Ele há coisas...

Não me queixo. Atenção a isso. Não me queixo, de todo. 

Mas numa altura em que o maior problema das pessoas (ou um grande problema, vá) é acabar o curso e não arranjar emprego, neste momento o meu problema é o contrário. É ainda nem ter acabado o curso e ter emprego à minha espera (e note-se que estou numa área onde sempre houve desemprego - antes da Troika, do FMI e do raio que os parta. O que torna tudo ainda mais estranho.) 

No entanto, o emprego seria para começar 3 semanas antes da entrega da Tese e do Relatório de Estágio. E uns dias antes da entrega de um trabalho de grupo.  O que me leva, vá, a ficar em pânico. Porque é um emprego a tempo inteiro - e ainda é longe de minha casa. O que vai dificultar em muito todos os trabalhos da Faculdade que ainda há para fazer.

Não me queixo, a sério que não. É na minha área, não houve cunhas, não houve sorte, não houve nada. Foi por mérito próprio. Estou feliz e orgulhosa. 

Mas em pânico. E acho que, apesar de tudo, o pânico é bem maior que a felicidade. 

Hoje tive a última aula do curso

E o que é que eu fiz?

Adormeci.

Internem-me

Sabes que andas a bater mal quando começas a falar com o computador, dando-lhe ordens verbais enquanto o "comandas". 

Exemplos:

- Enquanto clico na setinha para pôr a música a tocar, digo "Tu agora vais tocar..."

- Depois, quando fecho uma janela, digo "Tu vais-te embora..."

E so on.

É maravilhoso. 

Ou não. Ou não.

Nada mais apropriado

Dia 13 de Julho, se tudo correr bem, entrego o Relatório de Estágio.

E dia 14 vou cantar isto com muita, muita, muita força. 

 Dog days will be over.

Apontamentos de Domingo à noite

- Até já estou a conseguir escrever melhor com o Acordo - e o Word ajuda-me nesta tarefa (o meu orientador resolveu dizer-me há duas semanas que se calhar era melhor fazê-lo); no entanto, acho estranho, muito estranho, certas palavras, como espetadores, ou conceção, ou sei lá... Fica estranho. Se calhar por aqui vou começar a escrever também com o Acordo. Vamos ver. 

- Estou com sentimentos ambivalentes em relação aos Ídolos. Uns estão-me a desiludir, outros estão-me a surpreender. Mas o meu preferido... Continuou bom. 

- Estou fartinha fartinha fartinha da tese. That shit sucks. E se eu tinha algumas dúvidas, já não tenho. Até poderia ser uma segurança, mas não quero seguir investigação e/ou carreira académica. Tirem-me dali, sff. 

- Já disse que estou fartinha? Estou fartinha. São umas férias aqui para mim.

Divagações

Poderia justificar esta minha mania dizendo "ah e tal, são coisas que se ganham no curso de Psicologia" - e, às vezes, até o faço.

No entanto, a verdade é que o faço desde muito antes de entrar na Faculdade. Aliás, é possível que tenha optado por este curso por isso mesmo.

A verdade é que tenho por (terrível) hábito analisar tudo. Tudo. TUDO. 

E agora... agora não poderia ser excepção. 

Não acredito que seja real por todas as razões. Aliás, por uma questão prática, não poderá ser real. No entanto, a verdade é que não consigo deixar de pensar nisso. E esta incapacidade torná-lo-ia real. 

Mas não pode ser. 

No entanto, não gosto de pensar que a possível verdadeira razão para não conseguir deixar de pensar nisso seja aquela que eu penso que é. Porque se for... É um bocado triste.

O meu irmão está tão crescido

Foi há mais ou menos um mês que eles se mudaram e foram viver juntos.

Mas só ontem à noite, quando cheguei a casa deles para lá dormir, é que caiu a ficha: o meu irmão está a viver com a namorada. Não são casados casados, mas são casados.

Está tão crescido. E eu só tenho menos 3 anos que ele - significará isso que também estou a ficar crescida? God, pode parecer síndrome de Peter Pan, mas acho que ainda não estou preparada para a vida adulta. Quero-a mas, ao mesmo tempo, não a quero. 

2 meses depois

A modos que agradeço o facto de o pc ter estado para morrer em Março.
Se isso não tivesse acontecido, ele não tinha ido para arranjar. Se não tivesse ido para arranjar, não me tinham instalado o Adobe Reader com a possibilidade de sublinhar - eu já tinha o Adobe, claro, mas não conseguia sublinhar.

E isto assim dá muito jeito. Oh se dá.

É isso, há males que vêm por bem, especialmente quando os males são resolvidos.

Cheira-me que no próximo mês os (poucos) posts existentes por aqui serão ainda mais desinteressantes que costume

E andarão basicamente à volta da temática: ESTOU EM PÂNICO, NÃO VOU CONSEGUIR FAZER TUDO A TEMPO. ESTOU FARTA DISTO, QUERO FÉRIAS, PRECISO DE FÉRIAS. 

