sábado, 8 de fevereiro de 2014

O pior do afastamento

É quando ele não é acompanhado pelo esquecimento.
Quando não nos esquecimentos dos gostos das pessoas e, por isso, sempre que vemos alguma coisa que sabemos que alguém iria gostar, o nosso pensamento vai directamente para essa pessoa. E em querer partilhar isso com essa pessoa. Mas depois há o orgulho e a consciência de que isso não faria sentido. Porque ninguém quereria saber... Porque, lá no fundo, apesar de não esquecer, talvez eu também não queira saber.

Às vezes gostava de ser a cabra insensível que toda a gente pensa que sou. Às vezes gostava de ser a cabra insensível que eu demonstro ser. Às vezes gostava de não gostar realmente das pessoas, de não pensar nas pessoas, de conseguir desligar-me das pessoas. Mas não consigo. A partir do momento em que gosto de uma pessoa, nem que seja um bocadinho, não consigo desligar-me dessa pessoa quando me afasto, nem que tenha havido uma zanga, uma cisão, uma merda qualquer que tenha provocado esse afastamento. Não, não sou uma stalker obsessiva que persegue as pessoas. Apenas não consigo deixar de ter saudades dos tempos em que as coisas corriam bem. E apenas não consigo esquecer. 

And, well, that sucks.

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