quinta-feira, 31 de julho de 2014

Fuck


De "A Casa Quieta", do Rodrigo Guedes de Carvalho. 

Dos momentos especiais

No sábado passado foi o primeiro Casamento do ano. E foi tão, mas tão, mas tão especial, que foi, até agora (apesar de acreditar que no próximo fim-de-semana vou ter que reformular o que vou dizer), o melhor casamento a que fui. 

Foi tudo especial, foi tudo bonito, foi tudo espectacular. Mesmo. Desde a missa, passando pelo copo-de-água, até à lembrança oferecida pelos noivos, foi tudo... especial.

Eu não sou religiosa, não acredito em Deus e, portanto, raramente vou à missa. Desde que acabei o Secundário e saí de um colégio Católico, contam-se pelos dedos as vezes que presenciei uma missa. E a verdade é que nos últimos casamentos a que fui, pela Igreja, a parte da missa, apesar de fundamental (afinal, é onde o casamento é efectivamente celebrado!), tem sido ou um mal necessário (juro que às vezes tenho vontade de levantar o braço e dizer "olhe, desculpe lá, mas isso não faz sentido! Vá ser retrógado para o século XVII, sim? E que tal deixar de ser fundamentalista? E que tal avançar um bocadinho? Não? Muito obrigada!") ou aquele momento que, não sendo mau, também não é bom. Passa-se, faz-se, e siga para o copo-de-água. Mas a missa, a homilia de sábado foi diferente, foi, mais uma vez, especial. O Padre conhece os noivos há muitos anos e isso tornou a sua homilia mais pessoal; no entanto, independentemente disso, falou, sobretudo, do Amor e da Amizade. E isso, independentemente de se acreditar ou não em Deus, de se ser ou não religioso, de se ir ou não à missa, é bonito. Depois, os noivos, uns fofinhos de primeira, resolveram, para além dos votos normais dos casamentos, fazer um pequenos "discurso" não só dirigido ao outro como aos convidados. E aí ia desabando - se eu fosse uma pessoa de chorar, tinha chorado. Tal como aconteceu quando os pais dos noivos também "discursaram" - foram ditas palavras tão bonitas, com tanto sentimento, que tive que me "defender", como costumo nestas situações, para não lacrimejar. Que cerimónia bonita. Que cerimónia especial.

Depois... Quinta, para o copo-de-água. E não é que mesmo a parte das fotografias, que eu normalmente não gosto muito, foi gira? Porque o fotógrafo aparvalhou tanto como nós e fez coisas mesmo mesmo giras. Sei que só vou ter as fotografias em Setembro, mas quero-as, quero-as, quero-as.

Copo-de-água: tudo óptimo, as mesas muito giras, o tema das mesas muito giro, a comida óptima, a animação engraçada. A nossa mesa era, obviamente, a mais engraçada, ah ah!

E chegou o momento da abertura do baile por parte dos noivos. Eles dançaram a sua valsa (fofinhos fofinhos) e no final... Flashmob número 1 para surpreender os convidados. Toda a gente adorou, houve muita adesão, foi muito giro. Ah, ah! Até que acabou e os noivos estavam preparados para avançar. Só que... Música muda, meia dúzia de "parvos" põem uns bonés fluorescentes e começam a dançar para o Flashmob número 2. E foi tão tão tão bom ver a reacção deles. Foi tão bom ver a felicidade deles. Foi tão bom ver a reacção dos outros convidados. Sim, não sei dançar. Sim, enganei-me nos passos. Mas nada disso interessa. Interessa que eles foram surpreendidos, ficaram felizes, e animámos (ainda mais) a malta. Um espectáculo. Um espectáculo. Ah ah!

E a lembrança dos noivos? Especialíssima. Em vez da habitual "coisa-que-se-dá-e-que-até-pode-ser-fofinho-mas-muitas-vezes-nem-isso-e-é-só-uma-coisa-que-fica-a-ganhar-pó-porque-não-serve-realmente-para-nada" foi um postal da Unicef, entregue num envelope personalizado, que dizia que tinham feito uma doação em nosso nome para a vacinação da polio. Bonito.

