sábado, 28 de fevereiro de 2015

15.

Hoje corri 15 km e menos de uma hora e meia. Hoje bati o meu record de km percorridos num tempo até aceitável. Pelo menos para mim.

Consegui. I fucking did it. Fuck yeah! 

Posso fazer muita coisa mal. Posso andar triste e a sentir-me sozinha. Mas hoje corri 15 km. Venci a vontade de parar aos 10km e aos 13. Consegui. Consegui. Consegui. 

E fizeram-me tão bem. Estou a morrer, mas fizeram-me tão bem :D 


E para a meia dúzia de leitores deste blog, estes ténis, os Adidas Glide Boost, são óptimos. É possível que esta seja uma das opiniões mais honestas sobre eles, uma vez que esta espécie de blog não tem visibilidade suficiente para originar interesse da marca (no entanto, senhores da Adidas, se me estiverem a ler e acharem graça a esta criatura, estejam à vontade para me enviarem mails sobre produtos. E e enviarem-me produtos. O vosso site tem tantas coisas giras... Ah ah :P ). Mas o raio dos ténis são mesmo bons. Dores nos pés? Nenhumas. Bolhas nos pés? Nenhumas. Por isso, se quem me lê estiver a pensar nuns ténis de corrida, estes serão uma boa opção. Já nem penso naquilo que custaram. 


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Gone Girl


Well, quanto mais me desiludo com as pessoas, mais agradeço o facto de adorar ler. Claro que muitas vezes acontece ler um livro que me desilude, mas, bem, é mais raro do que as desilusões com as pessoas. Whatever. 

Acabei hoje de ler o "Gone Girl". Versão original. E adorei. A história não foi propriamente uma surpresa, uma vez que já tinha visto o filme; ainda assim, em certos pormenores, conseguiu surpreender-me (a sério, porque é que o filme não foi buscar certa e determinada personagem do passado da Amy? Tinha sido ainda maisinteressante). 

Eu já tinha gostado bastante do filme. Esse sim, conseguiu surpreender-me - muito -, e saí da sala a achar que estava francamente bom. As interpretações dos actores e actrizes espectaculares e o lado mais "psicológico" prendeu-me mesmo. 

Agora que li o livro, continuo a gostar do filme, e acho que, apesar de algumas omissões, foi uma boa adaptação. No entanto, sim, gostei muito mais do livro. Por melhor que um filme seja, ele não consegue captar o "interior" dos personagens, mesmo que apresente muitos "diálogos interiores". E o livro da-nos isso, tornando-o muito mais rico que o filme. 

Gostei bastante. Preferia ter lido o livro antes de ter visto o filme, mas it is what it is (e bem, para dizer a verdade, o filme tornou um "date" desastroso num "date que correu mal mas hey, pelo menos vi um filme bom"). 

Ponto negativo: quão assistador é eu acabar por gostar de uma personagem psicopata? Sim, reconheço que as coisas feitas não foram bonitas, mas hey, a psycho bitch têm-nos no sítio. 

Well, fuck it.

Parte I

A B.L. com fama de mau feitio mas boazinha, sempre disponível para ouvir ou ajudar ou o que quer que seja, vai deixar de existir. 
A B.L., que porque não é de demonstrações fofinhas de abracinhos e beijinhos, tem fama de ser insensível, vai realmente começar a sê-lo. Vai deixar de pôr as outras pessoas em primeiro lugar em detrimento de si própria. 

Porquê? Porque é que eu hei-de continuar a fazê-lo, porque é que eu hei-de estar sempre disponível para ouvir as outras pessoas, para dar uma boleia (mesmo que não seja para nenhum sítio para onde eu tenho que ir, mesmo que eu tenha que sair de casa de propósito para levar uma pessoa a algum lado porque a pobre pessoa, coitadinha, tem mesmo que ir e está sem carro e blá bá blá), para fazer o que quer que seja se, depois, quando se trata de mim, ninguém (ou quase ninguém) quer saber?  


Parte II

Já vi, várias vezes, uma frase que diz qualquer coisa como "antes de te diagnosticares com depressão ou com baixa auto-estima, primeiro assegura-te que não estás, de facto, rodeado de idiotas". Não sei exactamente qual a origem desta frase mas, infelizmente, faz algum sentido na minha vida. Não digo que esteja rodeada de "idiotas", mas cada vez me desiludo mais com amigos meus que, até há pouco tempo, eu considerava excelentes amigos. São 2 amigas da Faculdade (já nem conto cm a terceira, que isso já foi há um ano) que agora, que estão nas suas novas vidas, estão ainda mais centradas em si próprias. E ontem (tal como há 2 semanas), foi a amiga mais antiga, egocêntrica, it's all about her and only her, 


