domingo, 29 de dezembro de 2013

E hoje foi dia...

De voltar ao ginásio. 

Não foi perfeito: não consegui correr como queria, porque comecei a sentir uma espécie de picadas no joelho, mas o resto fez-se. Não pus tanta carga nos exercícios de pernas (que foram praticamente os únicos que fiz) como punha antes de o joelho se começar a armar em parvo, mas foi bom regressar. 

E agora é para continuar, até porque é necessário queimar tudo aquilo que comi no Natal. E vou "adorar" tirar o segundo dente do siso, só para ficar uns dois dias sem comer. Sou tão idiota! 

Ensaio sobre a Cegueira

Como sempre, Saramago em modo genial. 

















Aquele momento...

Em que te sentes de uma forma que não queres admitir em voz alta e começas a pensar em fazer alguma coisa que realmente te apetecesse MUITO - porque precisas disso. Assim, começas a pensar que seria interessante ir a NY em Março para, lá, festejares o teu 25º aniversário. E após uma pequena pesquisa, perceberes que o conseguirias fazer por cerca de 760€ (viagem+hostel). 

E depois pensas que se calhar o melhor é não pensar muito nisso, porque reconheces que tal será praticamente impossível de se realizar, e se não pensares e matares já aqui a ideia, não tens mais essa coisa que querias fazer e não fizeste. 

Mas que era uma coisa gira, era. 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há...

Hoje, estava eu (muito bem) a descer uma rua em Lisboa, eram quase 9h00 da manhã, passa por mim um grupo de 3 senhoras, julgo eu. Uma delas, não sei muito bem porquê, resolveu aproximar-se de mim e perguntar-me, apontando para um "livro":

- Posso falar-lhe um bocadinho acerca de Deus? (nesta altura, percebi que, afinal, o "livro" era a Bíblia).

Ora, como não poderia deixar de ser, fiz a minha cara de "pânico" e de "como é que raio estas coisas me acontecem a mim?!" e respondi

- Errr.... Não, obrigada!

E o que é que me aconteceu uns 10 metros à frente?!? O quê??

FIQUEI SEM SAPATO! 

Juro, o sapato caiu-me do pé. 

Sério?! 

Eu não quis ouvir a palavra de Deus e pumbas, castigo! É para aprender! 


AHHHHH!!!! Como e porquê é que estas coisas me acontecem? Como? COMO?

Entretanto, não pude deixar de pensar na razão pela qual a senhora resolveu aproximar-se de mim. E pensei em duas opções:

a) Tenho ar de uma pessoa muito boazinha, que crê em Deus e é um exemplo a seguir no que toca a fé;

b) Tenho ar de uma pessoa a um passo da perdição e aquela boa senhora achou que, naquela altura, me poderia salvar. 

Não sei.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Coisas

- O joelho tem-me doído cada vez menos. Contudo, cautela, muita cautela: já teve melhor para, logo a seguir, piorar. Por isso, é melhor não festejar muito.

- Ontem tirei o meu primeiro siso. Admito: não estava à espera que me custasse tanto. Sim, tirá-lo custou, mas mau mesmo tem sido o "pós-operatório": ainda estou com a cara e o espaço do dente dormentes e estou há dois dias esfomeada (porque sim, é muito giro comer só gelado, gelatina, iogurtes e papas, mas estou aqui esgalgada de fome). Mas como tenho vindo a melhorar, pode ser que na Segunda-feira esteja pronta para outra. E que, na Terça à noite, esteja capaz de comer todos os doces que me esperam :)

- Após "alargar os horizontes", fui seleccionada para um estágio nesses horizontes. Não sei exactamente o que me espera; no entanto, quero esquecer a parte em que vou ser altamente explorada para pensar que isto é uma oportunidade para consolidar esses horizontes. Quem sabe se, após tantas voltas e cambalhotas, não é isto?

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Natação

O joelho continua a não estar a 90%, que é o máximo que eu posso exigir dele, mas hoje fiz 2200 metros na piscina em 45/50 minutos. 

Tão bom que é este cansaço físico que nos faz distrair do mental! 


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Entretanto...

Estou viciada nesta música. 



Em modo repeat.

Oh, a ironia das coisas

Ligaram-me há pouco para a marcação de uma entrevista de um anúncio que respondi. A ideia era marcar para amanhã de manhã. Tive que dizer à senhora "Ah, amanhã de manhã tenho que ir ao IEFP porque fui convocada e não posso faltar". Tudo bem, marcou-se a entrevista para a tarde. 

Mas não deixa de ser irónico ter que adiar uma entrevista que pode originar uma oportunidade de uma espécie de emprego para ir ao IEFP (a quem eu disse, em Setembro, que tinha encontrado um emprego - antes de toda a confusão), para "participar em ENTREVISTA ORIENTAÇÃO no sentido de dar continuidade ao Plano Pessoal de Emprego (...)". Note-se, mais uma vez, que eu inscrevi-me no IEFP no final de Agosto mas, no início de Setembro, mandei um e-mail para lá, tal como me tinha sido indicado, a dizer que tinha encontrado um emprego. A ideia era, já que tinha arranjado um emprego, evitar ter que ir aos sítios para onde mandam as pessoas. Porque no curto período em que estive inscrita, recebi uma convocatória para ir a um centro de Análise Clínicas, ou qualquer coisa do género, em que pediam um Estatístico. E isso eu não sou e eles não queriam outra coisa que não fosse um Estatístico. Mas tive que lá ir, gastar gasóleo e perder tempo, para depois enviar para o IEFP o comprovativo em como tinha ido. Ridículo. 

Ora bem, se, teoricamente, eu já não estou inscrita como desempregada (porque enviei para lá o e-mail que eles me disseram para enviar), porque é que recebi esta convocatória? Estou em crer que, provavelmente, o e-mail ficou por lá perdido e eu continuo inscrita como desempregada. O que não deixa de ser verdade. 

Aiiii!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Nunca me desilude

A Natação. 

Nas últimas 3 semanas, tem sido o único desporto que consigo praticar. Porque há 3 semanas, quando fui correr 10km, o meu joelho resolveu que era giro manifestar-se da pior maneira e, então, andei para aqui feita manca. Uma coisa espectacular, especialmente agora, que preciso de me mexer, de correr e nadar - sim, sou daquelas pessoas para quem o desporto é terapêutico (e não me matem por isso, sim?!). 

Ora, mas com o joelho armado em parvo, só me resta mesmo nadar - e durante duas semanas, bastante condicionada, em que não fazia pernas nem viragens (joelho estúpido!). 

Mas, aos poucos, o joelho tem vindo a melhorar. No entanto, e como ainda não está bom (e não digo óptimo porque isso é coisa que ele nunca vai ser), continuo só a nadar - agora menos condicionada (já consigo fazer pernas e viragens. Good!).

E hoje, em 40 minutos, fiz 2000 metros, 400 dos quais foram só pernas e outros 400 só braços. Eu sei que não é espectacular e bla bla bla - mas hoje foi óptimo.

Passados 20 anos, não me canso disto. Passados 20 anos, continuo a querer melhorar. Passados 20 anos, continuo a querer atingir os meus próprios objectivos.

Passados 20 anos, e apesar de ter sido sempre uma "brincadeira", a Natação continua a ser o meu desporto favorito. 

Não é só o meu mau feitio...

Ok, eu sei que nos últimos dias o meu limiar de paciência tem andado muito reduzido. Sei que o meu mau feitio está ainda maior e dou mais importância às coisas estúpidas que por aí andam (e é de mim ou há cada vez mais coisas estúpidas?). 

Mas depois há coisas que são simplesmente estúpidas e idiotas, e que não é culpa do meu feitio e deste meu limiar de paciência eu achar isso. 