Foi mesmo o melhor casamento até agora. Mesmo. Estou aqui a escrever sobre ele e sinto que não lhe estou a fazer justiça. Mas foi mesmo o melhor casamento.

Adoro-os, quero que eles sejam muito felizes e quero continuar a fazer parte e a estar presente nessa felicidade. Quero que todos os abraços que lhes dei (logo eu, que não sou nada de dar abraços) perdurem.

sábado, 26 de julho de 2014

Ah Ah Ah!

O Mundo, como toda a gente sabe, é um sítio estupidamente pequeno. E as redes sociais só mostram o quão pequeno ele é. E depois vemos pequenas coincidências e rimo-nos.Ele há coisas com graça, mesmo não tendo importância nenhuma.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Modo preparação para os casamentos: on


E hoje foi dia de pôr verniz de gel. Primeira experiência nisto e, so far, estou fã. 

Ai meu Deus, está quase!! Boa! Boa! Boa!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Eu sei que sou uma chata

Mas porra, isto das corridas é mesmo giro!!

Hoje consegui bater dois records: o melhor tempo aos 10km (aproximadamente 56 minutos e 27 segundos) e a maior distância percorrida (10,51km). 

Fico mesmo contente com estas coisas. 

Note-se que estava com um corte gigante (ainda sem saber que era gigante) no polegar do pé esquerdo. E isto vai ser giro para os casamentos. Espero que melhore e, não ficando bom, que não vai ficar (pelo menos para o primeiro - aquele em que vou participar em dois flashmobs), não afecte muito. 

Não sei de quem é a culpa, mas não deve ser (só) minha

Estou sozinha em casa. O que significa que vou ter que realizar uma série de tarefas que, confesso, normalmente é a senhora minha mãe que realiza. Como, por exemplo, lavar a roupa. Como não é uma coisa que normalmente faça, foram necessárias algumas coisinnhas.

- Aprender a mexer na máquina: desde a última vez que fiquei sozinha em casa a máquina foi mudada, e eu não fazia a mínima ideia de como esta funcionava. 

- Associar os vários tipos de roupa aos vários programas da máquina. E sim, fiz uma cábula.

- Mas melhor que a cábula, foi o esquema que arranjei para separar a roupa: sacos de plástico do Continente, post-its nos sacos a dizer o tipo de roupa, o programa, a temperatura da água e o tipo de centrifugação. Eu sei, genial. Ah ah ah.

Apesar disto, ainda liguei duas vezes à minha mãe. Eu sei, lindo. E fui motivo de chacota, segundo me chegou aos ouvidos, entre ela e uma amiga. Fui eu e a filha da amiga, diga-se. Porque sabemos fazer muitas coisas, mas não lavamos roupa. 

Pois... Mas entretanto, ontem à noite jantei com uns amigos, dois dos quais (que por acaso são o casal da Faculdade que se vai casar daqui a 10 dias [God, God, God!!]) também estão sozinhos nas respectivas casas (de solteiros, entenda-se). 

Primeiro diz ela: "Estou com tanta fome!! [Estávamos à espera das pizzas] A última refeição que fiz foi a do almoço e, bem, estou sem os meus pais em casa, já se sabe como é que é." 

Depois diz ele: "Epá, com a minha mãe de férias, já estou a usar roupa que não usava há anos, que estava no fundo da gaveta. Não sei lavar a roupa, tenho que usar estas!"

Isto não é um espectáculo? Ou é só triste?

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Hummmmm....

Acho que me estou a transformar. Não sei bem no quê, mas acho que me estou a transformar. 

Há uns tempos, acharia isto uma coisa sentimentalona, lamechas e, portanto, desnecessária. 
Mas hoje não. Hoje não sei o que achar do projecto nem de quem aceitou participar nele (verdade seja dita, acho que não tenho nada que achar o que quer que seja das pessoas que aceitaram participar). 

Mas fiquei "hummmmm".... 

