segunda-feira, 29 de junho de 2015

Começar bem o dia

Acordar com o despertador, que toca às 9h, às 9h30, às 10h e às 10h30. Levantar-me às 10h15, olhar ao espelho e pensar "ena pá, se calhar fazias as sobrancelhas". Antes de ir tomar o pequeno-almoço, tirar o que estava a mais. Achar que não tinha demorado assim tanto tempo com isso. 

Ir tomar o pequeno-almoço. Chegar à cozinha, olhar para o relógio do forno e ver que são 10:55. Pensar que se calhar aquele relógio está mal, olhar para o da Sic Notícias e perceber que não, que a coisa está certa. Pensar "caraças, será que demorei tanto tempo a tirar meia dúzia de sobrancelhas? Já se foi metade da manhã!!!". 

Chegar ao quarto, olhar para o telemóvel e perceber que, afinal, o cabrão é que se tinha atrasado nas horas. O estúpido estava 40 minutos atrasado!

Fuck.

domingo, 28 de junho de 2015

Fim-de-semana

Sexta feira
3 atentados terroristas e um deles é no país para onde o parvo do idiota do estúpido vai. Quando soube que ele ia para lá, fiquei estranha precisamente por isso. Ele vai meter-se na boca do lobo e apesar de tudo, se lhe acontecer alguma coisa, não vou gostar. Não sou assim tão horrível. Fiquei apreensiva e preocupada. 

Sábado
Fazer um trabalho (o último!) e perceber, uma vez mais, a diferença entre fazer uma coisa que se gosta e fazer uma coisa porque tem que ser feita. Estive horas ao computador e sim, estava cansada e apetecia-me mais ir para a praia do que estar a fazer o trabalho; no entanto, parece que custou menos e estava a ficar satisfeita com a coisa. 

Domingo
Fazer a parte do Enquadramento Teórico do trabalho e a coisa não está a correr tão bem como ontem. Li os artigos / capítulos há algum tempo e não tenho nenhuma estrutura mental daquilo que vou escrever. Para ajudar, estou meio "nhee" a nível físico... Meio mal-disposta, meio enjoada... Não sei. É o calor. E o cansaço. 

Vidas.

Estou quase de férias. É só acabar isto. 


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Uma espécie de limbo

Estou a fazer um trabalho de Aconselhamento Vocacional que, resumindo, apresenta como um dos objetivos aumentar a Perspetiva de Futuro do cliente. Como não sou nada narcisista - nada -, e como estou ligeiramente cansada - só ligeiramente -, dei por mim a pensar em mim própria. Não em termos vocacionais, que por aí, agora (e pela primeira vez em muito tempo), está tudo mais ou menos alinhado (apesar do medo do Futuro... Perspetiva Ansiosa do Futuro, eu? Nada), mas em termos pessoais. 

Estou presa no Passado, naquilo que não foi, naquilo que não foi dito ou feito, nas perguntas que ficaram por responder e, também por isso, não consigo avançar para o Futuro (ou para um possível Futuro). Não sei o quão real, quão bom, quão realmente desejado poderia ser o Futuro; no entanto, também não me permito descobrir isso. Porque tenho medo da rejeição, sim; porque tenho receio do ridículo, também. Mas, também, porque estou presa a este pseudo-passado parvo, sem significado para ninguém a não ser para mim. 

Decido, muitas vezes, esquecer, lançar os cabelos para trás das costas e seguir em frente (que imagem poética). E consigo manter essa decisão por algum tempo. E "oriento-me" para o Futuro (ou para um possível / eventual futuro). Mantenho-me ocupada durante o dia, cabeça no monitor e dedos no teclado, e não penso no que não devo. Mas depois paro. Depois vejo sinais de vida. E voltam as questões. E volta o que ficou por dizer e fazer. And that... Sucks.  

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Qual é um dos maiores sustos que uma míope pode apanhar?

