2014 foi um ano... estranho, complicado, difícil, bom, de reviravoltas, com acontecimentos felizes, muito felizes, mas estranho, complicado.
Começou mal. No dia 23 de Dezembro de 2013 comecei uma espécie de novo trabalho. Espécie na medida em que não era pago - apesar de fazer tudo e mais alguma coisa, apesar de ser a tempo inteiro. Era um "estágio curricular", desses que crescem que nem cogumelos, que de "estágio" só tem o nome e a não remuneração. Mas aceitei e arrependi-me no dia 23 de Dezembro, quando comecei.
No dia 2 de Janeiro, quando entrei na empresa, tive vontade de dar logo meia volta e sair dali para sempre. Não era assim que queria começar o meu ano. Não queria continuar a fazer uma coisa que não gostava e, ainda por cima, não ser paga para isso. Mas fui levando. E todos os dias eram uma tormenta. Todos. O que se reflectiu noutras coisas da minha vida. Andava triste e confusa e triste e confusa. Até que chegou Março, o mês em que fiz 25 anos. E uma ideia que andava já há algum tempo a ganhar forma foi crescendo. Resolvi voltar a estudar, fazer outro Mestrado, aquele que me fez ir para Psicologia. Foi uma decisão difícil (aos 25 anos, supostamente, as pessoas tornam-se independentes, não voltam a ficar totalmente dependentes), mas sei que foi mesmo a melhor. Tenho medo do futuro, claro que tenho, mas foi o melhor.
Depois veio o período sabático da minha vida. Trabalhei como freelancer. E, bem, continuei estranha e confusa em relação a outros aspectos. Descobri que afinal eu também posso ser irracional e sensível. Descobri que lá porque não gostamos realmente de uma pessoa, tal não significa que não tenhamos saudades dele, que não queiramos saber dele e que, até, não queiramos voltar a estar com ele. Eu disse, irracional.
Chegou o Verão. Ou pseudo-verão. Vieram os melhores casamentos de sempre, participei em dois flash-mobs e dancei (muito) à chuva (muita). Foram momentos muito, muito felizes. Mas que me fizeram pensar (mais uma vez) no quão sozinha eu estou. Ou sou. E que me fizeram ficar com a neura do Verão que levou a momentos parvos.
Chegou Setembro. 3 coisas marcaram Setembro: Memory Lane (PORQUÊ?), Corrida do Tejo - um orgulho feliz do ano - e o início das aulas.
Outubro, Novembro e Dezembro passaram-se a correr. Pelo meio houve mais momentos Memory Lane, partilha de sentimentos, houve saídas com alucinados, houve tentativas de "libertação verdadeira e definitiva", houve desabafos longos com amigas. Houve "não percebo este gajo que agora, que eu estou a deixar a coisa, vem falar comigo", houve muitos trabalhos mas a confirmação que gosto mesmo deste Mestrado. Houve desilusões e tristezas, mas houve, também, alegrias.
Foi um ano de montanha-russa. Eu sou uma montanha-russa.
Para 2015 desejo muitas coisas que acabam por confluir numa única coisa: quero acalmar. Deixar de me sentir assim, uma montanha-russa. Deixar de me sentir triste e irritada e frustrada. Deixar de me sentir sozinha.
*até porque estou cheia de tempo livre e não tenho nada, NADA, para estudar.
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