domingo, 28 de fevereiro de 2016

Últimas

Entrevistas.
Viagem a Berlim - uma viagem há muito aguardada e que veio mesmo no momento certo. Espairecer e conhecer sítios novos é sempre bom. Sempre bom :)
Em Berlim recebo uma chamada e voilá - uma das entrevistas a que fui - pelo menos uma - resultou num trabalho. Começo na quarta. O medo que não resulte é grande, mas a vontade de calar vozes é maior. Vamos lá!

Outras inseguranças surgem. Mas vamos tratar disso. Ou pelo menos tentar.  

Amanhã começa uma semana nova, depois de amanhã Março inicia-se. E vamos tentar fazer com que tudo corra bem :) 


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Ok, B. L., assim também não

São duas da tarde e estou de pijama e pantufas. `

Levantei-me às 10, fiz o périplo habitual pelos sites de emprego, enviei candidaturas e tal e coiso, joguei Candy Crush, vi Walking Dead (com pesquisas pelo meio), e estou de pijama.

Isto assim não dá.

Mas está frio e não me apetece mesmo despir o pijama.

Mas assim não dá.

Vamos lá...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Sobre a autocomiseração

Bom, eu tenho tentado. E, palmas para mim, tenho conseguido não ter muita pena de mim. Tenho conseguido não ter muitos momentos de desespero. Tenho conseguido controlar o meu nervosismo, a minha culpa, o meu medo, a minha frustração.

Só não tenho conseguido controlar o meu sentimento de fracasso. E é daí que depois tudo se desenrola. O desespero, o nervosismo, a culpa, o medo e a frustração. Mesmo calados e interiorizados.

Vamos lá ver - estou a um mês de fazer 27 anos. Os 30 aproximam-se perigosamente. E o que é que eu fiz na minha vida?

Tenho quase 27 anos e não trabalho e não estudo. Tenho quase 27 anos e vejo as pessoas à minha volta relativamente bem-sucedidas. Mal ou bem, bem ou mal pagos, sozinhos ou acompanhados, todos e todas (ou quase) vão construindo as suas vidas. Vão progredindo.

E eu... Passo do estagnado para o andar para trás. Porque sempre que parece que estou a andar para a frente, ou acontece merda, ou faço merda, ou deparo-me com merda, e estagno. Ou volto para trás.

E isto é frustrante. E desesperante. E assustador. E causador de momentos "nunca vou fazer nada de jeito na minha vida".

E tira-me o sono à noite. E durante a noite. E causa-me sono durante o dia. Cansaço físico. Psicológico. Salvam-se alguns dias... Mas outros destroem-se. Destroem-me. 

Não se trata só deste emprego que não correu bem. Trata-se da minha vida... Há uns anos, eu era a miúda com potencial. Agora... Sou isto que não sei muito bem o que é - ou prefiro não saber, porque quando penso naquilo que sou, naquilo que estou a ser, desespero.

Eu luto. A sério que sim. Eu não fico no sofá ou na cama à espera que as coisas aconteçam. Eu não fico em casa em autocomiseração. Eu tenho saído, tenho namorado. Mas isso não é suficiente. Nada disso é suficiente.

E tenho medo do que vai acontecer, de onde vou estar, no próximo mês.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A tentar lembrar-me. Mas esqueço-me.

- De todas as coisas boas que fiz (que coisas boas é que fiz?);

- De todas as pessoas que um dia acreditaram em mim e nas minhas capacidades (burros! Enganei-os!);

- Do que o A. me disse há uns meses: que uma das coisas que gostava em mim era a confiança que tinha demonstrado e que tinha resultado na forma como as coisas correram entre nós (A., eu gosto muito de ti, mas não percebes que isso foi tudo a fingir? E que a "confiança" foi mais numa de "não tenho nada a perder, vou saltar de cabeça!"). 

Eu bem tento. Mas não consigo. 

Não,

Não. Uma noite de sono não me fez bem. Acho que até me fez pior.

Help, I have done it again
I have been here many times before.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Optimisto. Pessimismo. Optimismo. Pessimismo. O loop.