Para os possíveis curiosos, fica aqui a página do projecto.

domingo, 20 de julho de 2014

Do chegar tão tarde que já é cedo

Há noites que são praticamente tudo aquilo que precisávamos dessa noite. Noites de dança, noites de expiação. Noites de desanuviar, noites de divertir. Noites de nos acabarmos. Noites que são praticamente tudo aquilo que precisávamos dessa noite. De não levarmos tudo tão a sério. De não nos levarmos tão a sério.  Noites com coisas idiotas, coisas parvas, mas que, na realidade, divertem. E é disso que a malta precisa.  

A apontar:

- Devo mesmo ser uma pessoa horrível para o empregado do bar onde fui me ter dito que eu era antipática. Repetidamente. Quando eu não o fui. Eu só voltei a pedir um copo com água. E o homem começou a disparatar. 

- Ok, estou a começar a ficar preocupada com isto de não parecer que tenho 25 anos. Ok, não parecer que tenho 25 anos até percebo. Agora, ao entrar numa discoteca perguntarem-me a idade, pedirem-me a identificação e quando a minha amiga pergunta "mas quer o Cartão do Cidadão ou a Carta de Condução" o porteiro perguntar "mas já têm idade para conduzir?", já é demais, não?

- Levar com um banho de champagne (ui, que isto soa tão bem) é mais giro na teoria que na prática. Na prática resulta numa peganhice nheca. Ah, mas resulta também na oferta de um copo de champagne do grupo de estrangeiros que abriu as garrafas. Ah ah ah - sim, não se deve aceitar bebidas de estranhos, e eu também não bebi, porque estava a conduzir, mas teve graça. 

- A minha memória é mesmo uma coisa extretamente estranha do quão apurada consegue ser. Mesmo. Pena é ser só para coisas parvas. Mas que divertem.

- Dançar até ficarem a doer os pés, dançar como se ninguém estivesse a ver, esquecer vergonhas e complexos, é bom. Dançar, expiar, é bom.

 



sábado, 19 de julho de 2014

Entretanto, no Mundo da futilidade material

Estou uma pessoa diferente. Se há 10 anos me dissessem que no Verão iria, preferencialmente, comprar vestidos e que iria gastar 25€ numa base, num lápis para os olhos e no afia para o dito lápis, eu ria-me e dizia para essa pessoa deixar de fumar o que quer que estivesse a fumar. 

Mas é mesmo verdade.

No último mês comprei 3 vestidos (dois da Mango - um nos saldos - e um na Stradivarius). E hoje gastei 25€ na Inglot. Afinal, tenho 2 casamentos e precisava de material para ver se consigo ir mais ou menos apresentável. Ora, acontece que eu não me sei maquilhar. Então tem mesmo que ser o básico para ver se não faço asneira. E mesmo com o básico é bem possível que saia asneira. Então parece que tenho 12 anos, aqui a maquilhar-me de pijama para ir treinando a coisa. A base aplica-se bem (BOA!), agora o lápis... Oh, falta de jeitinho que eu tenho, Jesus! No casamento do ano passado não usei lápis, só máscara, e se calhar acabo por fazer o mesmo - apesar de achar que se calhar era altura de aprender a usar estas coisas. 

God.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Enviar uma mensagem e comer uma Bola de Berlim na praia: duas acções diferentes, um processo semelhante

Eu tenho uma relação estranha com as Bolas de Berlim. Até aos meus 10 anos, comia, na praia do Algarve onde ia, as melhores Bolas de Berlim de sempre. Diferentes das de pastelaria, mais tipo fartura, as melhores de sempre. Aos 11 anos, os meus pais compraram uma casa no Algarve, noutra zona, e mudámos de praia. A praia é em tudo melhor que a outra, menos nas Bolas de Berlim. Entretanto, com a ASAE e outros que tais, se já tinham pouca graça, ainda menos graça deixaram de ter. Resumindo: ao contrário da maioria dos veraneantes, eu não me pelo por uma Bola de Berlim. No entanto, de vez em quando, com o cheiro das Bolas a passarem por mim e com alguma esperança que estejam boas, lá acabo por comer uma. Mas o processo é sempre o mesmo - e que ainda hoje aconteceu: 