Parte III

Estou cansada. Estou cansada de ser a pessoa invisível. A pessoa de quem as outras pessoas só se lembram quando precisam de alguma coisa (ou quase). A pessoa a quem dizem, aquelas pessoas que nunca estão disponíveis para nada, nem para responderem a uma mensagem, quando eu não estou disponível, por acaso, para aquilo que queria, "tu nunca podes". Estou cansada de ser a miúda (estou quase a fazer 26 anos, ainda me posso chamar de "miúda"?) "girinha", mas que, por alguma razão estranha, não deve ter assim tanta graça e socially awkward. E deste ciclo vicioso: sinto-me sem graça e socially awkward e por isso, sempre que alguém fala comigo, não sei o que dizer e, se estiver num dia mau, desconfio, o que leva a que arme uma barreira à minha frente, tornando-me ainda mais sem graça e socially awkward. 

Parte IV

Estou cansada. 


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Do fim-de-semana

Parti-me mais um bocadinho. Nota mental: não vale mesmo a pena confiar em pessoas. Ou esperar o que quer que seja de pessoas. 

Pelo lado positivo, hoje voltei a correr em estrada. 10km ao frio, longe do meu melhor tempo (ainda que em menos de uma hora), mas que me souberam bem. Ia morrendo, mas souberam-me deliciosamente bem. Correr é (também) isto: estar a morrer e gostar. 

Ainda no lado bom dos últimos dias: na sexta saiu a última nota do primeiro semestre e acabei aquela cadeira com 18. 18.25 no exame e 18 no trabalho. Fiquei realmente feliz. 

Este semestre correu-me bem. Não só pelas notas, que foram, sem dúvida, muito boas, mas porque gostei realmente do que aprendi e fiz. É isto que eu quero fazer :)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Divagações, parte qualquer coisa

No outro dia, estava eu no ginásio, tive uma espécie de epifania. A associação de ideias é uma coisa terrível e não é à toa que o Pai da Psicanálise utilizava o método de Associação Livre para chegar à origem das neuroses. 

Obviamente que não foi isto que fiz nem tampouco cheguei à origem das minhas "neuroses". O que quero dizer é que a associação de ideias e pensar livremente faz-nos, por vezes, chegar a conclusões. E a mim, há uma semana, fez-me perceber qual será, talvez, a principal razão de ainda não o ter deixado ir. Não são as perguntas por responder nem o que deixamos por fazer. Sim, isso contribui. Sim, tenho saudades da parvoíce dele; sim, tenho perguntas por responder; sim, deixámos coisas por fazer. No entanto, acho que aquilo que se revela mais importante para a minha incapacidade de o deixar ir foi uma coisa que ele me disse no final. 

Dizia-me ele que cada vez se sentia mais "frio". Não por minha causa, mas que eu "levava" com isso. Sentia-se frio porque se sentia cada vez mais longe dos amigos, sentia que já não cabia na vida dos amigos nem os amigos cabiam na vida dele. E que apesar de gostar com eles, muitas vezes não tinha vontade de estar com eles. Para além disso, o estar "frio" fazia com que acabasse por afastar as pessoas. Como na altura me começou a afastar a mim. 

E no outro dia percebi. Eu não o consigo deixar ir porque é exactamente assim que me sinto. Não por achar, como se calhar achei noutras alturas, que "se eu estou sozinha e tu estás sozinho, vamos ficar sozinhos juntos". Mas por causa da identificação. Porque ele sente, ou pelo menos sentiu, o mesmo que eu sinto. E porque eu não sei o que fazer em relação ao que eu sinto. E porque, se calhar, no meu inconsciente, eu acho que ele é a única pessoa que realmente me perceberia e me poderia ajudar. Não que o objectivo fosse "vamos ficar juntos" (até porque eu tenho 98% de certezas que nós não resultaríamos enquanto casal com relação séria). Não. Acho que é apenas uma questão de compreensão. 

O bom disto tudo, desta epifania, é que parece que deixei de pensar tanto nele (apesar de estar a escrever este texto). Sim, lembro-me dele - até porque há o cabrão do Facebook -, mas parece que, com isto, deixei de pensar nele de uma certa maneira. E deixei de pensar tanto nas perguntas. 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Auch

Ontem fiz pela primeira vez o novo treino no ginásio. E há muita coisa em mim que me está a doer. E nem sequer corri como deveria ter corrido.

Mais ai, que isto agora é o vai ou racha. Um quilo tem que ir ao ar em Fevereiro (idealmente, um quilo e meio). E quero ficar fit fit até ao Verão. Já ando de olho nuns ténis novos para correr e em suplementos de proteína. 

E é deixar de estar tanto frio e volto a correr na rua. Aliás, dia 15 de Fevereiro lá vou eu à Rapidinha de Cascais. 5km, que é o que a minha actual preparação me permite. 

E vamos lá, que isto faz bem à cabeça. E ao corpo.