Uma míope deixa os óculos na mesa cabeceira durante a noite. A míope acorda por volta das 6 da manhã, sem necessidade, e ao virar-se para o outro lado - o lado da mesa de cabeceira - acaba, com a sensibilidade de um elefante numa loja de cristais, por atirar a mão ou qualquer coisa (a mão e a almofada? Eram 6 da manhã, a míope estava mais a dormir que acordada) para a mesa de cabeceira. De repente, só ouve alguma coisa a cair ao chão - os óculos. A míope acorda e pensa "foda-se, ficaste sem óculos, era o que faltava". A míope tenta acender a luz do candeeiro da mesa de cabeceira, mas estando sem óculos e estando às escuras, a coisa torna-se mais difícil. Eventualmente, lá consegue. Depois, tenta encontrar os óculos no chão. Mas só um míope é que sabe o quão frustrante é procurar os óculos sem... os óculos. Por fim, lá acaba por os encontrar, debaixo da cama, todos sujos mas... intactos. 

Sim, esse é um dos maiores sustos que um míope pode apanhar - ficar sem óculos., partir os óculos. Eu não uso lentes de contacto e apesar de ainda ter os meus óculos antigos, a graduação deles está mais do que desactualizada. Por isso, se partisse os óculos, e sendo possível não arranjar lentes no próprio dia, talvez ficasse tipo toupeira uns dois dias. Não é agradável. 

Mas, enfim, correu tudo bem. O que pode ser um bom indicador para a semana que se aproxima. Boa segunda feira, gente! 

domingo, 21 de junho de 2015

[Já não quero saber de ti. A sério que não. Não quero saber se vais para o fim do mundo, se te fazes a mil raparigas ao mesmo tempo. Não quero saber, não é novidade nenhuma. 

E claro  que, neste contexto, nos encontrámos na "aldeia" que é esta terra. 

Não quero saber de ti. Não quero. 

Não quero saber o que fazes, com quem fazes. É-me indiferente. E por me ser indiferente, cumprimento-te. Não fujo, não me engasgo. Cumprimento-te, como se cumprimenta uma pessoa que se conhecia. E tu cumprimentas-me da mesma forma. Parvo. 

Perguntas-me se vou contigo a uma das barracas que vendem coisas. Não quero saber, és-me indiferente, e a minha companhia é uma treta. Por isso, vou. 

Perguntas-me como é que eu estou. Estou bem, respondo. Esperas que diga mais alguma coisa e percebes que afinal eu tinha razão quando dizia que era um pequeno bicho do mato. Acabo por conceder e pergunto-te como estás. Estás bem, respondes. 

Ficámos em silêncio. Tinha tanto para te dizer, há um ano, tanto para te perguntar, e agora fiquei sem palavras. Porque não vale a pena. Porque já não quero saber. Ofereces-me uma caipirinha porque "é a tua bebida favorita". Parvo, lembras-te disso? Aceito e tu bebes a tua mini. 

Perguntas-me coisas, perguntas-me como vão os trabalhos, como correu o ano, como foi a readaptação à Faculdade. Perguntas-me como está a capirinha. Estão quase a acabar, finalmente; correu bem; foi fácil; está boa. Perguntas-me  porque estou tão calada. Penso que essa é uma pergunta idiota, caraças. Se começo a dizer tudo aquilo que tenho entalado, nunca mais me calo. E ias achar-me uma maluca. Encolho os ombros. Não tenho muito para dizer, acho, respondo. Ris-te - como não tens muito para dizer? Tu tens sempre que dizer alguma coisa. Nós conhecemo-nos porque tinhas que dizer alguma coisa, dizes. Não, isso era um dos meus lados. Estou em modo de "não tenho muito para dizer", respondo. Se digo tudo o que penso...

Se calhar não. Se calhar não me é tão indiferente. Se calhar, é isso mesmo. Se calhar deixar coisas por dizer faz mal às pessoas. Tenho tantas coisas para dizer, para perguntar. Mas ao dizer-tas, ao fazer-tas, ia dar-te mais importância que aquela que tu mereces. E não o quero fazer, não o vou fazer. 