- Tenho fome e/ou sinto o cheiro das Bolas a passar por mim;
- Fico com vontade de comer uma Bola, embora saiba que não me vai saber bem, porque não são tão boas como as que comia na infância e, no limite, vou ficar meio enjoada;
- Apesar disto, de saber o que vai acontecer, e que me vou arrepender de gastar o dinheiro, como a Bola;
- Ao abrir o pacotinho da Bola e ao olhar para ela, percebo que nem vai ser preciso trincá-la para me arrepender de a ter comprado;
- Como a Bola e constato, uma vez mais, que não gosto assim tanto daquilo para compensar o mal que me faz e o dinheiro gasto;
- Inflijo-me chibatadas mentais por ser uma estúpida de uma troll que sabe que aquilo vai acontecer e, mesmo assim, compra a bola. 

Ora, enquanto hoje este processo se dava, cheguei à brilhante e inútil conclusão que o mesmo se passou com a mensagem que enviei ontem. Eu tive vontade de a enviar mas sabia que ia dar merda. Mas mesmo assim enviei-a. E, logicamente, arrependi-me. O processo foi o seguinte:

- Tive saudades / quis saber dele, se estava bem;
- Fiquei com vontade de enviar uma mensagem, embora soubesse que a coisa não ia correr bem, que ia ser tudo demasiado estranho e, no limite, até indiferente;
- Apesar disto, de saber o que vai acontecer, e que me vou arrepender de gastar bateria, escrevo uma mensagem e carrego no "Enviar";
- Ao fim de 2 ou 3 mensagens, constato, uma vez mais, que não valia a pena ter enviado a mensagem, que a coisa foi estranha e, pá, se calhar foi mesmo indiferente. 
- Inflijo-me chibatadas mentais por ser uma estúpida de uma troll que sabe que aquilo vai acontecer e, mesmo assim, envia a mensagem. 

Às vezes chego à conclusão que não deve mesmo haver solução para mim: sou uma troll e idiota e parva. 

E que por mais que me tente defender, não consigo e acabo por bater sempre com a cara. E isto achando que não gostava assim tanto. Faria se achasse que gostasse ou, pior, se gostasse mesmo.

Desvantagem de se ser um pequeno cubo de gelo

Porque não se é sempre esse cubo de gelo, às vezes começa-se a chorar por uma razão estúpida. E depois não se consegue parar. E às tantas já não se sabe porque é que se está a chorar. Já não é por essa razão estúpida (será aque alguma vez foi?). Já não se sabe se é por tudo, ou se é por nada.

Então 'tá

Engolir o orgulho.
Perceber que engolir ou não o orgulho é completamente indiferente.
Arrependimento por ter engolido o orgulho.

.
.
.
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Dar de caras com outra espécie de reminder. 

Então 'tá. Fucking destino ou uma merda do género.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Dúvida

Porque é que raio nos havemos de preocupar com o desemprego ou com a crise ou com o facto de termos uma dívida para pagar durante os próximos 1000 anos à Troika se a probabilidade de sobrevivermos aos próximos 10 / 20 / 30 anos não é assim tão grande? 

Quer dizer... Se a III Guerra Mundial não rebentar nos próximos tempos e nos matar a todos, temos sempre as alterações climáticas para nos esturricar e o fim do petróleo para acabar com a vida como a conhecemos (obrigada, José Rodrigues dos Santos que, com o "Sétimo Selo", me está a fazer achar que se calhar até posso ultrapassar a barreirados 30, mas se calhar não chego aos 50).

Mas vamos ao que interessa

Os meus dois casamentos do ano estão a chegar. Estão mesmo quase a chegar. Um é já no dia 26 e o outro é logo a seguir, no dia 2 de Agosto. 

E estou mesmo, mesmo, mesmo contente e feliz e entusiasmada com os dois casamentos. 

