quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Necessidade

Preciso, urgente e desesperadamente, de correr. Correr a sério, na estrada, 10km. E não numa passadeira, sem sair do mesmo lugar, 4.5km. 

Oh. Acabei de perceber. A passadeira é uma metáfora para a minha vida. Corro, corro. Mas não saio do mesmo lugar. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

"Ouvir-me" na rádio


But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened
And that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger
And that feels so rough



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Coisas completamente irrelevantes para o público em geral mas que para mim são importantes e fazem-me feliz

Depois disto e disto (as partes relativas ao exame), recebo as notas e voilá, apesar do meu pessimismo, tirei 14.5 no exame e acabei a cadeira com 16. Eu já tinha feito a cadeira mas, na altura, tinha ficado com 11. Valeu a pena :)

Entretanto, num trabalho muito importante para outra cadeira, tive 18. Acabei a cadeira com 17 (estúpido do exame, pá). 

Pronto, é isto. A minha cabeça pode ser um animal estranho e confuso, mas pelo menos isto está-me a correr bem. E estou feliz com a decisão que tomei. Estou feliz. 

sábado, 17 de janeiro de 2015

Acho que o maior problema são mesmo as questões. As estúpidas das questões.

Tenho conseguido. Cada vez penso menos nele. Talvez porque tenho andado muito ocupada com exames e trabalhos, mas acho que sim, que ele já não me passa tanto pela cabeça. Mas depois, as tais perguntas atraiçoam-me. Estou a pensar noutras coisa e bam! Aparecem-me. Já não é tanto a vontade de saber dele, de falar sobre mim, ou outra coisa que o valha. São mesmo as perguntas.

Se calhar é isso. Se calhar, para me ver livre dele, tenho que ter estas perguntas respondidas. 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Então está bem

Um dia recebo um mail da CP (sim, optei por "assinar" a newsletter dos senhores para saber quando há greve) a avisar "meus amigos, entre as 10h00 e as 17h00, acabaram-se os comboios rápidos". Traduzindo, para quem não anda na Linha de Cascais: entre as 10h00 e as 17, TODOS os comboios farão o percurso Cascais - Cais do Sodré ou Cais do Sodré - Cascais, fazendo paragem em TODAS as estações. E dizia a minha irmã, inocente nos seus 19 anos "ah, mas eles vão fazer isso, mas vão pôr mais comboios...". Pois, mas não. Inocente, a criança. O que acontece é que retiraram os comboios que partiam de Oeiras e os que tinham como destino Oeiras, o que faz com que, entre as 10h00 e as 17h00, só haja comboios de 20 em 20 minutos. A parar em todas as estações. 

São ou não são uns cabrões filhos da puta? Então uma pessoa compra a merda do passe todos os meses. Como se já não bastassem as greves, a.k.a., desculpa para aqueles cabrões não irem trabalhar, agora ainda isto. O  passe continua o mesmo preço, mas o serviço está pior. Porque sim, isto vai afectar-me em muito a minha vida. Filhos da puta, cabrões. 

Entretanto, uns dias depois, entra em vigor a lei da circulação dos carros "velhos" em Lisboa. A partir de agora, os carrinhos mais velhos que 2000 vão ter a sua circulação condicionada. Desculpa: para diminuir a poluição. Usem os transportes públicos, ajuda-se o ambiente. Tudo muito bonito, muito ambiental, muito lindo. MAS OS CABRÕES DOS TRANSPORTES PÚBLICOS NÃO FUNCIONAM COMO DEVE SER!

E O MEU CARRO É DE 1999, NÃO ME FODAM! E NÃO POLUI MAIS QUE UM PORSCHE CAYANNE DE 2015! VÃO-SE ENCHER DE MOSCAS! VÃO-SE FODER TODINHOS E NÃO SEJAM UNS CABRÕES DE UNS HIPÓCRITAS! 

Pronto, estou irritada. E toda a gente sabe que quando estou irritada, a brejeira que há em mim vem ao de cima.