Ficas à espera que eu diga alguma coisa e eu entretenho-me com a caiprinha. Está uma treta.

Magoaste-me, sabes? Magoaste-me porque fizeste por "entrar", fizeste-me achar que eu podia ser alguma coisa para ti. Eu deixei-te entrar um bocadinho e depois, não quiseste saber. Magoaste-me, foste parvo. E, durante muito tempo, apesar disso, eu deixar-te-ia entrar de novo. E isso faz-me sentir idiota. E estúpida. Porque eu nunca gostei realmente de ti, achava eu, e mesmo assim tinhas este poder sobre mim. Até que te deixei ir de vez. Faz o que quiseres, vai para o fim do mundo, faz-te a quem quiseres. Depois não te queixes de estar sozinho. Faz o que quiseres, com quem quiseres. Mas deixa-me. Não me faças sentir outra vez sem controlo - isso é o pior que me podem fazer, logo a mim, que sou uma control freak. Deixa-me, vai à tua vidinha, que eu fico por aqui a interessar-me por alguém com quem eu tenho alguma coisa a ver. Não entres na minha cabeça, impedindo-me de tentar as minhas hipóteses com essa pessoa. Deixa-me ir. Já não quero saber das perguntas, já não quero saber do que tenho para te dizer. Deixa-me ir. 

Tenho que me ir embora, digo. É chato, vieram comigo e agora desapareci. Obrigada pela caiprinha. Se não falarmos antes, boa viagem para a terra dos malucos. Tem cuidado.

Fui ter com a minha outra companhia de treta. Deixas-me ir. Deixa-me ir... 

Fartei-me e vim-me embora. Não dava mais. Quando cheguei à saída, estavas lá, à espera não sei muito bem do quê.

Estava à tua espera, dizes. Vais dizer-me o que tens a dizer ou vais deixar-me ir embora sem o dizer?
Sim, era esse o plano, respondo. Já não quero saber. Então leva-me a casa, pediste-me. A minha boleia quis ir embora mas eu quis ficar aqui, a ver se te encontrava. Vais deixar-me ir a pé para casa?]


terça-feira, 16 de junho de 2015

Eu sou estranha*

É difícil para mim interessar-me por alguém. Sim, posso achar graça ao rapaz do ginásio com o sorriso fofinho e que não aparenta ser um troll como a grande maioria dos seres masculinos que por lá pululam, posso dizer que este ou aquele são giros, mas interessar-me mais ou menos por alguém é difícil. Sou perita em arranjar dificuldades que acabam por dificultar um interesse. 

Nos últimos anos, e sendo solteira quase por definição, interessei-me "minimamente" por 2 pessoas: o parvo com quem tive aquela "amizade colorida" e que me fez confundir como nunca tinha ficado e um amigo de um amigo meu, de quem sempre tive medo de me interessar realmente. Resultado: começou a namorar com uma rapariga e são felizes e contentes. 

Por isso acho estranho, muito estranho, quando certas coisas acontecem. Como, por exemplo, reencontrar um rapaz que conheci quando tinha 15 anos passados estes anos, falar meia dúzia de vezes com ele e começar a a achar que me posso estar, eventualmente, a interessar por ele. O que é estranho. Como é que eu, que tenho dificuldade em interessar-me por alguém, me posso estar a interessar por uma pessoa com quem falei meia dúzia de vezes?

Entretanto, e porque um desastre nunca vem só, o parvo do antigo amigo colorido voltou a aparecer. Não por "culpa" dele, mas por coincidências da vida. E ele vai emigrar para um sítio estranho. E eu, que já não lhe ligava há imenso tempo, que já não queria saber, fiquei estranha com isso. Não por achar que ele devia cá ficar, mas por causa das coisas que ficaram por dizer (e fazer...). A verdade é que ele me fez bem na altura. Mas é parvo. Gosta de jogar. 