Porque sou amiga das duas partes dos dois casais. Porque conheço o "primeiro casal" há uns 13 anos e crescemos juntos. A minha adolescência sem o grupo de onde eles fazem parte, sem eles, não teria sido mesmo a mesma coisa. Porque os adoro e quero que eles sejam felizes. Por outro lado, embora não conheça o "segundo casal" há tanto tempo, também já os conheço há uns bons anos. Porque assisti a todo o início. À entrada dele no Anfiteatro e ela a ficar a olhar para ele. Porque os adoro e quero que eles sejam felizes.

Adoro-os e quero que eles sejam felizes. E estou a adorar fazer parte dessa felicidade. 

As Despedidas de Solteira das noivas foram só maravilhosas. Diferentes, completamente diferentes uma da outra, mas maravilhosas. Queria conseguir guardar aqueles momentos para sempre. Queria conseguir guardar a felicidade delas para sempre. Espero que a minha memória altamente apurada não me falhe nisso e me lembre sempre do quão felizes elas estavam. E do quão feliz eu estava por participar na felicidade delas. Elas sentiram-se amadas e isso fez-me feliz. Porque isso é mesmo o mais importante - elas estarem felizes e sentirem que para aquelas pessoas são importantes; sentirem que são amadas por aquelas pessoas. 

Já disse aqui que nos dias dos casamentos sou capaz de desarmar um pouco. A pequena pedra de gelo que eu sou é capaz de derreter um pouco. Não sei se vou chorar (espero mesmo que não!), mas sei que vai dar aquele nó na gargante, aquelas borboletas no estômago. Sei disso porque no ensaio do "segundo flashmob" do "primeiro casal" senti isso mesmo. E era só um ensaio. 

Amigos, vocês não lêem isto (felizmente), mas eu adoro-vos. Vocês sabem isso e, se não sabem, vão perceber quando me virem a mim, pequeno ser que não sabe lidar com as emoções, que vê a demonstração de sentimentos como algo estranho e de que não é capaz de fazer, a lacrimejar com os vossos casamentos, com as vossas danças, com a vossa felicidade. A lacrimejar de felicidade. 



...

Li isto no Humans of New York e tive uma espécie de baque. Claro que a história é completamente diferente, mas tive um baque.
É uma merda: nós conhecemos as pessoas, afeiçoamo-nos, percebemos que não resulta e afastamo-nos. Porque somos estúpidos - se um tipo de relação não resultou, porque raio haveríamos de manter outro tipo de relação? - e porque somos orgulhosos - se ele não diz nada, porque é que eu hei de dizer alguma coisa? Se ele não quer saber, porque é que eu hei de querer saber o quer que seja? 
Mas a merda é que ao nos afastarmos, não esquecemos. A merda é que ao nos afastarmos, ficamos com saudades dos bons tempos.
E depois, o Destino, ou uma merda que o valha, vem e mostra-nos coisas a que alguns chamariam de sinais. Mas os cépticos, como eu, dizem que são só merdas de quem não consegue esquecer - como eu. 

Mas foda-se. E se ele morresse? O amigo que nós temos em comum (tendo sido por causa dele que nos conhecemos) não sabe que nós ficámos "amigos"... Portanto nunca se lembraria de me dizer "olha, o rapaz que ficou ao teu lado no meu casamento morreu". Porque não faria sentido. E não sei se os amigos dele que sabem que nós ficámos "amigos" se lembrariam de me dizer. Portanto, a menos que as pessoas se pusessem a pôr na página dele do Facebook merdas como "mais uma estrelinha no céu" ou outras pérolas que eu acho espectacular porem nos murais de quem morre, eu não saberia de nada.

Merda. Se calhar, por isso, e por outras coisas, deveria falar com ele. Mas sou orgulhosa. E ele é parvo. E ele não quer saber. E se ele não quer saber, e se ele é parvo, porque é que eu me hei de importar?

Mas importo-me. Mas não sou suficientemente qualquer merda que ainda não sei o que é para dar o braço a torcer. 

terça-feira, 15 de julho de 2014

Ah, quase que me esquecia! Como?