Mas estas merdas fodem-me mesmo o juízo. 

Costumam dizer que a noite é boa conselheira

Mas eu não acho. 
Apesar de ser uma coruja que até trabalha melhor à noite, não a acho boa conselheira.

Porque é à noite, quando poiso a cabeça na almofada para tentar dormir, que me lembro das coisas mais inoportunas. Que me lembro daquilo que não me queria lembrar. Quando penso naquilo que não queria pensar. Quando percebo aquilo que não queria perceber. 
É à noite, é em horas como esta, que me lembro de coisas que quereria dizer e de coisas que queria fazer mas que o bom senso me diz para não dizer e não fazer. Mas o bom senso parece não funcionar à noite. Porque à noite, em horas como esta, dizer essas coisas ou fazer essas coisas de repente não parece tão mal. 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Outras coisas idiotas

Governo vai pagar estágios para desempregados com mais de 30 anos.

Em vez de promover empregos a sério, promove "estágios para desempregados com mais de 30 anos". Isto é mau em tantos níveis. 

Em primeiro lugar, importa perceber o que é que raio deveria ser um estágio. Segundo a definição do Priberam, "Estágio" define-se como:

Ora, não me parecendo que esta medida seja especialmente destinada a quem termina uma nova formação e vai iniciar a sua vida profissional na área da sua nova formação, isto é só parvo. Então uma pessoa aos 35 anos, vamos lá, com 10 anos de experiência na sua área, fica desempregada. Passado 1 ano, porque esta medida destina-se apenas a desempregados de longa duração, pode realizar um estágio. Que seria, em teoria, um período de aprendizagem. Só que não. Porque a pessoa já tem 10 anos de experiência. Claro que uma pessoa está sempre a aprender e blá blá blá. Mas não é esse tipo de aprendizagem que o estágio promove. Neste caso, é só uma forma de as empresas contratarem mão-de-obra qualificada e já com alguma experiência por uma "tuta e meia". Porque a "bolsa de estágio" que se oferece é, obviamente, uma miséria. 

E uma forma, claro, de se mascararem os números do desemprego. 

A sério, vendo isto eu só penso que está tudo doido. E parvo. E estúpido. E que parece que esta gente está numa sala não a pensar em formas de isto melhorar mas em formas de gozar com as pessoas.

Este programa não vai promover a empregabilidade ou o reingresso de desempregados no mundo do trabalho, da mesma forma que os Estágios Profissionais do IEFP para recém-formados, cuja ideia até é bonita em teoria, não promovem o emprego jovem. Um e outro promovem, antes, a exploração de mão-de-obra qualificada durante determinado período de tempo para que depois ela seja "reciclada".

Tendo em consideração que é o Governo que promove estas coisas, como é que ainda podemos esperar que ele regule, i.e., proíba, os "Estágios Curriculares", a.k.a., posições que exigem pessoas já formadas, com disponibilidade para trabalharem a tempo inteiro, que fazem tudo e, muitas vezes, sem grande orientação, dando azo às suas capacidades auto-didactas e que, portanto, de "curricular" só têm mesmo a inexistência de remuneração e que nada têm a ver com os verdadeiros "Estágios Curriculares"?

Enfim. [Suspiro]

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

No entanto, apesar das divagações e das resoluções

Continua a ser difícil deixar o idiota para trás. Eu quero, mesmo, mas está difícil. Por mais que a minha cabeça saiba tudo, tudo, saiba que não vale a pena, saiba que ele não quer nada, saiba que nós não resultaríamos e, por isso, me diga que eu também não quero nada, há qualquer coisa em mim que não o deixa ir embora.

Que me faz ir à página dele do Facebook ver o que ele anda a fazer. Que me faz passar pelo rato no ícone dele no chat do FB com vontade de lhe dizer "olá". Que deseja que ele faça isso (mesmo sabendo que me iria irritar com ele se ele o fizesse). Que me faz desejar e temer, ao mesmo tempo, encontrá-lo quando tenho que passar pela casa dele. Que tem vontade de falar com ele sobre o Walking Dead, sobre exercício físico, sobre a profissão dele, sobre o meu mestrado. Que me faz ter vontade de estar com ele. 

