quarta-feira, 31 de julho de 2013

Coisas boas

Ao sair da praia, precisar trocar os óculos de sol pelos óculos "normais".

Razão: Ter ficado na praia até depois do pôr-do-sol

domingo, 28 de julho de 2013

sábado, 27 de julho de 2013

E é por estas e por outras que gosto de Saramago

"(...) deserto é tudo quanto esteja ausente dos homens, ainda que não devamos esquecer que não é raro encontrar desertos e securas mortais em meio de multidões."

De "O Evangelho segundo Jesus Cristo"

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Entretanto

Faz hoje um ano que defendi a Tese e, assim, acabei o curso. 

Talvez devesse estar mais feliz; no entanto, não consigo deixar de pensar que foi tudo um erro, ou um desperdício, e que não me levou a lado nenhum. 

Tirando o vento...

Por aqui continuamos bem.


Screwd up

Se eu me descrevesse com a maior sinceridade possível (e não com aquelas descrições que nos pedem em entrevistas de emprego), teria que dizer, numa palavra, confusa. 

Confusa sobre mim.
Confusa sobre o que quero da vida.
Confusa sobre o que quero dos outros.
Confusa sobre o que quero dar aos outros.

Teria que dizer que penso demasiado.
Teria que dizer que, apesar de gostar da ideia de me atirar de cabeça para uma coisa qualquer, não o consigo fazer sem pensar demasiado. 
Sem pensar nas razões pelas quais o quero fazer. 
Sem pensar se o quero realmente fazer ou não. 
Sem pensar nas consequências de o fazer. 
Sem pensar se não existirá uma outra razão que, lá no fundo (ou não tão fundo assim), eu sei que pode estar a influenciar a minha suposta vontade de o fazer, mas que, se estiver, é simplesmente triste.
Sem pensar que, afinal, isto não seria aquilo que eu quereria para mim. Mas que, surpreendemente, agora não me parece completamente errado. 

Se eu tivesse que me descrever, diria que sou completamente apanhada da cabeça. Porque, aparentemente, não consigo aproveitar o que aparece e, surprendentemente, até gosto, e ser feliz.

domingo, 21 de julho de 2013

E depois do casamento, o descanso

Apontamentos de um casamento

- Casamentos de amigos têm muito mais piada... Quanto mais não seja porque, na mesa, estamos com pessoas que realmente conhecemos e familiaridade é uma coisa muito mais engraçada que as conversas de circunstância.

- No próximo "evento" a que for, não posso fazer qualquer penteado que, de alguma forma, apanhe o cabelo e que exponha a quantidade enorme e deprimente de cabelos brancos que eu já tenho.

- Não há mesmo nada a fazer, sou aquela pessoa que sem saber muito bem como, se mete em situações embaraçosas.

- O mundo é um sítio estupidamente pequeno. 

- Descobri que devo ser excepcionalmente estóica: no final da festa, era ver as meninas/senhoras todas de sandálias, sabrinas, etc... Eu, valente, mantive-me nos saltos, ainda que eles me estivessem largos e os pés a doer.

- Não sou uma pessoa que goste especialmente de casamentos: apesar de este casamento, por ter sido de um amigo e por conhecer muitas das pessoas que lá estavam, ter tido bem mais graça, a verdade é que todas as tradições e outras "cenas" dos casamentos chateiam-me.

- Estou feliz com a compra que fiz do vestido. Já o tinha usado no Jantar de Finalistas da minha irmã e já tinha gostado bastante; agora, apenas confirmei o quanto eu gosto dele, o quanto ele é confortável, diferente e bonito, ainda que simples. E como eu, apesar de tudo, até sou vaidosa, confesso que gostei de ouvir elogios (e olhares) que me pareceram sinceros.




sábado, 20 de julho de 2013

Estou a ficar velha

Hoje é o primeiro casamento a que vou de um amigo meu e não de família/amigo dos meus pais/filho de amigo dos meus pais. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Gosto disto!

Hoje voltei a bater o meu record...


5km em 28 minutos, 36 segundos e 23 centésimos!!!

Adoro!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Dizem que quando Deus fecha uma porta abre uma janela... Será verdade?

Eu não acredito em Deus... Mas será que quando começamos a achar que se calhar as portas estão todas fechadas e não temos nenhuma chave para as abrir descobrimos, no cantinho da sala e bem escondida, uma janela?

