sábado, 25 de julho de 2015

Primeiro as coisas más*

As pessoas mudam. As pessoas crescem e mudam. As pessoas que éramos aos 20 anos não são as mesmas que somos aos 26. E, muito provavelmente, não seremos as mesmas daqui a 10 anos. E isto é normal e será bom. O problema é quando, num grupo de amigos, as pessoas mudam de formas completamente diferentes e, às tantas, percebemos (ou percebo) que se conhecesse hoje aquelas pessoas (ou algumas delas), não conseguiria, provavelmente, fazer amizade com elas. Porque crescemos e mudámos de tal forma diferente que já temos muito pouco em comum. Temos vivências, interesses, vidas diferentes. E não falando naquilo que sinto de que sou obrigada a interessar-me pelas vivências dos outros mas ninguém (ou quase ninguém) está muito interessado nas minhas (e depois admiram-se que eu não fale da minha vida), ficam as questões: o que fazer a uma amizade quando dela apenas restam as memórias? O que fazer às relações de amizade quando crescemos, ficamos totalmente diferentes e parece haver cada vez menos paciência para aquilo que somos agora? 

O que fazer quando, de repente (ou não tão de repente assim) um elemento deste grupo nos provoca um pozinho especial que até aqui era reservado às pessoas de quem nunca na vida seria amiga? 

Cresceremos todos para nos tornarmos, realmente, nuns cínicos?


*Porque depois as boas compensam as más.

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