sábado, 11 de julho de 2015

[Imagino como seria. Imagino como seria (re)encontrar-te pela primeira vez. Imagino que conversas teríamos. Imagino como agiríamos um com o outro. Imagino... E depois digo a mim mesma para parar de imaginar. Eu sou um paradoxo - uma pessoa extremamente realista (pessimista, dizem uns) mas, ainda assim, imaginativa. Paro e viajo - viajo daqui para o passado num abrir e fechar de olhos e reconstruo-o à minha maneira, à maneira que eu acho, agora, que deveria ter sido. E de repente, estou num futuro - um futuro que eu sei que não acontecerá mas, ainda assim, um futuro bom, que eu construo com o molde dos meus desejos. 

E depois vem a realidade: estou neste presente onde, por mais que eu faça, nunca origina o futuro que eu quero para mim. Onde, apesar da minha formação em Psicologia, não percebo os objectivos das pessoas; onde me sinto sempre a jogar um jogo de xadrez difícil. Agora que penso nisso, se calhar posso utilizar o xadrez como uma espécie de metáfora para a minha vida - não sei jogar xadrez, assim como não sei jogar o jogo da vida. E alguém tem que perder. E esse alguém serei eu.]

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