É difícil para mim interessar-me por alguém. Sim, posso achar graça ao rapaz do ginásio com o sorriso fofinho e que não aparenta ser um troll como a grande maioria dos seres masculinos que por lá pululam, posso dizer que este ou aquele são giros, mas interessar-me mais ou menos por alguém é difícil. Sou perita em arranjar dificuldades que acabam por dificultar um interesse.
Nos últimos anos, e sendo solteira quase por definição, interessei-me "minimamente" por 2 pessoas: o parvo com quem tive aquela "amizade colorida" e que me fez confundir como nunca tinha ficado e um amigo de um amigo meu, de quem sempre tive medo de me interessar realmente. Resultado: começou a namorar com uma rapariga e são felizes e contentes.
Por isso acho estranho, muito estranho, quando certas coisas acontecem. Como, por exemplo, reencontrar um rapaz que conheci quando tinha 15 anos passados estes anos, falar meia dúzia de vezes com ele e começar a a achar que me posso estar, eventualmente, a interessar por ele. O que é estranho. Como é que eu, que tenho dificuldade em interessar-me por alguém, me posso estar a interessar por uma pessoa com quem falei meia dúzia de vezes?
Entretanto, e porque um desastre nunca vem só, o parvo do antigo amigo colorido voltou a aparecer. Não por "culpa" dele, mas por coincidências da vida. E ele vai emigrar para um sítio estranho. E eu, que já não lhe ligava há imenso tempo, que já não queria saber, fiquei estranha com isso. Não por achar que ele devia cá ficar, mas por causa das coisas que ficaram por dizer (e fazer...). A verdade é que ele me fez bem na altura. Mas é parvo. Gosta de jogar.
E eu sou estranha. Porque se é difícil interessar-me por alguém, e acabo por me interessar mais ou menos por uma pessoa que mal conheço e com quem falei meia dúzia de vezes. Porque é difícil interessar-me por alguém e, mesmo assim, estou agarrada (ainda que por uma linha muito fina) a um parvo.
Enfim. A minha vida sentimental é um desastre.
*A frase que mais digo
Sem comentários:
Enviar um comentário