A reflexão, ouvimos sempre, é uma coisa boa. É ela que nos faz pensar nas coisas que fizemos e que, consequentemente, nos permite corrigir possíveis erros ou simplesmente melhorar. E isto é tudo muito bonito quando não é levado ao extremo.
Que é o meu caso.
Uma das minhas características é, e sempre foi, a minha capacidade reflexiva. O que, na verdade, poderá ser um eufemismo para a minha incapacidade de simplesmente agir sem pensar em todos os cenários possíveis. Ou para tomar uma decisão e não pensar, posteriormente, em outras alternativas que poderia ter seguido. Se aquela decisão foi a correta.
Nos últimos dias, dias que têm sido ocupados entre milhares de coisas, tenho "refletido" muito.
E se não tivesse...?
E agora...?
E no futuro...?
Tenho a Tese e o Estágio para fazer e embora não me tenha arrependido da decisão de ter voltado a estudar, tenho pensado nos outros caminhos que poderia ter tomado. Porque ser estudante e tal é muito giro, mas também tem alguns inconvenientes. Porque não faço ideia do que vou conseguir fazer quando acabar o Mestrado. Porque estou a ver que acabo o Mestrado da Psicologia da Educação e da Orientação e não vou encontrar trabalho naquilo que quero fazer. E já vou ter perdido o "comboio" naquilo que fiz mais tempo (Estudos de Mercado) e talvez a maior hipótese seja voltar aos RH (que não gostei).
E se era para voltar aos RH, então tinha lá continuado e não tinha tido este trabalho todo.
Ou então, se era para ficar no mundo empresarial, tinha feito algum Mestrado na área do Marketing para ter mais formação e mais portas abertas para esta área - para além dos Estudos de Mercado.
E isto chateia-me. Aborrece-me pensar nestas coisas. Fico deprimida. Fico a pensar "será que tomei a decisão certa?". Não me arrependi, mas penso muito nisso: "Será que tomei a decisão certa?".