Pode ser que sim.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Quem diria que correr é, afinal, uma coisa boa e uma actividade que já se vai tornando um hábito?

Hoje esqueci-me do relógio... Mas em vez dos habituais 5km, hoje corri 6! 

E como é bom calçar os ténis, pôr os phones nos ouvidos e correr à beira-mar! 

O meu cabelo e eu

Aos 24 anos encontrei aquela que foi, até agora, a melhor forma de cuidar do meu cabelo.

O meu cabelo é horrível: encaracolado, mas não muito, e fino (para além de ser tendencialmente seco). O que o torna extremamente chato, porque, muitas vezes, fica naquela meio-termo do "os caracóis desapareceram, mas não está liso, e está horrível". E isso leva-me à loucura. 

Dizem-me: ah e tal, porque é que não usas uma espuma, uma laca, um produto x ou produto y?

Ora... Vamos lá ver uma coisa: quando ponho espumas, o cabelo fica meio pagajoso, acontecendo o mesmo com a laca, o que lhe dá um aspecto horrível e pouco confortável. Especialmente para mim, que adoro ir mexendo no cabelo - eu sei, um hábito terrível. 

Outros produtos vou experimentando, mas acabam por ser mais úteis para a "secura" do cabelo do que propriamente para manter os caracóis.

Até que há uns meses ouvi falar de um "produto do Rui Romano, óptimo para os caracóis". Uma descrição bastante vaga, portanto, mas que me fez ir até lá e ver o que é que por lá havia. 

Lá indicaram-me este: 

E eu pensei "pronto, ok, posso experimentar, vamos lá ver."

Ao experimentar e cheirar o produto, cheguei à conclusão que já tinha experimentado um produto desta linha algures em 2005 - um dos tais produtos que me deixava o cabelo pegajoso - mas como a embalagem, entretanto, mudou, não percebi isso na loja. 

Mas não desisti. Experimentei, fiz o que a menina me disse (i.e., pentear o cabelo, depois de o lavar, normalmente e, depois, pôr o produto no cabelo e "amachucar" o cabelo). e... Pronto, não ficou tão pegajoso como quando punha outros produtos, mas não ficava muito "confortável". Depois de o ter utilizado durante uns tempos, fui deixando de o usar - entre outras razões, por não ficar "confortável". 

Até que ao ouvir-me queixar pela milionésima vez do meu cabelo e em como nada resultava e em como eu um dia destes ia mas é rapar o cabelo, para ver se ele cresce como deve ser (adoro ser dramática), a senhora minha mãe sugere que eu utiliza este produto de outra forma - em vez de pentear e pôr o produto, pôr o produto, espalhar bem pelo cabelo, pentear para espalhar ainda mais e, finalmente, "amachucar" o cabelo.

E voilá, a coisa tem resultado: os caracóis mantêm-se de um dia para o outro e ainda para outro e o cabelo não fica nem pastoso, nem oleoso, nem seco. 





E pronto, pode ser que tenha encontrado, agora, um dos melhores amigos do meu cabelo... (a ver é se com a sorte que eu tenho o produto não é descontinuado).

Há toda uma evolução...

No Pré-Histórico ano de 2007, a minha candidatura à Faculdade foi assim...


No super evoluído ano de 2013, a candidatura da minha irmã mais nova à Faculdade é assim...



Sinto-me velha, caraças... 

(Podemos voltar a 2007?)

Humpft

Andar de transportes sem passe é uma chulice que não lembra ao Diabo. Vão roubar para a China, sim?

Entretanto... Há quanto tempo é que as novas notas de 5€ entraram em circulação? É que as máquinas de bilhetes são tão espectaculares que ainda não as aceitam, e uma pessoa, que não sabe, anda ali numa dança gira de "põe nota, máquina cospe a nota, pessoa volta a pôr nota, máquina volta a cuspir a nota, pessoa começa a praguejar e manda a máquina para o c******". 

Pronto, se calhar estou é mal-disposta... Talvez porque tenho que ir à minha antiga empresa tratar de uma coisa que, se não fosse pela incompetência, podia ter tratado quando ainda lá estava. Portanto, outros que também podiam ir para o c******.

terça-feira, 16 de julho de 2013

A tentar decidir se estou a gostar ou não...


Acabei de terminar de ler a Primeira Parte deste livro e não consigo dizer se estou a gostar ou não.

