quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Vamos lá ao balanço?*

2015...
Não foi um ano mau. Posso dizer, na verdade, que o saldo foi positivo. Não correu sempre sobre rodas, é verdade (como os posts aqui atestam), mas penso que o saldo foi positivo.

A nível académico, e apesar da minha decisão, foi um ano que correu bem. Um ano em que gostei do que fiz e em que tive boas notas. Se faltava qualquer coisa? Talvez - e por isso, também, a decisão. Mas foi um ano de muito trabalho, mas bom.

A nível pessoal, foi um ano em que me desiludi algumas vezes com algumas pessoas. E fiz as pazes. E voltei a desiludir-me. E voltei a fazer as pazes. Com tudo isto, foi um ano em que aprendi, ou reaprendi, que as pessoas nem sempre correspondem às nossas expetativas. E que o facto de nós estarmos disponíveis para as pessoas não significa que as pessoas estejam disponíveis para nós. Mas isso serve, também, para crescermos.

Mas, a nível pessoal, aconteceu o melhor: reencontrei o A. e apaixonei-me por ele. Como não? Um bocadinho de sorte, um bocadinho de acaso, um bocadinho de memória extremamente apurada e um bocadinho de paciência. Um bocadinho de medo, mas também de "não vou ter medo", um bocadinho de "tenho que arriscar". E estou feliz. Ele não é perfeito, longe disso, mas é espetacular.

E, coincidência ou não, em 2015 foi também o ano em que deixei para trás o idiota. Foi tarde, mas foi. E ainda bem que foi.

Não gosto de fazer resoluções de ano novo. É parvo, prefiro os balanços. Mas para 2016 quero que a estabilidade que sinto agora, neste momento, enquanto escrevo isto, se mantenha. Quero que o meu novo trabalho, o meu primeiro trabalho a sério, corra bem e que eu cresça profissional e pessoalmente. Gostava de sair de casa dos meus pais, sem dúvida, mas não sei se será possível. Eventualmente. Quero continuar bem com o A. Quero que o bebé dos meus amigos cresça saudável. Quero ter saúde também para mim e para os meus.

E é isto. 2015 embrulhado e arrumado; venha de lá 2016, os 27. Sejam felizes, amiguinhos, que eu também vou fazer por isso :)

*Porque a partir de agora, e até ao dia 1, não vou parar.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Breath in, breath out

Se não tivesse passado por aqueles pensamentos, não estava a ser eu. Eu sou assim. Faz parte do meu charme. Bem, não é charme. Mas faz parte de mim.

Mas já acalmei. Isto é uma coisa boa. A melhor coisa, a nível profissional, que me aconteceu. E as dúvidas surgiram apenas porque eu estou, agora, com demasiado tempo livre para pensar. E para ter cold feet. Mas acabou.

Vou aproveitar esta oportunidade, este Acaso. E daqui a uma semana vou começar a trabalhar. E vou ser feliz. Vou ser uma adulta feliz. Vou trabalhar muito para crescer.

E para 2016, nem que seja para o final do ano, já tenho um desejo: sair de casa dos meus pais.

Eu adoro os meus pais. Os meus pais, cada um à sua maneira, fizeram o melhor que podiam por mim. E eu sou-lhes grata por tudo, por todo o apoio. E estou bem em casa, com eles. Mas é preciso ganhar asas e tirar-lhes o meu peso de cima. Não que seja realmente um peso, mas posso ser um peso.

Breath in, breath out. Let's go.

Porquê?

Porque é que eu não consigo tomar uma decisão e tomá-la simplesmente, sem, depois, ficar a pensar se foi a melhor decisão a tomar?

Estou com muito medo. Estou com medo de não gostar do trabalho. Estou com medo de deprimir. Estou com medo de deixar de ter tempo para a minha vida. Estou com medo de deixar o mestrado pendurado. 

Mas depois, tenho medo. Tenho medo de acabar o mestrado e não arranjar emprego. Tenho medo de acabar o mestrado e não gostar do que vou fazer com ele. Tenho medo de nunca ter condições para sair de casa dos meus pais. 

Mas tenho medo de desistir já de psicologia educacional.

Tenho medo de não ser feliz.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Natal

O Natal está aí.
E vem agridoce.

Eu estou bem. Continuo doente, mas estou bem. Estou tranquila com a decisão que tomei (bem... relativamente tranquila, mas acredito que foi uma boa decisão), estou bem com os meus amigos, a minha família está bem e adoro o A.

Mas...

Mas nunca nada é perfeito. Nunca nada pode ser perfeito.

A minha amiga que teve o bebé só hoje é que vai para casa. Mas o bebé fica no Hospital a recuperar. As coisas estão a desenvolver-se bem, mas ainda há algumas precauções a tomar.