Será  que isto significa que, afinal de contas, eu gosto mesmo a sério dele? 
Ou será que é só um reflexo de eu me sentir sozinha? 

Pensando sobre isso, acho que nem uma coisa nem outra. 
Não acho que eu goste mesmo a sério dele porque ele tem demasiadas coisas que me fazem "não gostar mesmo a sério". A sério, até já fiz uma lista. 
Se fosse só um reflexo de me sentir sozinha, não tinha "recambiado" os cromos que nos últimos tempos se têm aproximado. 

Acho que é só... Acho que tenho saudades do à-vontade com que falava com ele. De ter uma pessoa diferente na minha vida. 

E as questões, sempre as questões, que ficaram por responder. 

Hoje preciso de uma injecção de cafeína e de adrenalina.


Tenho tanto sono. Tanta preguiça. Tanta moleza.
E ainda trabalho para fazer. 
Já desisti de ir à primeira época de um exame para poder fazer outros trabalhos com calma. E a calma é tanta que de 2 perguntas, respondi a uma (e assim um bocadinho mal). De um trabalho de grupo temos feito... 5% do trabalho. Se tanto. E a organização de um "dossier técnico" vai mais para desorganização. E é tudo para entregar na próxima sexta. 

Eu não queria procrastinar, a sério que não queria. Mas estou tão cansada. 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Divagações, parte três

E, no meio disto tudo, surge-me outra questão. 
Será que, na verdade, por mais que apregoem o contrário, é isto que os homens querem? Mulheres que lhes sejam "submissas", que lhes façam valer o ego, que lhes peçam para pedirem não sei o quê ao empregado, que lhes dêem os seus carros para conduzir, porque é o homem que conduz? Mulheres que não façam nada sem eles, mulheres que só saem sozinhas com as amigas quando ele vai fazer não sei o quê, para os homens não ficarem sozinhos em casa, coitadinhos? 

Divagações, segunda parte

Se calhar, não importa que vivamos no século XXI, não importa que trabalhemos fora de casa, não importa a liberdade e independência que, teoricamente, conquistámos. 

As mulheres continuam a ser inferiorizadas em relação aos homens. Em tudo. Continuam a ser mais as mulheres que são vítimas de violência doméstica. Continuam a ser as mulheres que são violadas nas ruas porque vestem uma minissaia e "estavam a pedi-las". Continuam a ser as mulheres que ganham menos que os homens, desempenhando, muitas vezes, as mesmos funções. Continua a ser exigido às mulheres que realizem as tarefas domésticas, sendo um bónus os homens que as "ajudam". Se os homens não "ajudarem", é aceitável, percebe-se, não é a função do homem estar a limpar casas de banho; se as mulheres não conseguirem cozinhar ou não conseguirem manter a casa arrumada e limpa, são péssimas mulheres, o que é que as mães (sim, as mães e não os pais) lhes ensinaram. Etc. Etc. Etc.

São as mulheres que são largadas pelos namorados / maridos e que ficam na lama por causa disso. Sabendo-se que um namoro acaba, não se pensa "foi ela que acabou com ele". Pensa-se "foi ele que acabou com ela." 

E isso é mau.

Porque são, também, as próprias mulheres que se inferiorizam. São as mulheres que se tornam submissas aos homens, mesmo que inconscientemente. Seja por acções ou por palavras. 

Na noite da PDA, soubemos que o namoro de uma amiga nossa, que não foi, tinha terminado. Ela enviou-nos uma mensagem a dizer que ela e o agora ex-namorado tinham acabado. Não disse nem que tinha sido ela a acabar nem que tinha sido ele a acabar. 

Entretanto, soubemos que outras coisas na vida dessa amiga nossa não corriam bem. É uma amiga da faculdade e não encontrando trabalho na área, agarrou aquilo que apareceu, que foi um trabalho num supermercado. 