Todos nós temos aqueles "amigos" no Facebook que, não obstante o facto de até os conhecermos na vida real, nos irritam (tanto na vida real como na vida virtual). Irritam-nos na vida real pela sua personalidade idiota e na vida virtual porque fazem questão de mostrar nas redes sociais o quão idiotas são. Enfim. Podiam ficar quietinhos, não usarem estas redes sociais para exarcerbarem esta sua idiotice, mas não, fazem questão de o fazer. Enfim, opções.

Ora, hoje, um desses amigos, neste caso uma "amiga", fez questão de publicar no Facebook que tinha tido um acidente de carro. Tudo bem, se fosse só isso, nem era grave. Estúpido foi a forma como o fez. Em vez de ter dito qualquer merda como "Tive um acidente de carro", que não interessava a ninguém, mas pronto, era capaz de pôr umas quantas alminhas a desejarem que tudo passasse e que ficasse tudo bem, não, resolve fazer um post a descrever todas as idiotices e irresponsabilidades que já fez enquanto condutora:

"Já infringi regras , passei vermelhos , atravessei linhas contínuas , fiz marcha atrás na auto-estrada . Já ultrapassei a velocidade recomendada , atendi chamadas e mandei mensagens . Já andei sem cinto , já comi a conduzir e hoje , que tudo parecia certo ... Já foi ."

Eu já o achava há muito tempo, mas és mesmo um bocado idiota, não? Não só por fazeres todas estas maravilhas na estrada como, também, em dizer isto desta forma no Facebook. Qual é o objetcivo? Fazer com que as pessoas tivessem pena de ti? Pois eu não tenho. Se está suficientemente bem para escrever isto no Facebook, é porque o acidente não foi assim tão grave (o que, se calhar, foi alguma espécie de milagre) e não fico com remorsos nenhuns em dizer "Não tenho pena nenhuma". Quando estás a conduzir, não estás sozinha, tens que ter consciência daquilo que tens nas mãos, no perigo que tens nas mãos. Não sei há quanto tempo tens a carta, mas se neste tempo fizeste todas estas proezas (fazer marcha-atrás na auto-estrada?!?!?) e só agora tiveste um acidente, tiveste muita sorte. E devias era ficar sem carta. 

Eu sei que eu tenho mau feitio e agora só sou mau feitio, praticamente. Mas há coisas que ultrapassam tudo aquilo que deveria ser aceitável.  

Nota: Sim, a criatura faz espaços entre as palavras e os sinais de pontuação... Para ser original. 

sábado, 14 de dezembro de 2013

Ajuda

Ocupar a cabeça e, no caso de hoje, o corpo, com outras coisas para me distrair. 

Hoje fui ajudar uma amiga a montar o escritório da sua futura casa. 

Uma das minhas amigas mais antigas vai casar-se em Julho e o namorado, um dos meus amigos mais antigos, está a trabalhar em França. Ela, para o surpreender, quis montar o escritório este fim-de-semana para, no Natal, lhe dar esse presente. Chamou parte da tropa e hoje montei duas estantes e uma secretária. Foi bom: estive com pessoas de quem gosto, diverti-me, assisti ao reencontro da mãe do meu amigo com a irmã dele, que esteve a trabalhar na Holanda nos últimos 6 meses (e eu, apesar de ser uma cabra insensível, gosto de assistir a reencontros), e apresentei aquela gente toda o meu Bolo de Bolacha de Chocolate. 

Estou morta, morta, morta. Mas ainda bem. Porque agora é Sábado à noite e sei que se não estivesse tão cansada apetecer-me-ia fazer alguma coisa. E talvez acabasse por fazer o que não devia e, provavelmente, pelas razões erradas. Mas estou tão cansada que não tenho forças nem sequer para vestir outra coisa que não seja o pijama ou para calçar outra coisa que não sejam as pantufas. 

Ainda me sinto a levantar. Muito lentamente. Mas estas coisas, estes dias cheios, estes momentos parvos de procura pela chave de parafusos ideal, de "Leonor, deste-me o parafuso errado!" ou "Oh porra, o tampo da gaveta está ao contrário!" fazem-me muito bem. Acho que vai demorar algum tempo até me sentir completamente direita outra vez; no entanto, e mesmo que depois volte a "cair", estas ocasiões levantam-me um bocadinho. E isso é bom. E é disso que eu preciso.

Por estas e por outras é que eu gostava de os ir ver em Abril

Nos idos e felizes anos 90, eu era uma criança. E gostava imenso das músicas dos Silence 4, ainda que não percebesse nada do que eles diziam. Mas gostava. E hoje, nos actuais e se calhar não tão felizes assim anos 2010, sou uma espécie de adulta que continua a gostar das músicas deles. E depois esbarra com letras destas e pensa: "Pois".





Too scared to jump, too dumb to fly
What side is stronger on this double-faced mind?
I make lies all day to keep the pain away
God knows my sins are already too big to pay.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sim, é uma merda

Mas ajuda ter uma amiga que nos conhece há 20 anos e que nos diz as coisas certas. 


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Hum, se calhar talvez não...

Não que ache que haja alguém que sentiu muito a minha falta, mas talvez porque o nome do blog faz agora mais sentido que nunca, decidi regressar. 

Muitas vezes me senti, ao longo dos últimos anos, na borda de uma linha, prestes a tombar. No entanto, agora percebo que, afinal, essa linha era mais grossa que aquilo que julgava, estando agora a tornar-se bem mais fina - e eu ainda mais na borda.

Há um ano sentia-me mal, realmente mal. Entretanto, o Verão ajudou-me a melhorar e senti-me bem, como, talvez, há muito tempo não me sentia. Sentia-me mais leve, mais feliz. E o final do Verão trouxe-me uma boa notícia, um emprego novo que, apesar de ser mais um Estágio, me trouxe esperança e expectativas para o futuro. Mas eu já devia ter aprendido a não ter expectativas - esse estágio, devido a lentidão de serviços e a leis, acabou por não ser aprovado. E agora, depois de 3 meses a achar que iria começar a trabalhar rapidamente, e com as tais expectativas, vi-me sem trabalho. E sem outras coisas que eu queria ter. 

E, assim, adeus quaisquer expectativas para o futuro (pelo menos para o futuro mais próximo). E assim, enquanto vejo a maioria dos meus amigos a avançarem, eu já nem estagnada estou, porque, na verdade, estou a regredir.

Sim, no Verão abri horizontes e talvez seja essa resolução que me vá ajudar. No entanto, não deixo de me sentir na Borda da Linha.

E isso é uma merda. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

domingo, 17 de novembro de 2013

Challenge accomplished!


O tempo não foi genial, eu sei, mas fiz 10 km! 

FIZ 10 KM A CORRER! 

YEAH!

(E nem fiquei a morrer!)

domingo, 10 de novembro de 2013

Sim, o pôr-do-sol no Verão é muito bonito,

Mas no Outono, em que o céu fica uma mistura de azul, laranja e rosa, também é muito bonito.
Especialmente quando céu se confunde com o mar. E especialmente quando temos o privilégio de correr e assistir a coisas destas. 

Talvez tenha sido isso que me inspirou, mas hoje fiz 8km100m.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Então é assim,

Se alguém, nos próximos tempos, ousar dizer que eu sou uma cabra insensível, eu mando esse alguém à merda. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Eu já não gostava do Halloween, agora embirro mesmo a sério com a coisa

Ok, dizer que não gostava do Halloween é exagero. Verdade seja dita, apesar de nunca o ter festejado, não me fazia confusão, por exemplo, a existência de festas temáticas. No entanto, e como eu sou altamente paradoxal, a verdade é que, por outro lado, também me fazia confusão que o Halloween se tivesse tornado um segundo Carnaval, em que algumas escolas, por exemplo, organizam desfiles para a coisa. 