E ontem, para iniciar os dias do Natal, fui a um velório. Bem, não fui a "um" velório. Fui ao velório do Avô do A. E custou-me. Não por mim, que não conhecia o senhor, mas pelo A. O Avô era uma das suas referências (talvez a sua principal referência) e agora ele perdeu-a. Pelo menos fisicamente.

E custou-me ver o A. a sofrer. Ele tem que sofrer, tem que chorar, tem que mandar tudo cá para fora e esquecer todos os afazeres. Mas custou-me vê-lo a sofrer e não conseguir fazer nada para o ajudar.

É um Natal agridoce. É um mau Natal para o A.

Mas é o Natal.

E só nos resta uma coisa: estarmos unidos. Porque, na realidade, o Natal é isso mesmo: União. Seja um bom ou mau momento, é união.

Feliz Natal!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Ui!

Estou em pânico, mas aceitei a proposta.

E aos 26 anos, vou ter, pela primeira vez, um contrato de trabalho a sério, com perspetivas de carreira, com um salário mais ou menos, mas com um bom sistema de comissões.

Se me custa deixar este Mestrado para trás? Custa.

Mas a vida dá voltas. O Estágio Curricular não tem corrido tão bem como eu queria que corresse e, sobretudo, não tenho gostado tanto como achei que ia gostar.

Se estou em pânico com a possibilidade de não gostar? Estou. Se estou em pânico com a possibilidade de me vir a arrepender e achar que afinal devia ter ficado onde estava? Oh, se estou.

Mas tenho 26 anos e tenho que pensar no futuro. E o Futuro em Psicologia Educacional, por mais que eu tenha gostado do primeiro ano do Mestrado, não é particularmente animador.

E se há uma coisa que eu aprendi com a Tese que comecei, é que devemos estar disponíveis para estes acontecimentos meio inesperados. E eu quero crescer. E acredito, mesmo, que este é o primeiro passo nessa direção.

Sooo... Em Janeiro, uma vida nova começa!

Ao fim-de-semana

Ao fim-de-semana posso ir a um centro comercial e comprar o que quer que seja. Porque as lojas estão abertas com colaboradores que, embora muitas vezes explorados, cumprem o seu dever. 

Ao fim-de-semana posso ir almoçar e jantar fora a qualquer restaurante, porque os empregados e/ou patrões, que não terão a mesma facilidade em ir comer fora com as suas famílias nos dias "normais" de descanso, estão lá para atender e servir quem chega. 

Ao fim-de-semana eu posso ir fazer a depilação, arranjar as mãos e cortar o cabelo. 

Ao fim-de-semana eu posso ir ao ginásio ou, se tiver dinheiro, posso ter o meu PT para me ir dar um treino na praia ou a minha casa.

Na verdade, ao fim-de-semana eu posso quase tudo. Só não posso é ter um aneurisma. 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Uma das coisas boas da minha vida

A minha Mãe.

Não interessa que tenha 26 anos, "senhora do meu nariz". Não interessa as nossas zangas. Quando estou doente, como agora, a minha Mãe continua a tratar-me da melhor forma possível. A acordar a meio da noite, no meio dos meus ataques de tosse, para vir ver como é que estou. A perceber, sem eu lhe dizer, que para o almoço a única coisa que me apetece é ovos mexidos, um dos meus pratos preferidos (sim, sou uma rapariga de gostos simples).

A fazer tudo, na verdade, para que eu me sinta melhor. E é tão bom ter uma Mãe assim :)

domingo, 20 de dezembro de 2015

Sou Tia! :)

Em Maio escrevi isto. 7 meses depois, sou Tia de um rapaz! :)

7 meses depois acontecimentos tão especiais como o descobrir que é um rapaz com quem eu vou jogar à bola (ih ih ih!) ou pôr a mão na barriga da minha amiga e senti-lo a dar pontapés (o puto vai dar-me baile na bola!), entre tantos outros, ele nasceu. Foi um parto difícil mas, ao que parece, está tudo bem. E eu estou cheia de raiva por esta tosse não passar (até parece que piorou!!) e por, assim, achar melhor não os ir ver ao hospital.

Mas... Sou Tia! :)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A minha vida às vezes parece uma piada gigante do Universo

Em 2013, em plena crise económica, eu estava perdida no Mundo. Tinha terminado um estágio IEFP, muito mal falado por estes lados, em Novembro vi-me impossibilitada de poder ingressar num novo projeto devido a burocracias várias (tema que ainda hoje me dá vontade de chorar) e a melhor hipótese que me surgiu, em Dezembro, foi um "Estágio Curricular" (a.k.a., trabalho não remunerado). Era o que havia na altura para quem tinha tão pouca experiência e um Estágio IEFP feito.