Eu gosto de História: gostava das aulas de História, gostava dos Manuais de História, gosto de documentários de História, gosto de livros de História, gosto de Museus, gosto de pesquisar História. Enfim, eu sei, sou uma croma ;)

Por isso, eu deveria estar a gostar deste livro, uma vez que, pelo que li até agora, é quase um documentário sobre a vida de William E. Dodd enquanto embaixador americano na Alemanha de 1933.

No entanto, talvez porque estava à espera de um livro do género dos de Ken Follet, não me está a entusiasmar por aí além. 

Enfim, vamos ver.

domingo, 14 de julho de 2013

E o treino continua...

Hoje fiquei um bocadinho aquém do tempo do outro dia (apesar de me ter mantido na casa dos 29 minutos), mas isso agora não interessa (quase) nada.

Quem diria que eu, afinal, até gosto (e consigo) correr distâncias!

sábado, 13 de julho de 2013

O ponto alto do meu ano





Corri 5km em 29 minutos, 2 segundos e 67 centésimos. O que para mim foi o meu record. Pumbas!

Até agora, eu só contava o tempo na passadeira e, aí, o meu melhor tinha sido 5km em 33 minutos, há demasiado tempo. Desde aí, na passadeira, raramente me dava ao trabalho de correr 5km, porque havia sempre mais coisas para fazer no ginásio.

Por outro lado, quando ia correr para o Paredão, nunca levava relógio/cronómetro. Até ao dia de ontem, em que ressuscitei o meu velhinho velhinho velhinho Casio Baby G - uma edição especial dos Golfinhos e das Baleias :)

E hoje, o meu Baby deu-me este presente. Fui sempre controlando mais ou menos o tempo ao kilómetro (infelizmente, o relógio não faz parciais) e fui percebendo que talvez desse para fazer pelo menos em 30 minutos - o que seria bem menos que o meu melhor. E acabei por fazer em 29 minutos.

Tão bom.

Principalmente numa altura em que... Enfim, nem vale a pena pensar nisso e/ou expressar esses pensamentos.

Agora o objectivo é ir melhorando este tempo. Ou aumentar os kilómetros corridos... Será este ano que faço a Corrida do Tejo?

quarta-feira, 10 de julho de 2013

As mulheres às vezes são tão idiotas

A sério, nós somos estúpidas? Acéfalas? 

Hoje, na praia, tive a sorte (ou o azar) de estender a toalha ao lado de um rapaz e rapariga que, aparentemente, seriam dois amigos normais. 

Aparentemente. 

Porque bastou-me estar ali 1 minuto para perceber que a rapariga estava totalmente interessada no rapaz, a fazer-se descaradamente ao piso (o que é terrível, como se irá perceber a seguir), e que o rapaz não estava nem aí para a rapariga, correndo o risco de, até, a achar chata.

Comecei a ouvir o seguinte diálogo:

Rapariga - Ah, gosto imenso dessa tatuagem (voz meio dengosa)... Tem algum significado? 

Rapaz - Tem. 

(...)

Rapariga - Eu também gosto imenso de tatuagens... Só não faço mais porque enfim! Mas não percebo as pessoas que as fazem só porque sim... 

(...)

Mais tarde:

Rapariga - Mas o que é que faz a tua namorada? [E por isto é que eu acho terrível a rapariga se estar a fazer descaradamente ao piso... ELA SABIA QUE O RAPAZ TINHA NAMORADA E TEM O DESCARAMENTO, ESTANDO-SE A FAZER A ELE, DE PERGUNTAR PELA NAMORADA!!! É que para além de ser um bocado, vá, cabra, ainda é burra... Se eu alguma vez me fizesse a alguém que tivesse namorada, não o ia lembrar disso! - Credo, serei, também, uma cabra??]

Rapaz - É professora.

Rapariga - Ah, então agora tem menos trabalho... As aulas já acabaram e tal...

(...)

Rapariga - Mas é professora de quê? Ensino Básico ou Secundário?

Rapaz - Secundário. 

Rapariga - Ah, isso deve ser super stressante, coitada! Essa idade é tão chata! Todos nós já passámos por ela e blá blá blá...

(...)
Rapaz - Eu vou ao banho.

Rapariga - Eu vou contigo [voz novamente dengosa].