Vamos lá ver uma coisa: daqui a 4/5 meses, teremos o Carnaval, o nosso Carnaval, em que quem quiser se pode mascarar, em que as crianças vão mascaradas para a escola, em que as crianças (e adultos, vá) participam nos seus desfiles... Porquê, então, estarem a arranjar mais isto?

É que o Halloween não é, simplesmente, uma ocasião em que as pessoas vestem as suas máscaras. Ou melhor, é, mas tem uma origem histórica que não faz lá grande sentido para Portugal... Querem saber a história? Ide pesquisar, que é para isso que o Google serve... 

Mas pronto, até aqui, eu não achava que fizesse grande sentido, mas tudo bem, deixar as pessoas divertirem-se à vontade. 

Mas isso foi até aqui. Até ontem, mais precisamente, em que  às 22h00 saio de casa e tenho o meu amado carro cheio de farinha. Ele era vidro da frente e lado direito todo cheio de farinha. Uma coisa horrorosa. E como tive que limpar o vidro, de horroroso passou a nojento, com toda aquela nhanha que, depois, tive que limpar, com medo que ficasse agarrado ao carro. E passei-me. 

E depois, ao subir a minha rua e passar no resto do meu bairro, vi que foram vários os carros que tiveram a mesma sorte. E passei-me ainda mais.

Disse-me a minha mãe que ontem, depois de os meus pais terem chegado com a minha irmã, uns miúdos tocaram à campainha mas que cá em casa ninguém lhes abriu a porta. E como era o meu carro que estava à porta, do lado de fora, foi o meu carro que levou com a farinha. E ficou nojento. 

Resultado: hoje lá tive que lavar o carro, o que dá sempre algum trabalho.

Assim, e para o próximo ano, já sei: dia 31 não abro a porta a ninguém e depois de tocarem à campainha, vou para a rua e se alguém fizer a mesma brincadeira, levam com ovos em cima. Ou com uma mangueirada. Ou faço-os limpar o carro com uma escova de dentes. Enfim, tenho um ano para pensar. 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Não sei quem é o meu verdadeiro eu

Há uns anos, algures no Secundário (e antes do grande drama da minha vida ter acontecido), a minha stôra de História disse-me que sempre que se lembrava de mim lembrava-se de mim a rir-me. Porque eu era uma miúda bem-disposta que, efectivamente, se ria muito. Claro que, na altura, já tinha algum do meu mau feitio; no entanto, é verdade o que dizem, que isso tem tendência a aumentar com a idade. Por outro lado, é também verdade que no auge dos meus 16/17 anos, também teria alguns problemas... No entanto, eram os problemas de uma miúda de 16/17 anos sem grandes problemas.

Entretanto, entrei na Faculdade, o meu mau feitio aumentou, o drama da minha vida surgiu e, bem, demorou a passar (será que já passou?). No entanto, e em retrospectiva, percebo que, apesar de tudo, não foi aí, no período 2007-2012 que bati no fundo.

Porque, entretanto, aconteceu o período 2012-2013, a Idade Média da minha vida. Sim, depois de passado esse período, e depois de analisado e re-analisado, percebo que, de facto, esse foi o pior período da minha vida. O momento da conclusão que, efectivamente, a maioria das decisões importantes da minha vida foram erradas; a conclusão que deixei demasiadas coisas para trás; a conclusão que a solidão existe e é lixada. Se nalgum período da minha vida andei realmente depressiva, foi nesta altura. 

Mas depois, veio o Verão e as férias que, incialmente, seriam "forçadas" mas que acabaram por ser a melhor coisa que me aconteceu. 

Porque descansei realmente. 

Porque depois de ter concluído que parte da minha vida foi um "erro", consegui aceitar esse erro. E tentar dar a volta por cima. Ok, infelizmente não é possível voltar atrás no tempo; no entanto, e se não queremos/podemos "voltar atrás", há que erguer a cabeça e lutar, aproveitar as oportunidades que surgem e "se o "plano A não funcionar, mais 25 letras no Alfabeto". 

E, assim, se estava num estado depressivo, saí dele. Senti-me melhor, mais alegre e, sobretudo, mais leve. Sim, ainda tenho o meu mau feitio. Sim, ainda me irrito muito facilmente com certas coisas e certas pessoas. Sim, continuo sem pachorra para demasiadas coisas para as quais poderia ter. Sim, continuo a não ser uma pessoa especialmente fofinha. Mas sinto-me melhor. 

No entanto, percebo, ao ler coisas que escrevi na Idade Média da minha vida, que ainda me identifico com algumas delas. Que talvez os sentimentos da altura não estejam tão enterrados, tão desaparecidos, como eu achei que estivessem. 

E, desta forma, não sei que é o meu verdadeiro eu neste momento. Ou, melhor, não sei quem é o meu verdadeiro eu. Ponto final. E independentemente do momento.


domingo, 27 de outubro de 2013

Eu não sou pessoa de mostrar grandes sentimentos - afinal, tenho fama de ser uma pequena pedra de gelo e gosto de fazer jus a essa fama. 

Eu não sou uma pessoa especialmente optimista - prefiro ser realista e racional. Sou adepta daquele verso do "Forever Young" do "Hoping for the best but expecting the worst" porque já aprendi que isso é mesmo o melhor a fazer-se.

Eu não sou uma pessoa especialmente sociável, com facilidade em conhecer novas pessoas e, sobretudo, confiar nelas. Na verdade, nem em confiar em "velhas pessoas" eu tenho facilidade... 

Eu não gosto de falar de mim, não gosto que demasiadas pessoas saibam o que se passa na minha vida e não tenho facilidade em partilhar o que sinto.

E apesar de, muitas vezes, achar que tudo isto me torna "adoravelmente estranha", a verdade é que isso pode ser um problema... Mas, por outro lado, a outra verdade é que, desta forma, defendo-me - provavelmente, essa é a grande razão de eu ser assim.

Defesa.

Auto-preservação.

domingo, 20 de outubro de 2013

Tumbas!

Obrigada ao Arrumadinho por ter partilhado esta teoria publicada pelo NY Times.

Mais uma vez, faço parte de uma minoria - faço parte da minoria que, quando corre, em vez de apoiar o calcanhar, apoia os dedos dos pés. O que já originou alguns comentários e sugestões do género "tu devias apoiar os calcanhares". Mania que as pessoas têm de se meter na vida dos outras, pá!

Porque parece que, afinal, sempre corro bem, principalmente tendo em consideração a minha condição de "joelho deficiente"!

Diz a reportagem que quem tem problemas de joelhos (confere) deve correr apoiando-se nos dedos dos pés (confere). Por isso, não tenho que mudar a minha forma de correr! Keep going, B.L.! Ou, neste caso, keep running!


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

"Aviso"

Sou uma rapariga orgulhosa que raramente dá o braço a torcer. Sei que isso é mau e sei que, por isso, perco muita coisa. Mas é assim que sou.

Por outro lado, estou muito habituada a estar sozinha e, apesar da solidão que, por vezes, sinto, estou habituada a lidar com isso. E, no limite, estou habituada às vantagens que daí advêm - porque sim, há vantagens.

Além disso, sou independente, adepta do "eu sou mais eu". 

Assim, volto a dizer: sou uma rapariga orgulhosa que raramente dá o braço a torcer. No entanto, nos últimos dias tenho dado o braço a torcer. Porque reconheço que posso, eventualmente, ter alguma culpa. Mas cuidado: posso estar a dar o braço a torcer, mas não deixo que mo torçam completamente. Sempre me disseram que eu sou torcida; mas uma coisa é eu ser torcida, outra coisa é o meu braço ser completamente torcido e retorcido - isso eu não deixo. Por isso, cuidado. 