Por hoje, que se calhar devia era ter ido para os copos, fiquei a adiantar o relatório de estágio. So far, e com uma coisa que parece uma manta de retalhos (a sério, a coisa é suposto ter 3 capítulos e tenho partes feitas de cada um deles), tenho 30 páginas. Está-me cá a parecer que vou gastar muito dinheiro em impressões. 

Amanhã Lisboa vai vestir-se de negro

E eu, apesar de tudo, fico feliz por lhe dar um bocadinho de Laranja.

E ainda mais feliz por esse bocadinho de Laranja ter feito vir ao de cima a sentimentalona que, parecendo que não, existe em mim.

Vantagem de ter uma tese para acabar, um relatório de estágio para desenvolver e um trabalho extremamente (in)útil para fazer

Ao ser bombardeada com e-mails da Mango  e outros que tais (vá, não sou bombardeada, mas faz de conta que sim), não me atrevo a sair de casa para ir comprar um vestidinho que seja, o que faz com que poupe dinheiro. E porquê? Porque estou em modo nerd. Muito nerd. Tão nerd que acho que devia trocar os óculos para uns óculos nerds. Verdadeiramente nerds, e não hipsters nerds. 

Pessoas especiais

No outro dia percebi o que é ser especial. Percebi que não é preciso um contacto constante, uma lembrança constante. Isso seria bom, é verdade, mas nem sempre dá. 

Ser especial é ter a capacidade de retomar a conversa onde se deixou da última vez. Mesmo que a última vez tenha sido há meses. 

Até posso nem ter a certeza, mas tenho para mim que certas pessoas serão sempre especiais - mesmo que nunca mais as visse. Serão sempre especiais porque ficarão sempre nesta minha cabecinha. Com tudo o que daí advém - bom e mau. 

Hoje apetece-me

Mandar o orientador para o Biafra (e na mala podia levar mais umas quantas pessoas).

Coisas que eu assisto

Ontem à noite fui ao centro comercial com uma amiga e com uma amiga dela. Como diz que está bom tempo e tal (que eu cá não sei, tenho passado os dias enfiada ou em casa a ler artigos ou na empresa - vida tãoooo interessante), fomos parar à Calzedonia. Enquanto eu experimentava uns calções, começo a ouvir uma senhora a experimentar um vestido - giro, por sinal, mas da Calzedonia. Ou seja, uma vestido de praia.

A senhora gostava do vestido, mas não gostava do vestido nela. Então vá de experimentar outros. E às tantas eu e a minha amiga lá começámos a opinar - que lhe ficava muito bem, que era giro e tal. E a senhora ia dizendo "ah, mas não sei, engordei 16 kilos, e não foi por ter estado grávida, engordei 16 kilos... E não sei, aqui os braços". Às tantas alguém diz "mas os braços pode tapar com uma encharpe" e eu respondo "sim, quer dizer, não sei qual será a ocasião, mas uma encharpe disfarça sempre..." E a senhora diz "É para os Globos de Ouro".

E pronto, foi mais ou menos esta a minha cara. Então quem é que raio vai aos Globos de Ouro com um vestido da Calzedonia? Quem é que raio está nuns provadores a dizer sem parar que engordou 16 kilos e não teve um filho??? Quem? 

Note-se que a senhora acabou por levar o vestido mais de praia que lá havia - e que mais parecia ter vindo directamente do Chinês. Ou dos indianos que andam a vender coisas na praia. Nada contra, atenção - mas ir para os Globos de Ouro assim???

Para os cromos do How I Met Your Mother

Preciso que apareça na empresa um "Homem das Massagens" - i.e., alguém que, apesar de ligeiramente creepy, de repente começa a fazer massagens aos colegas. Era começar no pescoço e ir...

Hoje estou assim

Até poderia ter tomado outras opções que poderiam ter feito com que eu actualmente estivesse mais feliz. No entanto, isso hoje não me interessa nada. Hoje estou feliz e foram as decisões que não tomei que me trouxeram até aqui. Até pode não dar em nada, mas o dia de hoje já ninguém mo tira.

Ele há coisas do Diabo

Por alguma razão, quando quis abrir o blog, o histórico da Internet mandou-me para aqui.
Não deixa de ser curioso que isto tenha acontecido hoje. Quase como uma amiga que nos recorda o passado, que nos lembra aquilo que decidimos, o computador resolveu mostrar-me isto. Talvez a Inteligência Artificial dos computadores seja, afinal, um pouquinho mais que artificial.

Em quase 4 anos de carta (JÁ?!?!?)

Acho que nunca tive tanto medo de conduzir como hoje.

