Em 2013, em plena crise económica, eu estava perdida no Mundo. Tinha terminado um estágio IEFP, muito mal falado por estes lados, em Novembro vi-me impossibilitada de poder ingressar num novo projeto devido a burocracias várias (tema que ainda hoje me dá vontade de chorar) e a melhor hipótese que me surgiu, em Dezembro, foi um "Estágio Curricular" (a.k.a., trabalho não remunerado). Era o que havia na altura para quem tinha tão pouca experiência e um Estágio IEFP feito.
Hoje o Facebook (amiguinho...) lembrou-me que há 2 anos fui ao Centro de Emprego. Porque para me animar, comi um gelado na gelataria mesmo à frente do Centro de Emprego. E sim, pus foto no Facebook. Enfim, continuando.
E hoje, 2 anos depois dessa manhã no Centro de Emprego, recebi uma notícia que, nessa altura, seria a melhor coisa que me podia acontecer: fui aceite para trabalhar numa Consultora de Recursos Humanos. Não é um Estágio, é um trabalho a sério e não terrivelmente mal pago (na verdade, esta parte ainda não sei...). É um emprego com expectativas de crescimento e numa área, acho, interessante. É uma coisa boa. Não fosse estar 2 anos atrasada. Ou 8 meses adiantada. Porque a aceitar, teria que deixar este Mestrado pendurado. Até podia terminar a Tese, mas não terminava o Estágio Curricular. E assim, não seria Psicóloga Educacional.
E isto gera muitas dúvidas.
Se aceitar e não gostar do que vou fazer, fico com o Mestrado pendurado.
Se não aceitar... Se não aceitar e não arranjar trabalho daqui a uns meses, não sei muito bem o que vou fazer à minha vida.
São muitas questões.
Eu acho que posso gostar deste trabalho, uma vez que, embora seja RH, é uma área completamente daquela em que trabalhei e que me fez ganhar anticorpos. Mas... Mas posso sempre não gostar.
Por outro lado, a probabilidade de arranjar trabalho na área da Psicologia Educacional é reduzida. As coisas não estão melhores. E a probabilidade de arranjar um trabalho na área da Psicologia Educacional relativamente bem pago, que me possibilite pensar em "crescer", é ainda mais pequena. Finalmente, o trabalho como Psicóloga Educacional, tal como o de consultora de RH, não é perfeito. Existem muitas coisas boas... Mas também existem muitas coisas más. Em ambas as opções.
Terça-feira, dia 22, vou ao escritório conhecer a proposta e até lá terei que decidir. E não sei o que decidir.
Se isto tivesse acontecido há 2 anos...
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