Hoje foi o primeiro dia que não dei o braço a torcer. E não custou muito.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Esqueci-me de registar aqui...

Mas hoje, na passadeira, voltei a bater o meu record aos 5 km... Hoje foi em 28 minutos e 40 segundos, ou coisa parecida.

Isto é bom! :)

E agora vou mas é tentar dormir um bocadinho.

domingo, 13 de outubro de 2013

Um dia...

Corro 10 km de seguida.

Hoje não foi o dia, mas esse também não era o objectivo.

Hoje corri 5 km, na passadeira, em 29 minutos e tal. Ponto para mim! :)

No entanto, tenho como objectivo conseguir correr 10 km... Sim, contento-me com pouco. Não me meto em aventuras de maratonas ou meias maratonas. Admiro profundamente quem o consegue fazer, mas eu não sou menina para isso ;)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Uhhh!!!

Hoje, no ginásio, bati o meu record na passadeira. 


5km07 em 30 minutos.

YEAH!

Até aqui, o meu melhor, na passadeira, havia sido 5km em cerca de 33 minutos e qualquer coisa.
Em rua, o meu melhor, marcado aqui, foi 5km em 28 minutos e 36 segundos. 

Tendo chegado à conclusão que corro mais em rua que na passadeira, o tempo de hoje pareceu-me para lá de espectacular. Mesmo. 

Fiquei mesmo feliz, caraças!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Quem me conhece há 20 anos é que me sabe descrever


Em resposta a qualquer coisa como "Agora que essa tranquilidade acabou, estou outra vez a pensar, pensar, pensar e pensar, o que faz com que surjam muitos macaquinhos neste sótão."

E o pior? É que ela tem toda a razão!

E quando eu penso que, finalmente, me estou a tornar numa pessoa mais calma,

O meu tão adorado cérebro, se é que ele existe, resolve activar o modo ansioso e awkward, resolvendo que, se calhar, o melhor é mesmo voltar ao bom e velho overthinking. Acho que ele é um sacana e pensou "Estás calma, menina?! Isso não pode ser!! Ora vamos lá ver umas coisas...". 

E agora, que algumas das dúvidas deixaram de existir, eis que surgiram outras. Eis que me vejo numa situação que me é estranha e, por isso, não sei como reagir e actuar. Sim, não estou habituada a situações como esta e, por isso, dou por mim, frequentemente, a panicar. E, depois, a ficar com vergonha por isso, porque panicar por razões destas é, na realidade, e muito sucintamente, ridículo. 

E, para além de panicar, vejo-me a questionar. A questionar muito e, provavelmente, mais do que devia. 

E essas questões levam ao overthinking. E o panicar leva ao overthinking. E o overthinking não me leva a lado nenhum.

domingo, 6 de outubro de 2013

Yes!

É bom perceber que apesar da minha, por assim dizer, "melhor disposição" actual, continuo com o meu adorado mau feitio que me caracteriza.

Estou a ver o Factor X e se há coisa que não percebo é a partilha de sentimentos e de coisas da vida privada dos concorrentes. Qual é a necessidade? Porquê? 

Não tenho pachorra.

(E sim, gosto de ser assim 😆)

Sou uma fraca

Dilema de Sábado à noite e de quem era para ter saído mas, em vez disso, ficou em casa:

Tenho fome.

Vou comer bolachas ou armo-me em forte e/ou demasiado preguiçosa para ir até à cozinha e fecho mas é a boca? 

Afinal, consegui perder algum peso e agora gostava de o manter durante uns tempos... 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Humpft

Porque é que os médicos nunca são pontuais? Porquê? 

Ok, eu sei porquê... Está certo, têm muitas emergências, coisas inesperadas acontecem em hospitais onde trabalham... Mas sempre? SEMPRE? 

Enfim. Valha-nos o telemóvel que nos faz passar o tempo... Se calhar mais valia era ter trazido o livro!

Dexter,

A nossa relação não foi muito duradoura; pelo contrário, foi um romance de Verão, de fim de Verão, fugaz e intenso, em que, por vezes, dava por mim a contar o tempo que faltava para te poder ver ou que adiava outros "prazeres" só para estar contigo.

Tivemos alguma sorte, sabes? Porque a nossa relação aconteceu numa altura em que tinha disponibilidade para te poder dedicar todo este tempo. Numa altura em que podia passar grande parte da noite contigo sem que a manhã saísse prejudicada. 

Mas como a maioria das relações de Verão, a nossa relação acabou. Fui feliz enquanto durou, é certo; no entanto, é tempo de avançar.

E agora, que acabou, não sei o que pensar em relação ao final. Não sei mesmo. Acho que vou ter que dormir sobre o assunto. 

Ainda assim, obrigada. Obrigada por todas as horas felizes. Obrigada por toda a tua complexidade, por todos os teus lados, pela tua personalidade.

Gostei. Gostei bastante. Gostei muito. 

E, apesar de ter acabado, continuo a não conseguir deixar de pensar: Como é que te deixei passar tanto tempo?

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mais alguém? Não? Crescer deve ser isto...

Ok... Então parece que mais uma amiga minha se vai casar no próximo ano.

E quando é que ela me disse isso? Quando? Quando estávamos no carro e eu estava a pôr a terceira. Boa, Rita, boa!

Parvoíces à parte... Estou tão feliz por ela! :)

Eu não sou, de todo, daquelas pessoas que deseja profundamente o casamento, os filhos e todas essas coisas. Não sou. Mas esta minha amiga é. E, por isso, estou realmente feliz por ela :) 

domingo, 29 de setembro de 2013

Carta a ti, que nunca a vais ler, número 2

Estou sempre a gozar contigo e com o facto de seres 4 anos mais velho que eu. Estou a sempre a gozar contigo, a chamar-te fóssil e cota. Estou sempre a gozar contigo devido à nossa diferença de idades (que até nem é assim tão grande), já te tendo inclusivamento mostrado que se nos tivéssemos "envolvido" na altura em que "falámos" pela primeira vez, há 9 anos, quando eu tinha 15 anos e tu 19, talvez fosse caso de polícia. 

Tu dizes que não; dizes que apesar de seres 4 anos mais velho e de estares quase a fazer 28 anos, não deixas de ser um miúdo. 

E a verdade é que até ontem, eu "só" conhecia esse miúdo. Mas ontem, quando expus alguns dos meus "macaquinhos" e das minhas dúvidas em relação a nós, tu mostraste o adulto que há em ti. E esse adulto conseguiu lidar comigo e "acalmar" as minhas preocupações. O que, diga-se de passagem, não é fácil.

Sim. Continuo sem saber o que sinto por ti. Gosto de estar contigo, gosto dos nossos momentos, gosto de tudo isso; contudo, continuo sem saber o que sinto por ti. Contudo, continuo sem me sentir "arrebatada" (how lame is that?). Mas, pelo que disseste ontem, já não me preocupo tanto com isso. 

E, por isso, obrigada. 

Olá, eu sou a B.L. e tenho um vício

Acabei a 7ª temporada do Dexter. Mais uma, que talvez a "pape" em 3 dias, e finito, acaba-se o Dexter.

Que série tão boa.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

...


Não sei...

É vício

Ora bem, foi no dia 22 que comecei a ver a 6ª temporada do Dexter, não foi?

Pois, shame on me, que a acabei de ver agora... 

E estou a modos que WHAT THE FUCK? 