Por andar por zonas estranhas? Não. O percurso casa-faculdade é "tranquilo".
Por o carro não ser seguro? Não. Felizmente, o boguinhas, apesar de ser de 98, está aí para as curvas.
Por a estrada estar muito movimentada? Hum... Também não. De manhã, apesar de ser hora de ponta, a coisa estava tranquila e à tarde não há muito trânsito.

Então porquê?

Porque sô dona B. L. não anda a dormir decentemente. Porque sô dona B. L. anda cansada. Porque sô dona B. L. ouviu um "Epá, estás com um ar cansado... Está tudo bem?".

E é isto. Em 4 anos de carta, nunca tive tanto medo de adormecer ao volante. Aliás, nunca tive esse medo até hoje. E hoje... quase que não me aguentava.

I'm not there yet

Tenho 23 anos e ainda não cheguei aquela altura da vida em que dizemos "ainda bem que fiz o que fiz, ainda bem que certas coisas não aconteceram de certa forma, ainda bem que tomei, ou não, certas opções".

Eu ainda não estou lá. Eu ainda não consigo dizer "ainda bem", ainda não consigo dizer "não me arrependo". Porque apesar de não ser infeliz, não consigo deixar de pensar que poderia ser muito mais feliz se...

Coisas que eu gostava que existissem

- Um botão que desligasse sentimentos
- Outro que fizesse reset
- Uma máquina para viajar no tempo

Ele há coisas

E gente que se tem numa consideração que "vai lá vai". 

Eu admito: tenho um daqueles "amigos" no Facebook que não suporto na vida real. Podia excluí-lo? Podia, mas não era a mesma coisa. Se não, como é que depois tinha acesso a estas pérolas?? 

Ora bem, o rapaz tem um ego (ou finge que tem) enorme. Eu acho que é proporcional ao tamanho da sua barriga, que o dito daria um excelente candidato ao Peso Pesado. O rapaz tem-se em enorme consideração. Não percebo porquê, mas tem. Acha sempre que as suas opiniões são importantíssimas, valiosíssimas, e pobres de nós, os seus contactos, se a elas não tivermos acesso.

A última foi agora agora. Diz então o rapaz: 

Caros amigos e amigas, irei deixar aqui, diariamente (se me lembrar...), uma música do Nu-Metal ao Metal, num TOP 30 por mim criado. Foi um TOP complicado, mas pareceu-me que era tempo! Não, não o tinha de fazer, mas achei que vocês mereciam a partilha! :D Por hoje, fica uma música magnífica, que, fugindo à linha do TOP, fica apenas na apresentação deste! :D (certamente muitos gostaram mais desta do que das próximas 30 :D)

Pois eu fico muito feliz  por ele achar que eu mereço a partilha. 

Não somos seres lá muito racionais...

A culpa não é só da crise.

Hoje passei por três Pingo Doce... No primeiro, o volume de carros que queria entrar no parque de estacionamento quase que provocava acidentes numa rotunda próxima; no segundo, as pessoas saíam com os sacos tão cheios que levavam tudo à frente - eu inclusive. Neste note-se que quando voltei a passar por lá, as portas estavam fechadas e já uma fila enorme se tinha formado. No terceiro, a fila de carros para entrar tão grande que prejudicava quem nem se lembra que ali agora é um Pingo Doce. 

No entanto, não acredito que a culpa seja só da crise. Ajuda, é verdade que ajuda. Sei que há muitas pessoas a quem faltando comida na mesa, uma promoção destas faz toda a diferença. Mas a culpa não é só da crise.  Se a culpa fosse da crise e não houvesse dinheiro para gastar, as pessoas não gastavam 500€ em compras (já com desconto) como já ouvi casos. 

O problema é que nós, seres, em teoria, racionais, não o somos realmente. E este tipo de consumismo é só mais uma prova disso. Estas campanhas levam as pessoas a comprarem o que não precisam, a desperdiçarem dinheiro em coisas que serão, provavelmente, muito desnecessárias. Posso até estar enganada, mas como é que se gasta perto de 1000€ em coisas realmente precisas? Para além disto, a minha faceta mais neurótica duvida que os preços de hoje sejam os preços praticados há uma semana - tenho cá para mim que os preços terão sofrido algum aumento. Mas isto sou eu, cujos níveis de neuroticismo já foram provados.

Existem estudos em Psicologia do Consumidor interessantíssimos (sem uma ponta de ironia) sobre a pouca racionalidade das pessoas no que toca ao consumismo. Há um a que eu acho especialmente piada, relacionado com o racionamento: se os consumidores passarem por uma prateleira de açúcar, por exemplo, e não disser nada do género "só se pode levar 4", as pessoas ou nem param ou, se quiserem levar açúcar, é raro levarem 4 pacotes; se, no entanto, disser "só se pode levar 4", as pessoas param e levam os 4 pacotes de açúcar. 

Mas para quê fazer estes estudos se depois existem estas campanhas que provam a "pouca racionalidade" dos consumidores?