Lembram-se deste post?

A B. L. ia morrendo com o calor e com as pessoas, mas se morresse, morria feliz. Oh se morria. 

Porque morria depois de ter cantado e "dançado" e saltado muito, de ter visto e ter estado braço-a-braço com o espanhol mais bonito de todos os tempos, de ter convivido com os espanhóis mais simpáticos da Andaluzia... Foi giro giro giro. 

Apenas dois senãos: 
- Organização do Optimus / NOS Alive: se calhar, para bem da nossa saudinha, reduziam um bocadinho a lotação. Claro que a malta quer ir ver as bandas e vocês querem ganhar dinheiro satisfazer a malta, mas mais importante que isso, é mesmo a malta sobreviver com o mínimo de saúde :)

- Gostei do concerto dos Arctic Monkeys. Infelizmente, só os descobri há pouco tempo (mas como???), mas gostei. No entanto, fez-me confusão a praticamente inexistente interacção com o público. Alex, amigo, és sexy, sim senhor, com o cabelo cheio de gel, mas para a próxima fala um bocadinho :) Ou se quiseres, fala só comigo, que eu não me importo. Até porque nesta altura já me tinha perdido do espanhol giro. Ah, ah, ah. (Sou tão parva, credo!)

Boa Colbie!

Hoje vi esta notícia e fiquei a pensar "Boa! Boa!" 

Não é inveja, não é querer ser igual, não é por ter pena de olhar para as revistas ou para os cartazes da Cláudia Vieira e pensar que eu não sou assim nem nunca vou ser. Não é por isso. É por sentir vergonha alheia e, até, tristeza alheia. Porque a Cláudia Vieira é gira e boa, não precisa da merda de photoshop que lhe põem em cima para o anúncio do protector solar ou para outra merda qualquer. E, ainda assim, aquelas imagens são tão trabalhadas que até se fica a pensar "mas é ela ou é um boneco dela?". Mas ela não precisa disso. E eu acho que se fosse a Cláudia Vieira*, ao ver-me assim, ficava a pensar "mas que porra, pá, então mas eles contratam-me e fazem-me isto ao meu corpo e a à minha cara? Queres lá ver que afinal não era a mim que eles queriam mas uma boneca de mim?! [e no limite, se a Cláudia Vieira fosse / for insegura, que não sei se é] Queres lá ver que se calhar preciso de emagrecer para ficar com aquelas pernas e com aquela cintura? Queres lá ver que em vez de ir para o ginásio x dias por semana tenho que ir  y vezes por semana?" 

Enfim, acho que era altura de as várias indústrias repensarem a utilização do photoshop e outros que tais. Só a minha opinião. 

*E quem diz a Cláudia Vieira, diz outros e outras.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Eu não sei qual é o meu talento*

Mas não é, de certeza, dançar. 
E num dos dois casamentos do ano (OMG, que estão tão próximos e estou mesmo a ver que vou ser desmascarada e toda a gente vai perceber que afinal não sou um pequeno cubo de gelo e que afinal existem lágrimas capazes de escorrer destes meus olhinhos míopes!!!), vou participar em dois (repito, DOIS) flash-mobs. Um de um grupo de convidados (onde eu me incluo, pois está claro) surpresa para os noivos e que está a ser cuidadosamente ensaiado e preparado há meses (cof cof) e outro da parte dos noivos que pretende (pretende, que isso é outra história) ser supresa para os convidados. Meu Deus, num só casamento vou participar em duas danças. Duas. Duas... E estive a ver o vídeo do ensaio do flash-mob surpresa por parte dos noivos e mais uma vez confirma-se, NÃO TENHO A PUTA DE JEITO NENHUM PARA DANÇAR! A sério, pareço uma estaca a mexer-se, não tenho aquele jingar (?) giro, de mexer o corpo de forma gira. Não, estou só ali a mexer-me sem jeito nenhum. Argh.