Vantagem de estar a ver a série toda de seguida: não tenho que esperar não sei quantos meses pelo início da temporada seguinte. Assim, vou já espreitar o primeiro episódio da 7ª temporada, só para ver o início... Vá, deixem-me ser viciada à vontade :)

domingo, 22 de setembro de 2013

Será vício?

Provavelmente, sim.
E uma tentativa de recuperar o tempo perdido.
Dia 17 de Setembro acabei a 4ª temporada do Dexter... Hoje, dia 22, acabei a 5ª temporada.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Às vezes eu apanho uma coisinha má no ar e torno-me fofinha




E depois derreto-me com esta curta-metragem (bem melhor que o filme que a sucedeu) e com este cartaz. 

Mas shiuuuu, não digam a ninguém!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ok, eu sei que estou 4 anos atrasada,

Mas que final espectacular foi o final da 4ª temporada do Dexter? 

Muito bom... Muito bom.

Outra vez: 

COMO É QUE RAIO EU DEIXEI ESCAPAR ISTO TANTO TEMPO?

domingo, 15 de setembro de 2013

Tecnologia e eu

Antes de comprar o meu iPhone, estive um bocado indecisa entre ele e um Samsung, com o sistema operativo da Android. A minha questão era, essencialmente, o preço: não comprando o topo de gama da Samsung, acabaria por gastar muito mais no iPhone que no Samsung e, no limite, acabariam por ser bastante parecidos. 

No entanto, acabei por optar pelo iPhone. 

E ainda bem que o fiz. 

Em primeiro lugar, porque o adoro.

Em segundo lugar, porque apesar de o adorar, ele agora avariou-se. Uma maçada. Fui à Vodafone, deixei-o para arranjar e, enquanto a solução não for apresentada (que passa pela reparação ou pela entrega de um novo), tenho um telemóvel de substiuição que, apesar de não ser Samsung, é Android. Ok, acredito que os Samsung sejam bastante melhores que este (um telemóvel Vodafone, julgo que será da Alcatel), mas após uns dias com ele, só consigo dizer: mil vez o sistema IOS! 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Carta a ti, que nunca a vais ler.

Tu confundes-me.

Não em relação ao que tu queres, mas em relação ao que eu quero.

Eu sou confusa, eu sei, e tu só ajudas a tornar-me mais confusa. Porque, simplesmente, não sei o que quero de ti. 

Gosto de estar contigo. 

Mas não sei se quero mais para além disto. Eu diria que não... Mas eu gosto de estar contigo. 

Desculpa.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Ai que graça!





Portanto, há por aí uma pessoa que chegou ao pasquim pesquisando por "mandar tudo à merda". Muito bom. Muito bom.

Sim, é bom mandar tudo à merda!

Então e se...

Aproveitasse o facto de só ir começar a trabalhar em Outubro e me presenteasse com uma viagem? 

É uma ideia que já me passa pela cabeça há uns tempos, a de ir fazer uma pequena viagem sozinha, mas agora tenho mais vontade para a coisa. 

Possíveis destinos: Amesterdão ou Barcelona (com mais vontade de Amesterdão).

Era uma ideia gira!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sim, é verdade

No ano passado, por esta altura, com o curso acabadinho de concluir e com o estágio já iniciado, eu só pensava negativo, só pensava que (quase) tudo na minha vida tinha sido um erro, que nunca tinha feito nada de jeito. No ano passado, por esta altura, andava triste, realmente triste, e desesperava por não ter uma máquina do tempo que me fizesse ir até lá atrás para poder tomar outras decisões. 

Este ano, agora, continuo a achar que muitas decisões que tomei foram erradas, continuo a achar que fiz muitas coisas mal e que deixei muitas outras por fazer. No entanto, já aceito isso melhor, o que, não obstante o facto de continuar com muitos "macaquinhos no sótão" e de continuar com alguns dos meus "fantasmas", me faz sentir bastante melhor. 

Sinto-me entuasiasmada com este novo desafio profissional que aí vem, e que afinal só começa em Outubro. 

Talvez porque é completamente diferente daquilo que fiz no último ano, mas sinto-me entusiasmada. 

Sinto-me bem, rio-me com vontade sem pensar que, na realidade, só me apetece chorar. Sinto-me leve, sem pensar muito nos tais macaquinhos e nos tais fantasmas. 

Quero ser feliz. Andei mal e, agora, quero andar bem. 
Admito que, para além de às vezes não saber o que fazer com este estado de espírito, tenho medo dele, porque, dizem, "quanto maior é o voo, maior é a queda"; mas não me importo. Se cair, pelo menos estive lá em cima. E isto sabe-me bem.

Quanto às borboletas que faltam na minha vida... Isso é outra história.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Quando uma porta se fecha e muitas outras não se abrem...

Há uma janela, completamente inesperada, que se abre. Nem sabia que ela estava lá, mas abriu-se e quero aproveitar tudo aquilo que ela tem para me oferecer. 

Tenho mais uma semana de férias e, dia 16,vou começar a fazer algo completamente novo para mim. 

Outra coisa boa disto? Distrai-me da falta de borboletas na minha vida...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Hum...

Se não há borboletas, vale a pena insistir?

Sinto que isto vai dar alguma confusão, o que é uma chatice, porque não queria.

Vantagens de estar de "férias"

As minhas insónias, ainda que irritantes, não trazem problemas de maior. 

Ver sempre o copo meio cheio!

sábado, 31 de agosto de 2013

Humpft

De vez em quando vou ao Shiuuuu ver como é que para os segredos das outras pessoas. 
E, a sério, porque é que aquilo mais parece o Consultório Sentimental da revista "Maria" ou similares?

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O meu problema

É que eu quero apaixonar-me pelas coisas.

Como aparte, mas que fará também parte do problema, noutra dimensão, eu quero ser apaixonada pelo que faço profissionalmente - e, talvez por isso, é que ainda não sei o que quero ser "quando for grande": porque ainda não encontrei aquilo que me faz realmente entusiasmar (ou encontrei e fui burra para não ter percebido que tinha encontrado e atirei completamente ao lado).

E não me quero envolver com alguém por quem eu não esteja apaixonada, por quem não sinta borboletas, por quem eu não espere ansiosamente que me diga alguma coisa. É que, para mim, se não for para ser a sério, acho sempre que não vale a pena. Assim, não me consigo envolver se não for para ser intensamente, se não for para dar tudo, para sentir tudo. Até posso achar graça, piada, gostar de conversar, sentir alguma afinidade; mas se não sinto como sendo intenso, não me consigo envolver.

Talvez eu veja as coisas ao contrário daquilo que elas são, ao contrário daquilo que elas realmente funcionam. Talvez o processo normal seja sentir-se alguma afinidade, simpatia e, daí, paixão e/ou amor.

Mas eu não sinto as coisas assim; para mim, uma relação só funcionará se, logo no início, a afinidade e a simpatia se aliarem imediatamente à paixão, ao desejo incontrolável de estar com aquela pessoa, de o sentir junto a mim, de o ter para mim.

No entanto, o problema, é que há muito tempo (demasiado tempo) que não sinto isso. Há muito tempo que o máximo que sinto por alguém são aquelas "crushes" que passam tão depressa como aparecem. Há muito tempo que não me apaixono verdadeiramente por alguém.

E isso é uma chatice, porque faz com que eu esteja há muito tempo sozinha. Tanto tempo que já não sei se conseguirei estar "acompanhada". 

Nem sei que dizer, pensar, fazer... Estou em choque!

Razão número 1: depois de ter ido ao casamento do meu amigo, de outro casal amigo meu estar a preparar o seu casamento, de uma amiga minha ter ido viver junto com o seu namorado, hoje soube que uma colega minha da Faculdade se vai casar. Agora a sério, gente, o que é que se passa? Estão todos a crescer e ninguém me avisou?!