Foi na segunda feira passada que me disseram "adeusinho" e desde aí, não tem sido fácil. Duvido das minhas capacidades. Duvido de tudo. Tenho ataques de choro e de ansiedade. Duvido que alguma vez volte a arranjar emprego. Para além de tudo o resto que sentia antes: o cansaço físico brutal, as tonturas e o sono.

No meio disto tudo, às vezes tenho momentos otimistas. Momentos em que penso "vou arranjar um emprego melhor. Vou a tal entrevista, numa empresa que é mais perto de casa e tudo, e vou ficar com aquilo. Vai correr tudo bem".

Mas depois, vem outra vez a onda de pessimismo. Porque é que vai correr tudo bem? Porque é que alguém me há de recrutar para o que quer que seja? O que é que eu tenho de bom?

E depois, vêm, outra vez, os ataques de choro. As faltas de ar.

Hoje esta onda de pessimismo ainda não passou. Apetece-me chorar e desaparecer. Pôr-me debaixo do cobertor e não sair de lá. Ou só sair de lá se alguém me enviar para uma ilha deserta.

Resta esperar que uma noite de sono me faça bem. E que amanhã, nas entrevistas a que vou, consiga fingir que sou a pessoa mais confiante do mundo. Que sou capaz de tudo.

Mas

- Sexta-feira fui nadar e, pasme-se, fiz um tempo nos 50 livres bastante razoável para aquilo que tenho treinado. A 2 segundos do meu melhor, feito no auge dos 18/19/20 anos. Em piscina 2 segundos é muito tempo, mas tendo em conta o que tenho treinado, foi porreiro. 

- Como não tinha que ir trabalhar e, portanto, não tinha que sair de casa cedíssimo, o A. dormiu em minha casa na noite de quinta para sexta. A minha casa, note-se, fica a 10 minutos do trabalho dele. E foi tão bom acordar na minha cama ao lado dele e poder ficar a molengar um bocadinho... Habituava-me a isto :)

- sábado à noite e jantar de anos de uma amiga. Comi muito (como, aliás, tem sido hábito nesta semana) e distraí-me. Ponto positivo.

É isto. As coisas vão-se endireitar.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Voltas e mais voltas e mais voltas

Durei um mês no meu emprego. Na verdade, nem um mês. Segunda-feira à tarde, bla bla bla, whiskas saquetas, arruma as tuas coisas, bla bla bla, whiskas saquetas. Well, fuck it. Well, fuck you all.

Estava claro, desde o início, que as coisas ali não iriam correr bem. Não estava a contar sair tão cedo, mas sabia que não ia lá ficar muito tempo.

É engraçado que, apesar de tudo, não penso (ou pelo menos ainda não penso) "não devia ter deixado o Mestrado".

Mas, ainda assim, fui-me abaixo. Estou em baixo. Estou quase no tapete. Ponho-me em causa a mim e às minhas capacidades. Estou com a confiança nas lonas. Tenho medo do futuro porque penso que agora ninguém me vai querer dar emprego.

Têm-me valido todos braços que me aparam, que me puxam para cima. Que não me deixam chegar ao tapete.

Mas bola para a frente. Eu sabia que as coisas não iriam correr bem e que eu não iria lá ficar muito tempo. Precavi-me. Na semana passada fui a duas entrevistas e na segunda vou a mais duas. Não que isto signifique alguma coisa. Mas é alguma coisa. Alguma coisa hei-de arranjar. Só tenho que fingir que sou a pessoa mais confiante do mundo. E que o facto de as coisas não terem corrido bem nisto apenas me dá vontade de ser (ainda) melhor.

Confiança e orgulho,  orgulho e confiança. É isto.

E um dia, quem sabe... Talvez um dia volte a encontrar estas pessoas. E nesse dia... Vou mostrar que sou uma pessoa maior. E melhor.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Ainda bem que inventaram telemóveis com fotografias. 

Quando estamos mais em baixo, podemos ir ao rolo de câmara e recordar momentos felizes.