sábado, 14 de dezembro de 2013

Ajuda

Ocupar a cabeça e, no caso de hoje, o corpo, com outras coisas para me distrair. 

Hoje fui ajudar uma amiga a montar o escritório da sua futura casa. 

Uma das minhas amigas mais antigas vai casar-se em Julho e o namorado, um dos meus amigos mais antigos, está a trabalhar em França. Ela, para o surpreender, quis montar o escritório este fim-de-semana para, no Natal, lhe dar esse presente. Chamou parte da tropa e hoje montei duas estantes e uma secretária. Foi bom: estive com pessoas de quem gosto, diverti-me, assisti ao reencontro da mãe do meu amigo com a irmã dele, que esteve a trabalhar na Holanda nos últimos 6 meses (e eu, apesar de ser uma cabra insensível, gosto de assistir a reencontros), e apresentei aquela gente toda o meu Bolo de Bolacha de Chocolate. 

Estou morta, morta, morta. Mas ainda bem. Porque agora é Sábado à noite e sei que se não estivesse tão cansada apetecer-me-ia fazer alguma coisa. E talvez acabasse por fazer o que não devia e, provavelmente, pelas razões erradas. Mas estou tão cansada que não tenho forças nem sequer para vestir outra coisa que não seja o pijama ou para calçar outra coisa que não sejam as pantufas. 

Ainda me sinto a levantar. Muito lentamente. Mas estas coisas, estes dias cheios, estes momentos parvos de procura pela chave de parafusos ideal, de "Leonor, deste-me o parafuso errado!" ou "Oh porra, o tampo da gaveta está ao contrário!" fazem-me muito bem. Acho que vai demorar algum tempo até me sentir completamente direita outra vez; no entanto, e mesmo que depois volte a "cair", estas ocasiões levantam-me um bocadinho. E isso é bom. E é disso que eu preciso.

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