Razão número 2: Summer Finale de Pretty Little Liars. Oi?! Como?! Quando?! Onde?! No es possible! Será que é mais uma coisa para enganar os espectadores? Eu acharia que sim, mas já li que não... Hein?! 

Pronto, agora tenho que descansar sobre os assuntos.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Não me sinto lá muito confortável com isto...

Mas comecei a ver, finalmente, a ver o Dexter. E para além de pensar como é que raio eu deixei escapar esta série durante tanto tempo, não consigo de deixar de, por vezes, me identificar com o Dexter. E isso talvez seja ligeiramente preocupante... Não??!!

domingo, 18 de agosto de 2013

Clique

Às vezes, não sabemos muito bem como, porquê e quando, dá-se um clique. Um clique que muda a nossa percepção sobre as pessoas e sobre o que esperar e/ou querer delas. Um clique que nos muda e que nos leva a ansiar mais, a esperar mais, a querer mais - ainda que não se queira tudo. 

E esse clique, ao mudar-nos, torna-nos menos complicados; esse clique, fazendo-nos esperar por algo, torna-nos mais felizes. 

Há muito tempo que um clique destes não se dava em mim. Agora, é ver se o clique não se "desclica" e aproveitar!

sábado, 10 de agosto de 2013

Será verdade?

Será que já aconteceu a todas as raparigas olharem para um rapaz, que está "acompanhado", e pensarem "tu ficava tão melhor comigo!"? 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Isto talvez seja frustrante

O Simão Morgado, antes de ser júri do Splash, já era um dos melhores "nadadores da actualidade", tendo representado Portugal em importantes provas internacionais diversas vezes. No entanto, nunca terá sido reconhecido por isso. E agora continua a não o ser... Agora, e apesar de, aos 35 anos, ter acabado de competir em mais uns Mundiais de Natação, é reconhecido por ter sido júri do Splash.

E como é que eu sei isto? Porque sou sortuda o suficiente para o ter aqui quase ao meu lado na praia... Ai aqueles ombros... 

Pronto, eu sou admiradora de natação e de nadadores ;)

sábado, 3 de agosto de 2013

Mudança de paradigma

O meu último ano não foi fácil. 
Por várias razões, o meu último ano foi horrível... Sei que, de fora, esta minha "declaração" pode parecer um exagero, um ataque de menina mimada, uma manifestação de Drama Queen. E é possível que, no limite, esteja a exagerar, porque, afinal, há coisas muito piores, vidas muito piores, problemas muito mais graves.

Mas quando nós não temos esses problemas muito mais graves, os nossos problemas correntes moem, magoam, entristecem, enfraquecem, "massacram".

E, assim, o último ano não foi fácil. 

Mas hoje, agora, estou de férias. É certo que não são umas verdadeiras férias, ou são umas férias forçadas, mas não deixam de ser umas férias. 

E, mais do que férias, estão a ser o tempo, e o lugar, que eu precisava.

Estão a ser o tempo para clarificar ideias, para tomar resoluções. Para perceber que terei a capacidade de abrir horizontes. 

Estão a ser o tempo que eu precisava para, pelo menos por agora, me sentir melhor. Para não me sentir, como me senti a maior parte do último ano, triste, perdida, desesperada. 

Afinal sempre é verdade. Afinal, sempre é verdade que às vezes é preciso parar para pensar, parar e mandar tudo à merda. 

Não sei quanto tempo este novo paradigma durará; no entanto, sei que, agora, estou melhor que aquilo que estava há 6 meses. E isso é bom, porque há 6 meses me sentia muito mal.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Coisas boas

Ao sair da praia, precisar trocar os óculos de sol pelos óculos "normais".

Razão: Ter ficado na praia até depois do pôr-do-sol

domingo, 28 de julho de 2013

sábado, 27 de julho de 2013

E é por estas e por outras que gosto de Saramago

"(...) deserto é tudo quanto esteja ausente dos homens, ainda que não devamos esquecer que não é raro encontrar desertos e securas mortais em meio de multidões."

De "O Evangelho segundo Jesus Cristo"

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Entretanto

Faz hoje um ano que defendi a Tese e, assim, acabei o curso. 

Talvez devesse estar mais feliz; no entanto, não consigo deixar de pensar que foi tudo um erro, ou um desperdício, e que não me levou a lado nenhum. 

Tirando o vento...

Por aqui continuamos bem.


Screwd up

Se eu me descrevesse com a maior sinceridade possível (e não com aquelas descrições que nos pedem em entrevistas de emprego), teria que dizer, numa palavra, confusa. 

Confusa sobre mim.
Confusa sobre o que quero da vida.
Confusa sobre o que quero dos outros.
Confusa sobre o que quero dar aos outros.

Teria que dizer que penso demasiado.
Teria que dizer que, apesar de gostar da ideia de me atirar de cabeça para uma coisa qualquer, não o consigo fazer sem pensar demasiado. 
Sem pensar nas razões pelas quais o quero fazer. 
Sem pensar se o quero realmente fazer ou não. 
Sem pensar nas consequências de o fazer. 
Sem pensar se não existirá uma outra razão que, lá no fundo (ou não tão fundo assim), eu sei que pode estar a influenciar a minha suposta vontade de o fazer, mas que, se estiver, é simplesmente triste.
Sem pensar que, afinal, isto não seria aquilo que eu quereria para mim. Mas que, surpreendemente, agora não me parece completamente errado. 

Se eu tivesse que me descrever, diria que sou completamente apanhada da cabeça. Porque, aparentemente, não consigo aproveitar o que aparece e, surprendentemente, até gosto, e ser feliz.

domingo, 21 de julho de 2013

E depois do casamento, o descanso

Apontamentos de um casamento

- Casamentos de amigos têm muito mais piada... Quanto mais não seja porque, na mesa, estamos com pessoas que realmente conhecemos e familiaridade é uma coisa muito mais engraçada que as conversas de circunstância.

- No próximo "evento" a que for, não posso fazer qualquer penteado que, de alguma forma, apanhe o cabelo e que exponha a quantidade enorme e deprimente de cabelos brancos que eu já tenho.

- Não há mesmo nada a fazer, sou aquela pessoa que sem saber muito bem como, se mete em situações embaraçosas.

- O mundo é um sítio estupidamente pequeno. 

- Descobri que devo ser excepcionalmente estóica: no final da festa, era ver as meninas/senhoras todas de sandálias, sabrinas, etc... Eu, valente, mantive-me nos saltos, ainda que eles me estivessem largos e os pés a doer.

- Não sou uma pessoa que goste especialmente de casamentos: apesar de este casamento, por ter sido de um amigo e por conhecer muitas das pessoas que lá estavam, ter tido bem mais graça, a verdade é que todas as tradições e outras "cenas" dos casamentos chateiam-me.

- Estou feliz com a compra que fiz do vestido. Já o tinha usado no Jantar de Finalistas da minha irmã e já tinha gostado bastante; agora, apenas confirmei o quanto eu gosto dele, o quanto ele é confortável, diferente e bonito, ainda que simples. E como eu, apesar de tudo, até sou vaidosa, confesso que gostei de ouvir elogios (e olhares) que me pareceram sinceros.




sábado, 20 de julho de 2013

Estou a ficar velha

Hoje é o primeiro casamento a que vou de um amigo meu e não de família/amigo dos meus pais/filho de amigo dos meus pais. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Gosto disto!

Hoje voltei a bater o meu record...


5km em 28 minutos, 36 segundos e 23 centésimos!!!

Adoro!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Dizem que quando Deus fecha uma porta abre uma janela... Será verdade?