Ao sabermos disso, a mesma amiga que disse que ela e o marido eram um só, ainda sem saber por completo a história do namoro, disse "eu nem quero imaginar o que é que a J. está a passar. Nesta fase da vida, fica sem namorado, não arranja trabalho...". Respondi-lhe que sim, que o trabalho era grave, mas que o ficar sem namorado não tem que ser necessariamente mau. Que podia ter sido ela a acabar com ele. E que mesmo que ele tivesse acabado com ela, isso não tinha que ser necessariamente mau. 

Mas é isto. Para uma rapariga de 26 anos, não ter homem "nesta fase da vida" é mau. Eu sei que às vezes é  mau. Eu sei. Mas não sou menos mulher por causa disso. Eu não me quero definir enquanto pessoa mais ou menos bem sucedida pelo facto de ter ou não homem. Não me quero sentir sozinha, é certo, mas não me acho mais ou menos bem sucedida por ter 25 anos e não ter "homem". E a mim entristece-me pensar que existem miúdas de 26 anos que definem o sucesso das pessoas por isso.

E leva-me a pensar... O que é que elas acharão sobre mim? O que é que ela conversa sobre mim nas minhas costas? Que eu sou uma completa falhada?



sábado, 10 de janeiro de 2015

Divagações

Às vezes pergunto-me acerca daquilo que é necessário para não se ser uma pessoa "sozinha". E chego à conclusão que se calhar é preciso ter algum grau de dependência das outras pessoas. Que eu não tenho. Sim, posso ter saudades. Sim, posso sentir falta e sentir-me triste por não estar com certas pessoas. Mas não me considero uma pessoa dependente de pessoas. 

Ou pelo menos, não me vejo a fazer aquilo que vejo as pessoas à minha volta fazerem. 

Ontem à noite uma das minhas amigas que casou em 2014 disse, meio a brincar meio a sério, "eu e o N. agora somos um só". Ora, eu estava de mau  humor, tendo sido ela, na verdade, a causar algum desse mau humor. Então disse-lhe, meio a brincar meio a sério, "epá, mas isso é só triste." 

Outra amiga minha, que eu até a considero uma miúda bastante independente, quando sai com o namorado muda completamente o registo. Aconteceu, e mais do que uma vez, estarmos num café e ela virar-se para o namorado e dizer "oh G., pede aí ao empregado que traga [....]". 

Outra situação: tinha combinado ir tomar café com outra amiga minha. Chegámos, o café estava cheio e ela disse "ah, temos que encontrar uma mesa com mais uma cadeira, porque o P. depois vem cá ter". 

Outra situação: um rapaz que eu conheço e por  quem eu até me posso ter, eventualmente, interessado há uns meses arranjou, algures nesses meses, uma namorada. Namoram, segundo consta, desde Maio. Vão viver juntos agora e decidiram-no aí em Novembro, passados 6 meses de namoro. O mesmo rapaz resolveu pôr, na sua imagem de capa no Facebook, uma fotografia deles os dois pirosona fofinho-coiso. 

Isto são apenas alguns exemplos daquilo que vejo a acontecer à minha volta e que geram alguma incompreensão em mim. Será que para se estar numa relação é preciso ser-se dependente do rapaz e ser-se lamechas e precipitada? É que se sim... Então pronto, estou mesmo destinada a ficar sozinha. Para sempre. E até sem amigos, porque são os meus amigos que fazem estas coisas. E se os meus amigos são tão dependentes dos respectivos e das suas relações, então vão acabar por deixar para trás a amiga solteirona. 

