguém? Não? Crescer deve ser isto...

Ok... Então parece que mais uma amiga minha se vai casar no próximo ano.

E quando é que ela me disse isso? Quando? Quando estávamos no carro e eu estava a pôr a terceira. Boa, Rita, boa!

Parvoíces à parte... Estou tão feliz por ela! :)

Eu não sou, de todo, daquelas pessoas que deseja profundamente o casamento, os filhos e todas essas coisas. Não sou. Mas esta minha amiga é. E, por isso, estou realmente feliz por ela :)