Eu não acredito em Deus... Mas será que quando começamos a achar que se calhar as portas estão todas fechadas e não temos nenhuma chave para as abrir descobrimos, no cantinho da sala e bem escondida, uma janela?

Pode ser que sim.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Quem diria que correr é, afinal, uma coisa boa e uma actividade que já se vai tornando um hábito?

Hoje esqueci-me do relógio... Mas em vez dos habituais 5km, hoje corri 6! 

E como é bom calçar os ténis, pôr os phones nos ouvidos e correr à beira-mar! 

O meu cabelo e eu

Aos 24 anos encontrei aquela que foi, até agora, a melhor forma de cuidar do meu cabelo.

O meu cabelo é horrível: encaracolado, mas não muito, e fino (para além de ser tendencialmente seco). O que o torna extremamente chato, porque, muitas vezes, fica naquela meio-termo do "os caracóis desapareceram, mas não está liso, e está horrível". E isso leva-me à loucura. 

Dizem-me: ah e tal, porque é que não usas uma espuma, uma laca, um produto x ou produto y?

Ora... Vamos lá ver uma coisa: quando ponho espumas, o cabelo fica meio pagajoso, acontecendo o mesmo com a laca, o que lhe dá um aspecto horrível e pouco confortável. Especialmente para mim, que adoro ir mexendo no cabelo - eu sei, um hábito terrível. 

Outros produtos vou experimentando, mas acabam por ser mais úteis para a "secura" do cabelo do que propriamente para manter os caracóis.

Até que há uns meses ouvi falar de um "produto do Rui Romano, óptimo para os caracóis". Uma descrição bastante vaga, portanto, mas que me fez ir até lá e ver o que é que por lá havia. 

Lá indicaram-me este: 

E eu pensei "pronto, ok, posso experimentar, vamos lá ver."

Ao experimentar e cheirar o produto, cheguei à conclusão que já tinha experimentado um produto desta linha algures em 2005 - um dos tais produtos que me deixava o cabelo pegajoso - mas como a embalagem, entretanto, mudou, não percebi isso na loja. 

Mas não desisti. Experimentei, fiz o que a menina me disse (i.e., pentear o cabelo, depois de o lavar, normalmente e, depois, pôr o produto no cabelo e "amachucar" o cabelo). e... Pronto, não ficou tão pegajoso como quando punha outros produtos, mas não ficava muito "confortável". Depois de o ter utilizado durante uns tempos, fui deixando de o usar - entre outras razões, por não ficar "confortável". 

Até que ao ouvir-me queixar pela milionésima vez do meu cabelo e em como nada resultava e em como eu um dia destes ia mas é rapar o cabelo, para ver se ele cresce como deve ser (adoro ser dramática), a senhora minha mãe sugere que eu utiliza este produto de outra forma - em vez de pentear e pôr o produto, pôr o produto, espalhar bem pelo cabelo, pentear para espalhar ainda mais e, finalmente, "amachucar" o cabelo.

E voilá, a coisa tem resultado: os caracóis mantêm-se de um dia para o outro e ainda para outro e o cabelo não fica nem pastoso, nem oleoso, nem seco. 





E pronto, pode ser que tenha encontrado, agora, um dos melhores amigos do meu cabelo... (a ver é se com a sorte que eu tenho o produto não é descontinuado).

Há toda uma evolução...

No Pré-Histórico ano de 2007, a minha candidatura à Faculdade foi assim...


No super evoluído ano de 2013, a candidatura da minha irmã mais nova à Faculdade é assim...



Sinto-me velha, caraças... 

(Podemos voltar a 2007?)

Humpft

Andar de transportes sem passe é uma chulice que não lembra ao Diabo. Vão roubar para a China, sim?

Entretanto... Há quanto tempo é que as novas notas de 5€ entraram em circulação? É que as máquinas de bilhetes são tão espectaculares que ainda não as aceitam, e uma pessoa, que não sabe, anda ali numa dança gira de "põe nota, máquina cospe a nota, pessoa volta a pôr nota, máquina volta a cuspir a nota, pessoa começa a praguejar e manda a máquina para o c******". 

Pronto, se calhar estou é mal-disposta... Talvez porque tenho que ir à minha antiga empresa tratar de uma coisa que, se não fosse pela incompetência, podia ter tratado quando ainda lá estava. Portanto, outros que também podiam ir para o c******.

terça-feira, 16 de julho de 2013

A tentar decidir se estou a gostar ou não...


Acabei de terminar de ler a Primeira Parte deste livro e não consigo dizer se estou a gostar ou não.

Eu gosto de História: gostava das aulas de História, gostava dos Manuais de História, gosto de documentários de História, gosto de livros de História, gosto de Museus, gosto de pesquisar História. Enfim, eu sei, sou uma croma ;)

Por isso, eu deveria estar a gostar deste livro, uma vez que, pelo que li até agora, é quase um documentário sobre a vida de William E. Dodd enquanto embaixador americano na Alemanha de 1933.

No entanto, talvez porque estava à espera de um livro do género dos de Ken Follet, não me está a entusiasmar por aí além. 

Enfim, vamos ver.

domingo, 14 de julho de 2013

E o treino continua...

Hoje fiquei um bocadinho aquém do tempo do outro dia (apesar de me ter mantido na casa dos 29 minutos), mas isso agora não interessa (quase) nada.

Quem diria que eu, afinal, até gosto (e consigo) correr distâncias!

sábado, 13 de julho de 2013

O ponto alto do meu ano





Corri 5km em 29 minutos, 2 segundos e 67 centésimos. O que para mim foi o meu record. Pumbas!

Até agora, eu só contava o tempo na passadeira e, aí, o meu melhor tinha sido 5km em 33 minutos, há demasiado tempo. Desde aí, na passadeira, raramente me dava ao trabalho de correr 5km, porque havia sempre mais coisas para fazer no ginásio.

Por outro lado, quando ia correr para o Paredão, nunca levava relógio/cronómetro. Até ao dia de ontem, em que ressuscitei o meu velhinho velhinho velhinho Casio Baby G - uma edição especial dos Golfinhos e das Baleias :)

E hoje, o meu Baby deu-me este presente. Fui sempre controlando mais ou menos o tempo ao kilómetro (infelizmente, o relógio não faz parciais) e fui percebendo que talvez desse para fazer pelo menos em 30 minutos - o que seria bem menos que o meu melhor. E acabei por fazer em 29 minutos.

Tão bom.

Principalmente numa altura em que... Enfim, nem vale a pena pensar nisso e/ou expressar esses pensamentos.

Agora o objectivo é ir melhorando este tempo. Ou aumentar os kilómetros corridos... Será este ano que faço a Corrida do Tejo?

quarta-feira, 10 de julho de 2013

As mulheres às vezes são tão idiotas

A sério, nós somos estúpidas? Acéfalas? 

Hoje, na praia, tive a sorte (ou o azar) de estender a toalha ao lado de um rapaz e rapariga que, aparentemente, seriam dois amigos normais. 

Aparentemente. 

Porque bastou-me estar ali 1 minuto para perceber que a rapariga estava totalmente interessada no rapaz, a fazer-se descaradamente ao piso (o que é terrível, como se irá perceber a seguir), e que o rapaz não estava nem aí para a rapariga, correndo o risco de, até, a achar chata.

Comecei a ouvir o seguinte diálogo:

Rapariga - Ah, gosto imenso dessa tatuagem (voz meio dengosa)... Tem algum significado? 

Rapaz - Tem. 

(...)

Rapariga - Eu também gosto imenso de tatuagens... Só não faço mais porque enfim! Mas não percebo as pessoas que as fazem só porque sim... 

(...)