No primeiro caso, a conversa continuou, mas sim, acho triste que uma miúda de 26 anos, nascida no século XX e criada no século XXI, diga, ainda que "a brincar", que ela e o marido são "um só". Não são um só. São duas pessoas distintas, diferentes, que se conheceram, apaixonaram-se e casaram passados 6 anos e meio. Não são um só. Continuam a ter necessidades distintas, características distintas. Ela continua a ir à missa, ainda que ele não vá, e ele continua a correr, ainda que ela não vá. São pessoas distintas e não é porque casaram que têm que fazer tudo juntos. Embora pareça, de facto. Acho que tirando a missa, as corridas e os trabalhos, eles fazem tudo juntos. Mas isso a mim não me parece normal. Nem saudável. Não me parece normal que desde já não me lembro quando, não haja um jantar só das raparigas. Nós somos umas chatas, mas não me apetece falar de alguns dos meus dramas na presença dos respectivos. No caso do N. seria diferente, porque ele é "uma de nós", mas, ainda assim, sim, preferiria falar dos meus dramas só com raparigas. No entanto, tal seria irrelevante, porque estas pessoas são tão agarradas aos respectivos que a seguir lhes vão contar tudo. E, se "bobear", contam também às amigas que não são minhas amigas. 

Situação 2: Isto é coisa que me irrita. Mesmo. Então as pessoas são tipo Hello Kitty, essa boneca estúpida que não tem boca para falar? É preciso pedir ao namorado que faça uma coisa que ela pode perfeitamente fazer? Porque é que se faz isso? Para ajudar o ego do namorado para que ele se sinta importante? Mas isso é só parvo! Porque, na presença do macho, a menina tem que ficar feita donzela indefesa? Mas isso é só parvo! Não me interpretem mal... Uma das coisas que sinto falta é saber que pode haver alguém, para além dos meus pais, que me pode "proteger" caso seja necessário ou dizer vai ficar tudo bem. Mas isso não envolve pedir ao namorado que faça coisas que nós poderíamos perfeitamente fazer. Nós somos miúdas nascidas no século XX e criadas no século XXI, temos autonomia, pela qual as nossas avós e mães lutaram, e temos que a aproveitar, quanto mais não seja para honrar a sua luta. 

Situação 3: Naquele caso, eu percebo que, devido às circunstâncias, em certas situações dê muito jeito que o namorado vá. No entanto, aquela não era uma dessas situações. E eu queria era estar com a minha amiga, não com a minha amiga e o namorado. Mas custa assim tanto perceber isso? Perceber que as pessoas podem querer a companhia só da amiga e não do namorado da amiga? Ou será que é a minha companhia que começa a ser desagradável e, como tal, é preciso ter o namorado como back up?  

Situação 4: Talvez o facto de eu poder ter estado, eventualmente, interessada no rapaz me torne pouco objectiva. Mas não é só isso. Acho mesmo que ir viver junto passados 6 meses de namoro é mau. Ainda não se conhecem completamente. Ainda estão na fase de "lua de mel" do namoro. Como em tudo, pode correr bem ou pode correr mal, mas acho que ir viver juntos passados 6 meses é abusar um bocadinho da sorte. E a lamechice da fotografia... Bom, se calhar, ainda bem que o meu "eventualmente interessado" não passou disso mesmo. Não sei até que ponto é que eu, que sou assim, resultaria com uma rapaz que é de outra forma e tão diferente. 

Observando tudo isto, pergunto-me: será que para se estar numa relação é preciso ser lamechas? É preciso ser precipitado? É preciso ser dependente? É preciso "diminuirmo-nos"? Eu sei que a partir do momento em que estamos numa relação, temos, sim, que pensar que deixámos de ser só um e que é preciso ter isso em conta. Mas uma coisa é uma coisa... Outra coisa é outra coisa. E se a outra coisa é verdade então... Acho que vou ficar sozinha para sempre. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Então é isto



Apetece-me mandar à merda. Dizer o que me passa pela cabeça.
Eu já devia estar habituada. A sério que já devia. Mas continua a custar quando amigas que te conhecem fazem e dizem certas coisas. Olha, merda. 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A espalhar o mau feitio

A sério que eu gosto de ir ao ginásio. Gosto de correr, de transpirar. Gosto de pensar que o suor que sai de mim representa aquilo que eu não gosto e do que, assim, me liberto. E não estou a falar de "impurezas" físicas. 

