Não é que eu esteja mal,

disse ela.

Apenas estou completamente perdida, sem saber o que fazer daqui para a frente. Sei o que quero fazer, ou acho que sei, mas não tenho a certeza de o conseguir. Eu sei. Sou cobarde. 

Ser estagiária é

Ter sido a primeira pessoa a chegar ao escritório, às 8h30 da manhã, não ter tido direito a hora de almoço decente e ter como previsão sair daqui por volta das 22h. 

Não sou eu que tenho mau feitio

Ou melhor, até tenho, mas a minha chefe, a big one, é, definitivamente, das pessoas mais intragáveis que conheço. 

Eu via-a a festejar o facto de não ser o fim-de-semana com a filha. 

Depois de se ter referido à mesma por "gaja". 

Depois de já se ter queixado, por exemplo, de ter que a ir buscar à sua irmã, na altura das férias, porque a criança estava com saudades da mãe.

Pessoas destas não deviam ter filhos.

Mais um cliché para a minha lista

Mas este é dos bons.

Já aqui o disse - não sou um ser muito social. De verdade: para além daquela coisa de ser um bocado bicho do mato quando conheço pessoas novas, de nunca saber muito bem como lidar com essas pessoas e de, à partida, não gostar à primeira vista de muitas pessoas quando as conheço, tenho outros "problemas" como, por exemplo, o de não confiar muito no ser humano. Eu sei, tenho graves problemas. Lol. 

No entanto, os meus amigos, aqueles seres extraordinários que, sabe-se lá porquê, gostam de mim e me aturam as neuras, são cada vez mais importantes para mim. E apesar da minha natureza anti-social, gosto cada vez mais de estar com eles. 

E é por isso que estou mesmo contente pelo facto de, nos próximos dias, ter combinações com a maioria dos meus amigos.

Hoje amiga mais antiga faz anos: cafézinho.

Sábado vou passar o dia com as amigas da Faculdade: piscina, comida, conversa, risos e matar saudades. 

Sábado à noite jantar de anos de outra amiga: também vai ser bom - matar saudades, rir e divertir.

Terça-feira de manhã: Cerimónia de Despedida dos Finalistas 2011/2012 - apesar de tudo, vai ser positivo.

Terça-feira de noite: jantar de despedida de amigo que vai para o EUA - mais do mesmo: matar saudades (e, no caso dele, preveni-las - not possible), rir e divertir. 

E como eu gosto disto. 

Dói-me tudo

Onde é que raio eu fui buscar estas dores no corpo? Estarei a ficar doente?

Shiuuuuu, não digam a ninguém, mas confesso que não me importava! 

Como é que isto acontece(u)?

Como é que duas pessoas que tinham tudo para serem bem sucedidas, realizadas a nível das opções vocacionais/profissionais que tomaram, chegam ao final do curso/início da vida profissional e concluem "Não é nada disto."?

Na realidade, tendo em conta o percurso universitário, em que apesar de nunca se ter falhado nenhum ano nunca houve uma motivação extraordinária, tal conclusão não é verdadeiramente surpreendente. Mas não deixa de ser lixada. Porque quando se está na faculdade, ainda se pensa "isto não é a vida real". Mas agora é a vida real - e, afinal, não é mesmo isso que se quer.

E dizia ontem a minha amiga "E, se não é isto, o que é que eu quero?"

Como é que se chega a esta situação? E como é que se sai dela?

E é isto

Ontem (hoje) acabei de trabalhar às 24h30. Hoje comecei a trabalhar às 7h30.

Mas como dizia o outro... É sexta feira! Yeah!

Ah, mas espera... Neste fim-de-semana é provável que também tenha que trabalhar - note-se que por causa da incompetência dos outros.

Bah.

Terei sido eu a única pessoa a achar aquilo, vá, ridículo?

Hoje, na empresa, almoçámos todas juntas, incluindo a chefe do meu departamento. Let's call her S. Ao chegar à sala, a S. repara que a C. estava a beber uma Coca-Cola e pergunta-lhe: "C., vais beber a Coca-Cola toda? É que eu não quero beber uma inteira mas estava-me a apetecer um bocadinho...". A C., que por acaso até é boa pessoa, dá-lhe o copo que já tinha enchido para si. 

Entretanto, a F. abre a sua lata de Coca-Cola. Diz-lhe a S.: "F., vais a beber a tua Coca-Cola toda?". A F., que até nem tem um feitio fácil, lá lhe deu um bocado da Coca-Cola. Nisto, a B. que entretanto havia chegado, volta a sair para ir comprar uma Coca-Cola. Ao voltar a entrar na sala, a S. pergunta-lhe "Dás-me um bocado de Coca-Cola? É que eu não consigo beber uma inteira...". Claro que a B. lhe deu um bocado da sua Coca-Cola. 

Sério, o que é isto, minha gente?! Com aquilo tudo, a senhora acabou por beber mais que uma lata de Coca-Cola!!!! 

Tentei perceber a reacção das minhas colegas, mas ninguém revirou os olhos, ou suspirou, ou algo que valesse a pena... Mas a sério, eu não posso ter sido a única pessoa a ter achado aquilo parvo. 

E agora é esperar que nunca, jamais, em tempo algum, alguém da empresa descubra este meu espaço - duvido que tal aconteça. 

Coisas que, afinal, não acabam com a faculdade

Hoje de manhã, na empresa, tive uma "Conference Call" (fica tão bem dizer isto!) com uma outra empresa que vai começar a prestar serviços ao grupo em conjunto com as sucursais europeias da nossa empresa. Até aqui tudo muito bem, muito evoluído, muito para a frente, muito giro. 