MAS VAI SER TÃO GIRO! :) 

*Provavelmente nenhum.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Eu sei que isto é ligeiramente* egocêntrico

Mas a derrota do Brasil fez-me lembrar aquele momento no 2º Semestre do 1º ano da Faculdade em que fui ver a pauta da frequência de Probabilidade e Estatística Aplicadas à Psicologia, afixada em pleno átrio da Faculdade, para toda a gente ver, e me deparei com um espetacular 3 (em 20, para que conste). 

Note-se que eu cheguei à Faculdade sem nunca ter tido uma negativa e que apesar de ter tido alguns "problemas" nesse 1º Semestre, acabei por fazer todas as cadeiras. Aquele 3, assim, pum, que me impedia de ir à segunda frequência, obrigando-me logo a ter que ir a exame (que também correu espectacularmente bem, diga-se) foi terrível. Estava à espera, a frequência tinha-me corrido muito mal, mas não deixou de ser um choque ver aquele 3 depois do meu nome. 

Mas aprendi uma coisa: não se morre de vergonha. Sim, podemo-nos sentir humilhados, frustados, zangados connosco, zangados com o Mundo e com as professoras de Estatística. Mas não se morre de vergonha. 

E acho, claro que à devida escala e proporção e tudo e tudo e tudo, e todas as diferenças salvaguardadas, que hoje os jogadores da Selecção Brasileira aprenderam isso também: não se morre de vergonha. 

Força mininos, ainda têm um terceiro lugar por que lutar! :)


*Mas só ligeiramente.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Nossa...!

Estou com vontade 0 de fazer o que quer que seja que implique mais do que estar sem fazer nada.

domingo, 6 de julho de 2014

Eu tinha outro objectivo...

Que era correr 10km em menos de uma hora. 
Achava que, eventualmente, iria conseguir, mas não tão depressa. Sim, tenho corrido 5km em menos de meia hora, mas em passadeira, onde aumento a velocidade às vezes só para dar um sprint que não dou em estrada. Além disso, achei que o cansaço acumulado ao longo de 10km de corrida tornaria complicado, para já, tirar pelo menos 3 minutos ao meu melhor tempo, que era 01:02:56. 

Mas ontem, depois da primeira Despedida de Dolteira da minha vida e de ter dançado a noite quase toda (sobre isto debruçar-me-ei daqui a uns dias) e depois de uma tarde a trabalhar, resolvi calçar os ténis e ir correr, para ver o que é que acontecia. 

E foi isto que aconteceu.





Corri, pela primeira vez na minha vida, 10km em menos de 1 hora. E tirei quase 5 minutos aquele que era o meu melhor tempo. Sim, quando fui correr, o meu objectivo era tentar melhorar: fosse a fazer 5km ou 10. Mas nunca pensei melhorar tanto. Mas melhorei. E isto de atingir os objetivos é um espectáculo :)

Entretanto hoje, depois de acordar com chuva, pensei que se calhar não ia correr. Mas depois de um dia a trabalhar quis descomprimir um bocado e esticar as pernas e resolvi ir correr um bocadinho. Quando comecei, percebi que seria difícil melhorar o tempo de ontem porque apesar de, durante o dia, as pernas não terem acusado os 10km de ontem, quando comecei a correr eles fizeram-se sentir. Para além disso, estava mais vento, tanto para um lado como para o outro. Basicamente, corri bastante tempo contra o vento. E enquanto corria pensava "se calhar faço só 5km". Mas depois dos 5 pensei "o pior já passou, continua". Ia continuando e percebi que melhor que ontem já não fazia, a menos que me ganhasse foguetes nas pernas. Ora, apesar de não me terem aparecido foguetes nas pernas, ganhei alguma espécie de motivação no final que ontem não apareceu e recuperei um bocadinho.

O que resultou nisto.




Piorei um bocadinho de nada, mas adorei, adorei, adorei. 

Próximo objectivo? Ainda não sei. Melhorar, sempre, mas não tenho nada em concreto. Acho que aumentar o número de km percorridos ainda é arriscado e não consigo definir um tempo que ache, para já, concretizável. Por isso é mesmo melhorar. E superar-me. É tão bom superar-me!