Mas a sério, muitas pessoas do ginásio são completamente idiotas. Hoje disse a um que era chato. Ou que provocava uma situação chata. Ele não gostou, claro, mas não estou ali para fazer amigos e também não gosto que ele demore toda uma eternidade nas máquinas. 

Por outro lado, quando é que raio passa o prazo das resoluções do ano novo? Quando é que as pessoas desistem da ideia de serem saudáveis e deixam de ir ao ginásio e de ocuparem espaço? 

Bah. 


Pronto

É mesmo deixar de querer saber. E no caso do parvo que não é boa pessoa, afinal de contas, é mais fácil. Eu digo sempre que para eu deixar ir é preciso que façam mal, que sejam desonestos, "coisas más". E ele foi. Por isso, é deixar ir e dar graças ao meu Tico e ao meu Teco por me terem dado alguma luz e não me terem deixado ir mais na conversa dele. Haja neurónios a funcionar! 

No caso do outro, pode ser mais difícil. Porque apesar de ele ser parvo, o problema é que tenho uma série de perguntas por responder (bem, no parvo que não é boa pessoa também tenho uma, mas pronto) e acho que é também é isso, se calhar é sobretudo isso, que me faz ficar presa. Um dia apanho uma bebedeira e pergunto-lhe o que tenho a perguntar, ah ah. 

Isto é tão parvo. Tão parvo, Jesus. 

Mas pronto. Já é dia 6 de Janeiro. 

Ontem lá fiz o exame e acho que só com muita sorte é que passo. Tão parvo. 

E ontem foi também o primeiro dia de ginásio do ano. A última vez que lá tinha ido, no dia 29, a coisa não tinha corrido muito bem. Não consegui correr (eu tenho 25 anos mas ossos de 60... Com frio parece que fica tudo perro, e depois o "psicológico" não ajuda, começo a pensar que vou ficar toda quinada, que me está a doer, que vou ficar toda quinada, que me está a doer, que o melhor é parar e... paro) e nas máquinas a coisa não se deu muito bem. Mas ontem, quando voltei, não desisti da passadeira (ok, está a doer, vá, tira aí um bocadinho de velocidade) e nas máquinas resolvi puxar um bocadinho e fazer a coisa um bocadinho melhor. "Ok, é para fazer agachamentos, prende aí o rabo e a barriga para fazeres a coisa como deve ser, sua lontra preguiçosa" (sim, eu auto-motivo-me assim). 

E a coisa deu-se. Este aumento de intensidade resultou em algumas dores pós-treino, que sabem muito bem, porque, sendo só um bocadinho, dá a sensação que realmente se treinou. 

E hoje, após as semanas da engorda do Natal e Ano Novo, resolvi enfrentar a balança. E apesar de estar um bocadinho mais pesada, não é assim tanto, talvez 1 kilo, se calhar nem isso. Mas o que ganhei é para perder. Quero perder 2 kilos até Março. E dizem as pessoas "ah, mas isso é fácil, perde-se rapidamente." O problema é que apesar de não ser gorda, nunca perco peso rapidamente. Sou capaz de demorar uns 6 meses a perder 2 kilos. Já faço desporto, já não bebo muitos refrigerantes, já não como muitos fritos ou doces... E aquilo que como pior, é difícil cortar, porque quando se vive em família e esta não tem a mesma vontade, acabam por me pôr à frente coisas para comer que eu, à partida, queria cortar. 