No final da formação, o senhor da empresa que nos vai prestar os serviços, bem ao estilo de um professor, pergunta "Têm alguma questão que queiram colocar?". Tal como na faculdade, houve aqueles minutos de silêncio em que ninguém disse nada. Até ao momento em que alguém, já não sei de onde, pergunta: 

O powerpoint que apresentou vai-nos ser facultado?

Just like College! 

Entretanto

Fiquei toda feliz por ter (finalmente) comprado uns ténis decentes de corrida. Os meus eram da marca Sportzone e tinham-me custado 10€ nos saldos. Ainda duraram imenso tempo, e vão continuar a durar, mas para correr comprei uns, também nos saldos, da Nike. Fofinhos fofinhos, confortáveis que só eles e, até ver, não me aparecem os calos que com os outros me apareciam. E é tão melhor correr com estes. Tão melhor tão melhor que começo a pensar que o melhor será não os usar para não os estragar. Brincadeirinha - são para usar muito, que fazer desporto faz bem. Faz-me bem: ao corpo mas, sobretudo, à mente.

Agora o desafio é comprar um fato de banho novo. A sério, como é que raio o meu fato de banho em Junho estava, como diz o senhor meu irmão, "impéc" e, passados dois meses, está todo partido e desgastado? Não percebo e não gosto. 

Às vezes pareço uma daquelas personagens dos filmes parvos de Domingo à tarde

Estão a ver aquele estereótipo da estagiária que faz as coisas mas depois é o chefe que fica com os loiros? Hoje aconteceu-me. 

Em Julho fiz um relatório (apesar de nunca me terem dito que o que estava a fazer era um relatório) para um cliente mega importante. Do que eu fiz, foram alteradas algumas coisas mas o principal foi feito por mim, a estagiária que estava na empresa há menos de um mês, na altura em que defendi a tese. 

Hoje a chefe do departamento foi apresentar o relatório ao cliente.

Volta toda feliz e diz-me a mim e a quem fez as pequenas alterações: "O cliente adorou o relatório. Diz que está ao nível da consultoras. Os da administração e do marketing adoraram o resumo final." 

Achei piada à referência ao resumo final - foi totalmente feito por mim, não foi alterado em nada e sim, estava espectacular. 

Só tenho pena de na empresa não se terem lembrado disso. E de o cliente não ter sabido quem realmente trabalhou para o raio do relatório. 

É bom saber que, apesar de tudo, conseguimos trabalhar bem. Mas é uma merda esse nosso trabalho não ser reconhecido. Às vezes sou um bocado vaidosa, pá. Também tenho direito, ou não? 

Puff

Cheira-me que esta vai ser uma longa semana. A insónia desta noite serviu quase de premonição. 

Como diziam as espanholas contra quem eu joguei volley há uns anos "Ai! Ai! Ai!"

Acabei de ver a 5ª temporada do Tru Blood (eu sei, algumas semanas de atraso). Que final foi aquele? Quando começa a 6ª temporada? Quando? Junho? 9 meses?! AHHHHH!!!!!

Enfim. Nota-se muito que gostei?

E é impressão minha ou o Alexander Skarsgard, o Eric (suspiro), está muito mais magro? Se me é permitida uma opinião, eu acho que ele ficava melhor antes...

Eu sei, é um cliché

Os empregados não gostarem dos patrões. E sim, neste momento, insiro-me nesse cliché (apesar de não ser verdadeiramente empregada...) Mas apenas e só porque os patrões também se inserem no cliché de "não faz nada mas finge que faz (e que sabe o que se faz) e fica com os louros". 

Assunto a desenvolver oportunamente. De preferência num local que não seja a empresa. 

Entretanto...

 - Deixei-me de coisas e tomei a decisão de fazer uma escova progressiva no cabelo - há anos que ando a pensar nisso, mas nunca tive coragem. Porque "e se não gostar? E se faz mal ao cabelo? E se o cabelo me cai?". Deixei-me disso: o meu cabelo precisa de uma coisa assim e acho que a escova progressiva, não sendo uma coisa "definitiva", é a solução ideal. E no final de Setembro/início de Outubro vou fazer.

- Reinscrevi-me no ginásio. Se tudo correr bem, amanhã vou voltar a nadar. Gosto muito. E faz-me tão bem. 

Ufff!

Estou morta. Por boas razões - como o meu irmão saiu definitivamente de casa há uns meses, mudei-me FINALMENTE para o seu quarto. Vai daí que o fim-de-semana foi de mudanças: ontem, foi dia de ir até ao Ikea, essa Meca de mobília barata e relativamente boa (que eu também não sou muito exigente) e montar o que achámos que conseguíamos montar. E hoje foi dia de trazer para o novo quarto o que foi possível trazer: roupas, sapatos e bugingangas*. O resto fica para quando os simpáticos senhores do Ikea vieram cá a casa trazer a estante. 

A ideia seria aproveitar para me desfazer do desnecessário: roupa e bugingangas*. Mas não consegui. Achei que não estava com a mood necessária para tal - como ando numa de saudosismos, era capaz de, se me pusesse a olhar mesmo para as coisas, perder imenso tempo e, quiçá, começar a chorar. Não queria isso, muito menos que quem me estava a ajudar me visse assim. Então foi numa de trazer de um lado para pôr no outro. 

E apesar demorado e cansativo, foi simples.

E pronto, amanhã já é segunda feira. Vou assinar o primeiro contracto "à séria" (do meu estágio) e, mais uma vez, esperar pelo melhor.  

*Escreve-se assim??