E eu sou estranha. Porque se é difícil interessar-me por alguém, e acabo por me interessar mais ou menos por uma pessoa que mal conheço e com quem falei meia dúzia de vezes. Porque é difícil interessar-me por alguém e, mesmo assim, estou agarrada (ainda que por uma linha muito fina) a um parvo. 

Enfim. A minha vida sentimental é um desastre. 




*A frase que mais digo

sábado, 13 de junho de 2015

Questão que me atormenta o espírito

Será obrigatório que uma noiva, ao preparar o casamento, se torne super super super egocêntrica? Não estou a dizer aquela coisa gira de ser uma "bridzilla", que quer tudo de determinada forma ou alguma coisa do género. 

Não.

Falo daquilo de agora praticamente só se falar do casamento. Está tudo quase tudo tratado (e vamos fingir que acreditamos que sim, que ainda não tinha pensado nisso, até porque não estava nada - nada - desesperada para ser "pedida" em casamento) e, mesmo assim, temos que falar de todos os preparativos. Vamos falar de vestidos, vamos falar de DJs, vamos falar de convites e croquis e ementas e como já há muito tempo que não se falava disso, vamos dizer, só para lançar novo mote, que não vai pôr os livrinhos na missa, vamos falar do CPM. 

God! 

Esta é a terceira amiga próxima (sim, eu falo mal de uma amiga próxima - sou um ser horrível) que casa. A primeira foi a noiva mais tranquila que conheci. Não estava SEMPRE a falar disso, falava quando lhe perguntávamos e havia espaço para outras coisas. A segunda foi mais bridzilla - mas tinha graça e também havia espaço para outras coisas. Agora esta terceira... GOD!!

Será que sou eu que sou má? Será que isto é uma coisa normal das mulheres - o quererem falar (e ouvir) muito do casamento - e eu é que não sou uma mulher (não, rapariga, miúda) "normal"? Será que me falta o gene fofinho? Ou só o gene da paciência?

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Chegámos à altura

Do meu quarto em estado de guerra, com artigos e livros e cadernos e dossiers espalhados pelo chão, pela cama e pela secretária. 
Do neuroticismo elevado, em que guardo os milhares de trabalho a serem feitos no pc, na pen e no mail. 
E, uma coisa que é nova (porque em 5 anos de curso e 12 de escolaridade básica e secundária só o fiz no último mês do 5º ano, de entrega de Tese, Relatório de Estágio e de trabalhos, com um estágio profissional a iniciar-se dali a pouco tempo), de todo um planeamento para todos os dias das próximas 3 semanas. Claro que depois não vai ser possível cumprir (no de hoje já estou meia hora atrasada), porque há sempre imprevistos e trabalhos de grupo que atrasam e tal, mas pronto, a intenção foi boa. 

Ai que isto nunca mais acaba...

sábado, 6 de junho de 2015

Não sei se é cansaço, má disposição ou depressão.

Provavelmente, um bocadinho de tudo.
Estou farta. 
Eu sei que não me posso queixar, que não tenho nenhum problema verdadeiramente grave. Mas estou farta. Estou triste e desiludida com pessoas. Com as pessoas. Estou cansada. Apetece-me hibernar, desaparecer, e só voltar quando tudo isto passar. Ou nem voltar. 

Mas decidi: basta. São estúpidos comigo - sou estúpida convosco. Falam-me mal - falo-vos mal. Experimentem, testem-me os limites e acreditem que eu me torno cabra, muito cabra. Toda a gente diz que eu tenho mau feitio e que sou má; no entanto, toda a gente sabe que também não estou para me chatear. Mas isso está a acabar. Provoquem-me e respondo da mesma moeda. E eu acabo por ganhar - e aí talvez percebam que eu não sou tão otária como às vezes me faço parecer. 

Let the games begin.