E ficam nesta conversa quase unilateral durante algum tempo... Eu sei, pelo reproduzido aqui, há poucas evidências reais do bate couro dela. No entanto, houve toda uma dinâmica de linguagem corporal e risinhos e coisinhas que me fizeram crer que sim, a rapariga estava claramente a fazer ao rapaz e o rapaz, provavelmente, não estava a achar grande graça à coisa. Ainda assim, e como eu ainda quero, muitas vezes, acreditar que as pessoas não são parvas, cabras, etc, tentei dar um desconto... Podia ser apenas a minha mente maldosa a trabalhar! Oh, ingenuidade a minha! 

Chega a altura em que a rapariga se tem que ir embora.

Rapariga - Bom, tenho que ir embora... Obrigada pela companhia! [voz dengosa]

(...)

Rapariga - Então amanhã diz alguma coisa!

(...)

Rapariga - Ou se quiseres diz hoje, que eu também não me importo! 

(...)

[E aqui, admito, não resisti e desatei-me a rir... Sou horrível, eu sei.]

Rapariga - Bom, então eu vou andando!

[...]



Agora a sério... Somos parvas, iditoas, burras, ou, simplesmente, quando estamos apaixonadas perdemos toda e qualquer noção do que é, afinal, a nossa valorização para nos sujeitarmos a este tipo de coisas? 

Eu não quero, de todo, estar a cuspir para o ar. Até porque também já tive, claro, e muito, as minhas atitudes idiotas apaixonadas (ainda que, muitas vezes, não admitisse estar apaixonada... "somos só amigos... Eu gosto muito dele, sim, mas como amigo!" - Parva). Mas porquê? Porque é que quando gostamos de alguém acabamos por fazer estas figuras parvas?  Porque é que não percebemos que ele "não está assim tão interessado"? Ou porque é que quando percebemos, tendemos a racionalizar as coisas, a arranjar desculpas, a inventar histórias que nós utilizamos, consciente ou inconscientemente, para esconder o facto de ele não querer saber de nós dessa maneira

Porque é que quando parte da nossa cabeça já sabe que ele não quer saber de nós, a outra parte começa a trabalhar e a arranjar desculpas?

domingo, 7 de julho de 2013

The perks of being a wallflower

Aproveitando o facto de ontem à noite ter ficado pendurada, resolvi ir para a varanda, o único sítio onde era possível estar sem começar a derreter, e terminar o "The perks of being a wallflower", que tinha começado na Sexta-feira. 

E gostei.

Para quem não sabe, a história é narrada por um adolescente de 15 anos, cujo melhor amigo se havia suicidado no ano anterior, e que vai escrevendo cartas a um "amigo", contando a sua experiência no primeiro ano de Liceu - os amigos, as relações amorosas, as relações familiares e a forma como lida com a(s) perda(s).

Poder-se-ia pensar que, devido a este "plot", seria um livro mais juvenil; no entanto, e apesar de achar que eu, provavelmente, gostaria mais do livro se o tivesse lido aos 16/18 anos, não acho que seja um livro desadequado a pessoas na casa dos 20 (ou, até, mais velhas). Porque trata de assuntos sérios relacionados com o crescimento do ser humano e da forma como este lida com os vários problemas que lhe vão surgindo. Ora, e como sabemos, feliz ou infelizmente, nós não paramos de crescer quando acabamos o Liceu e entramos na Faculdade nem os problemas deixam de surgir. Efectivamente, apesar de a história ser narrada por um miúdo de 15 anos, ao longo do livro fui "apanhando" passagens que poderiam, feliz ou infelizmente, ter sido escritas por mim; ao longo do livro, fui "apanhando" passagens que, se fosse inteligente, poderia tentar aplicar à minha vida. O livro, sendo narrado por um miúdo de 15 anos, é uma reflexão que pode ser utilizada por todos sobre a vida, sobre o que somos, sobre o que nos faz ser como somos e que, no limite, é importante que todos façamos de vez em quando, mas sem as tretas dos livros de auto-ajuda. 

Por outro lado, gostei, também, da forma como o livro aborda certos assuntos, como suicídio, drogas, sexo, abuso sexual ou a depressão, porque não o fez de uma forma "infatilizada" (que poderia acontecer devido ao facto de, afinal, a história ser narrada por um miúdo de 15 anos) nem de uma forma demasiado "erudita" (caminho que o autor poderia querer tido tomar de forma a tornar, talvez, o livro mais sério mas que, provavelmente, seria descontextualizado, tendo em consideração, lá está, que a história é narrada por um miúdo de 15 anos). 