Mais tarde:

Rapariga - Mas o que é que faz a tua namorada? [E por isto é que eu acho terrível a rapariga se estar a fazer descaradamente ao piso... ELA SABIA QUE O RAPAZ TINHA NAMORADA E TEM O DESCARAMENTO, ESTANDO-SE A FAZER A ELE, DE PERGUNTAR PELA NAMORADA!!! É que para além de ser um bocado, vá, cabra, ainda é burra... Se eu alguma vez me fizesse a alguém que tivesse namorada, não o ia lembrar disso! - Credo, serei, também, uma cabra??]

Rapaz - É professora.

Rapariga - Ah, então agora tem menos trabalho... As aulas já acabaram e tal...

(...)

Rapariga - Mas é professora de quê? Ensino Básico ou Secundário?

Rapaz - Secundário. 

Rapariga - Ah, isso deve ser super stressante, coitada! Essa idade é tão chata! Todos nós já passámos por ela e blá blá blá...

(...)
Rapaz - Eu vou ao banho.

Rapariga - Eu vou contigo [voz novamente dengosa].

E ficam nesta conversa quase unilateral durante algum tempo... Eu sei, pelo reproduzido aqui, há poucas evidências reais do bate couro dela. No entanto, houve toda uma dinâmica de linguagem corporal e risinhos e coisinhas que me fizeram crer que sim, a rapariga estava claramente a fazer ao rapaz e o rapaz, provavelmente, não estava a achar grande graça à coisa. Ainda assim, e como eu ainda quero, muitas vezes, acreditar que as pessoas não são parvas, cabras, etc, tentei dar um desconto... Podia ser apenas a minha mente maldosa a trabalhar! Oh, ingenuidade a minha! 

Chega a altura em que a rapariga se tem que ir embora.

Rapariga - Bom, tenho que ir embora... Obrigada pela companhia! [voz dengosa]

(...)

Rapariga - Então amanhã diz alguma coisa!

(...)

Rapariga - Ou se quiseres diz hoje, que eu também não me importo! 

(...)

[E aqui, admito, não resisti e desatei-me a rir... Sou horrível, eu sei.]

Rapariga - Bom, então eu vou andando!

[...]



Agora a sério... Somos parvas, iditoas, burras, ou, simplesmente, quando estamos apaixonadas perdemos toda e qualquer noção do que é, afinal, a nossa valorização para nos sujeitarmos a este tipo de coisas? 

Eu não quero, de todo, estar a cuspir para o ar. Até porque também já tive, claro, e muito, as minhas atitudes idiotas apaixonadas (ainda que, muitas vezes, não admitisse estar apaixonada... "somos só amigos... Eu gosto muito dele, sim, mas como amigo!" - Parva). Mas porquê? Porque é que quando gostamos de alguém acabamos por fazer estas figuras parvas?  Porque é que não percebemos que ele "não está assim tão interessado"? Ou porque é que quando percebemos, tendemos a racionalizar as coisas, a arranjar desculpas, a inventar histórias que nós utilizamos, consciente ou inconscientemente, para esconder o facto de ele não querer saber de nós dessa maneira

Porque é que quando parte da nossa cabeça já sabe que ele não quer saber de nós, a outra parte começa a trabalhar e a arranjar desculpas?

domingo, 7 de julho de 2013

The perks of being a wallflower

Aproveitando o facto de ontem à noite ter ficado pendurada, resolvi ir para a varanda, o único sítio onde era possível estar sem começar a derreter, e terminar o "The perks of being a wallflower", que tinha começado na Sexta-feira. 

E gostei.

Para quem não sabe, a história é narrada por um adolescente de 15 anos, cujo melhor amigo se havia suicidado no ano anterior, e que vai escrevendo cartas a um "amigo", contando a sua experiência no primeiro ano de Liceu - os amigos, as relações amorosas, as relações familiares e a forma como lida com a(s) perda(s).

Poder-se-ia pensar que, devido a este "plot", seria um livro mais juvenil; no entanto, e apesar de achar que eu, provavelmente, gostaria mais do livro se o tivesse lido aos 16/18 anos, não acho que seja um livro desadequado a pessoas na casa dos 20 (ou, até, mais velhas). Porque trata de assuntos sérios relacionados com o crescimento do ser humano e da forma como este lida com os vários problemas que lhe vão surgindo. Ora, e como sabemos, feliz ou infelizmente, nós não paramos de crescer quando acabamos o Liceu e entramos na Faculdade nem os problemas deixam de surgir. Efectivamente, apesar de a história ser narrada por um miúdo de 15 anos, ao longo do livro fui "apanhando" passagens que poderiam, feliz ou infelizmente, ter sido escritas por mim; ao longo do livro, fui "apanhando" passagens que, se fosse inteligente, poderia tentar aplicar à minha vida. O livro, sendo narrado por um miúdo de 15 anos, é uma reflexão que pode ser utilizada por todos sobre a vida, sobre o que somos, sobre o que nos faz ser como somos e que, no limite, é importante que todos façamos de vez em quando, mas sem as tretas dos livros de auto-ajuda. 

Por outro lado, gostei, também, da forma como o livro aborda certos assuntos, como suicídio, drogas, sexo, abuso sexual ou a depressão, porque não o fez de uma forma "infatilizada" (que poderia acontecer devido ao facto de, afinal, a história ser narrada por um miúdo de 15 anos) nem de uma forma demasiado "erudita" (caminho que o autor poderia querer tido tomar de forma a tornar, talvez, o livro mais sério mas que, provavelmente, seria descontextualizado, tendo em consideração, lá está, que a história é narrada por um miúdo de 15 anos). 

Ainda assim, admito que hoje, acabadinha de ler o livro, não consigo dizer se gostei mais do livro ou do filme. Normalmente, e salvo algumas (muito raras) excepções, como foi o caso do "Guia para um Final Feliz", eu gosto mais do livro que da adaptação cinematográfica, independentemente do facto de ter visto primeiro o filme ou lido primeiro o livro. No entanto, com este livro e esta adaptação, não consigo formar já uma opinião a esse respeito. Penso que tal dever-se-á ao facto de eu ter visto o filme há uns meses e de, em retrospectiva, achar que a adaptação foi muito bem feita, com excelentes representações - apesar de algumas alterações e de, no livro, um acontecimento fundamental ser muito melhor explicado e de, no filme, essa explicação não ser tão explícita.  

Assim, para quem viu o filme, aconselho a leitura do livro - não porque o filme tenha ficado mal feito ou mal aptado ou tenha estragado a história, mas porque, apesar de o filme estar muito bom, o livro também está. 




Nota: Claro que a adaptação ao cinema tinha que estar muito boa... Vi agora que o Director é que autor do livro - Stephen Chbosky.

Adenda: Resolvi ver, outra vez, o filme. Continuo a achar que é uma boa adaptação do livro, ainda que com mais alterações que aquelas que eu achava enquanto lia o livro. Por outro lado, o tal "acontecimento fundamental" acaba por, também, ser bem explicado no filme, apesar de não tão bem explicado como no livro - acredito que, quando o vi pela primeira vez, me tenha passado ao lado por ter "descansado os olhos". Aliás, penso que essa será a principal diferença entre o livro e o filme: a forma como o "acontecimento fundamental" é revelado e as consequências da revelação (apesar de culminarem no mesmo "final"). Finalmente, apesar de continuar a achar o filme um bom filme e uma boa adaptação, não posso deixar de dizer que, claro, há coisas que o livro transmite e que o filme, apesar de tudo de bom que tem, não consegue transmitir - é assim, não há nada a fazer: os filmes não conseguem transmitir tudo o que os livros transmitem. Apesar de, felizmente, possibilitarem outras coisas boas.