Mas pronto, é isto por agora. Vou parar de procrastinar e estudar um bocado, que sexta tenho novo exame. Ou prova. 

domingo, 4 de janeiro de 2015

Opá, lol*

Ver no instagram fotos fofinho coiso do parvo que se calhar não é tão boa pessoa assim com a namorada faz-me pensar:

a) ainda bem que não gosto dele nem sou uma cabra, porque era mostrar à rapariga algumas mensagens que me mandou e as ditas fotos deixavam de existir. 

b) por outro lado, não sei até que ponto é que não deveria falar com alguém sobre isso. É que a probabilidade de a dita rapariga vir a ter a sua testa enfeitada é grande. E se calhar ela não merecia. Na verdade, se calhar ela (nem ninguém) não merece namorar com um rapaz que diz coisas como "gosto demasiado do flirt e da conquista, ainda tenho que ter, pelo menos, mais uma" (e não, isso não significa que fosse acabar com ela. Porque a relação é excelente). 

c) se quando esta história do memory lane começou eu ainda posso ter balançado e ter pensado, com alguma pena, naquilo que não aconteceu, agora, com estes últimos desenvolvimentos, digo "ainda bem que não aconteceu nada. Antes só que mal acompanhada e com um par de cornos na testa."

E pronto. Noutra área da minha vida, amanhã tenho exame de uma cadeira que já tinha feito e que resolvi abdicar da equivalência porque achei importante voltar a fazê-la. E foi importante. Mas vou chumbar. Eu vou chumbar a uma cadeira que já fiz. Segunda época, me aguarde que eu vou-lhe usar. 

*lol porque mais vale rir que chorar. Mas na verdade, apetecia-me mesmo era chorar ou gritar ou esmurrar. Chorar pr causa do exame e gritar com o parvo que não e boa pessoa e dizer-lhe que ele é um cabrão. 

No entanto

Apesar de o objetivo ser "deixar ir", o desprezo é tão fodido. Dói tanto. 

sábado, 3 de janeiro de 2015

Deixar ir, parte II

Resolvi, também, que ia deixar ir o outro estranho e parvo da minha vida. E que se calhar não é tão boa pessoa. Mas em quem eu, estupidamente, confiei. E me arrependi depois. Claro. 

Fiquei triste e chateada e irritada com ele. Não lhe disse e a ideia era deixar a coisa seguir. Mas ontem achei que se calhar era melhor não - não ia guardar mais isto para mim. Estou farta de não dizer às pessoas aquilo que sinto, aquilo que elas me fizeram sentir. Então resolvi dizer-lhe que estava chateada e irritada com ele. E, depois, deixar ir. 

Disse-lhe, ele viu a mensagem (o Whatsapp é uma coisa extraordinária) e não disse nada. 

Ok. É tempo de deixar ir. 

E agora... So tonight I'm gonna cut it out and then restart. 



Deixar ir, parte I

Para 2015 resolvi deixá-lo ir. De vez e definitivamente. Não que tal signifique deixar de pensar - infelizmente, não comandamos os nossos pensamentos e sei que, sem querer e inconscientemente, ele vai passar pela minha cabeça. No entanto, também acredito que tal irá acontecer cada vez com menos frequência. 

Agora, quando me lembro dele, obrigo-me a pensar noutras coisas. Agora, quando me lembro de ir cuscar o FB dele, obrigo-me a ver outra coisa qualquer, a continuar a estudar, a pensar sobre o tempo, o que for. 

Contudo, a verdade é que isto também custa. Custa quase tanto como pensar conscientemente nele e deixar que a minha cabeça pense nele.  

Custa porque é assumir que vou perder mais esta pessoa. Uma pessoa que apesar de efémera na minha vida, me fez bem. Uma pessoa que apesar de ser um parvo, não é má pessoa. 

E tenho pena de perder o contacto com ele. Mas é o melhor. É melhor isso que querer manter o contacto com uma pessoa que, claramente, não quer saber. 

Vai ser difícil deixar de pensar nele? Vai. 

Tenho que passar muitas vezes pela casa dele - consequências de morar numa "aldeia" - e sei que, inconscientemente, aí me vou lembrar dele e de quando eu o deixava em casa. 
Quando o Walking Dead recomeçar, vou lembrar-me dele e vou pensar "ele não vai gostar disto" ou "ele vai gostar disto". 

Vai custar afastar isso da cabeça? Vai. 

Mas acho que, com o tempo, vou deixar de pensar cada vez menos nele. E, consequentemente, vai custar cada vez menos.