Ainda assim, admito que hoje, acabadinha de ler o livro, não consigo dizer se gostei mais do livro ou do filme. Normalmente, e salvo algumas (muito raras) excepções, como foi o caso do "Guia para um Final Feliz", eu gosto mais do livro que da adaptação cinematográfica, independentemente do facto de ter visto primeiro o filme ou lido primeiro o livro. No entanto, com este livro e esta adaptação, não consigo formar já uma opinião a esse respeito. Penso que tal dever-se-á ao facto de eu ter visto o filme há uns meses e de, em retrospectiva, achar que a adaptação foi muito bem feita, com excelentes representações - apesar de algumas alterações e de, no livro, um acontecimento fundamental ser muito melhor explicado e de, no filme, essa explicação não ser tão explícita.  

Assim, para quem viu o filme, aconselho a leitura do livro - não porque o filme tenha ficado mal feito ou mal aptado ou tenha estragado a história, mas porque, apesar de o filme estar muito bom, o livro também está. 




Nota: Claro que a adaptação ao cinema tinha que estar muito boa... Vi agora que o Director é que autor do livro - Stephen Chbosky.

Adenda: Resolvi ver, outra vez, o filme. Continuo a achar que é uma boa adaptação do livro, ainda que com mais alterações que aquelas que eu achava enquanto lia o livro. Por outro lado, o tal "acontecimento fundamental" acaba por, também, ser bem explicado no filme, apesar de não tão bem explicado como no livro - acredito que, quando o vi pela primeira vez, me tenha passado ao lado por ter "descansado os olhos". Aliás, penso que essa será a principal diferença entre o livro e o filme: a forma como o "acontecimento fundamental" é revelado e as consequências da revelação (apesar de culminarem no mesmo "final"). Finalmente, apesar de continuar a achar o filme um bom filme e uma boa adaptação, não posso deixar de dizer que, claro, há coisas que o livro transmite e que o filme, apesar de tudo de bom que tem, não consegue transmitir - é assim, não há nada a fazer: os filmes não conseguem transmitir tudo o que os livros transmitem. Apesar de, felizmente, possibilitarem outras coisas boas.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Madrugada Suja

Acabei esta tarde e, apesar de não ter gostado tanto como gostei do "Equador" ou do "Rio das Flores", gostei bastante.

Apesar de o enredo ser relativamente simples (quando comparado, lá está, com o Equador e com o Rio das Flores), apresenta vários "pormenores" que eu considerei bastante interessantes, como, por exemplo, o facto de a história ser narrada na perspectiva de diferentes personagens ou a "denúncia"/explicação de como se faz corrupção em Portugal que, apesar de não ser novidade para ninguém, é sempre giro de se ler.

Ainda assim, admito que gostaria de ver a história mais aprofundada - o livro poderia facilmente ser maior que não o tornaria, tenho a certeza, maçudo. Pelo contrário, torná-lo-ia, apenas, (ainda) mais interessante.

No entanto, e como gostei do livro, para as 6 pessoas que lêem o blog, recomendo-o - é um bom livro para as férias, lê-se bem e percebe-se bem. Vá, e não pesa no saco da praia ;)

E é do Miguel Sousa Tavares, esse senhor que vai alimentando ódios mas que, no meu entender, "só" os tem no sítio para dizer verdades que, muitas vezes, apenas custam ser ouvidas.




Como estragar uma história em 131 minutos

Para obtenção da resposta, ver o filme "O Conde de Monte Cristo" (preferencialmente, depois de se ler o livro. No entanto, se o filme for visto antes do livro, também serve para se perceber. É importante, contudo, que o livro seja lido).

Ainda estou perplexa para poder exprimir mais palavras. 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Às vezes acontece ler aquilo que nos passa mil vezes pela cabeça.

Mas também sei que vivemos o que nos acontece, não o que sonhámos. Somos resultado das circunstâncias: onde estamos, quando estamos, com quem estamos. E, hoje, temos demasiadas circunstâncias para que tudo se torne simples ou evidente por si mesmo. Muitas vezes podemos escolher e a escolha é-nos quase sempre fatal. 

(...)

É preciso saber reconhecer a possibilidade de ser feliz quando ela surge. 

De Miguel Sousa Tavares, "Madrugada Suja".