Hoje o Facebook (amiguinho...) lembrou-me que há 2 anos fui ao Centro de Emprego. Porque para me animar, comi um gelado na gelataria mesmo à frente do Centro de Emprego. E sim, pus foto no Facebook. Enfim, continuando.

E hoje, 2 anos depois dessa manhã no Centro de Emprego, recebi uma notícia que, nessa altura, seria a melhor coisa que me podia acontecer: fui aceite para trabalhar numa Consultora de Recursos Humanos. Não é um Estágio, é um trabalho a sério e não terrivelmente mal pago (na verdade, esta parte ainda não sei...). É um emprego com expectativas de crescimento e numa área, acho, interessante. É uma coisa boa. Não fosse estar 2 anos atrasada. Ou 8 meses adiantada. Porque a aceitar, teria que deixar este Mestrado pendurado. Até podia terminar a Tese, mas não terminava o Estágio Curricular. E assim, não seria Psicóloga Educacional.

E isto gera muitas dúvidas.

Se aceitar e não gostar do que vou fazer, fico com o Mestrado pendurado.
Se não aceitar... Se não aceitar e não arranjar trabalho daqui a uns meses, não sei muito bem o que vou fazer à minha vida.

São muitas questões.

Eu acho que posso gostar deste trabalho, uma vez que, embora seja RH, é uma área completamente daquela em que trabalhei e que me fez ganhar anticorpos. Mas... Mas posso sempre não gostar.

Por outro lado, a probabilidade de arranjar trabalho na área da Psicologia Educacional é reduzida. As coisas não estão melhores. E a probabilidade de arranjar um trabalho na área da Psicologia Educacional relativamente bem pago, que me possibilite pensar em "crescer", é ainda mais pequena. Finalmente, o trabalho como Psicóloga Educacional, tal como o de consultora de RH, não é perfeito. Existem muitas coisas boas... Mas também existem muitas coisas más. Em ambas as opções.

Terça-feira, dia 22, vou ao escritório conhecer a proposta e até lá terei que decidir. E não sei o que decidir.

Se isto tivesse acontecido há 2 anos...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Ano em Revista no Facebook

Como eu não ponho muita coisa no Facebook, o meu ano, segundo a rede social, foi uma seca. Não tenho fotos fofinhas e queridas com o A., não tenho jantares com amigos, não tenho loucas saídas à noite, não tenho nada. Tenho fotos de corridas (sim, numa galáxia muito distante, eu já corri...), fotos da cadela do meu irmão (sobrinha mai linda da tia) e pouco mais. E é isto.

A minha vida social não é, de facto, uma coisa muito agitada. Porque eu não sou um ser muito social e por "circunstâncias" várias. Mas também não sou daquelas pessoas que nunca faz nada - nada contra, mas não sou.

No entanto, o Facebook é uma rede social que tenta espelhar a nossa vida. E já há aquele "ditado": se não está no Facebook, não aconteceu. Há uns meses o meu "treinador" de natação e do ginásio disse-me o seguinte: "B. L., tens que começar a sair mais...", ao que eu respondi "Ah! Ah! Ah! Mas eu saio...", ao que ele respondeu "Sais... Não sais assim tanto. Não vejo nada no teu Facebook...".

Sim. Um homem de 36 anos, ou qualquer coisa parecida, disse-me que eu não saía muito, não me divertida muito, porque "não vê nada no meu Facebook".

Será que para pelo menos algumas pessoas o "se não está no Facebook, não aconteceu" é mesmo verdade? Será que para algumas pessoas, o facto de alguém não pôr no Facebook que sai, que namora, etc etc, significa que essa pessoa não faz nada? Será que é esta a importância que o Facebook tem? Porquê? Não me interpretem mal, eu adoro cuscar a vida das pessoas no Facebook. Sou uma cusca convicta, mestrada e doutorada, e adoro isso. Mas não acho que lá porque o "Miguel" ou a "Francisca" não têm uma atividade muito grande no Facebook que isso é um reflexo da sua vida real.

Segundo meu "Ano em Revista" no Facebook, o meu ano foi muito pouco ativo.

Mas o meu ano... O meu ano teve altos e baixos. O meu ano teve desilusões, teve chatices. Mas o meu ano também teve coisas muito boas. O meu ano também teve momentos muito bons. O meu ano também me trouxe pessoas muito boas. Não está no Facebook, mas aconteceu!


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O Spotify é um fofinho

Anda uma pessoa desesperada por correr (aliás, nesta altura já nem é só por correr... É por mexer o rabo e deixar de me sentir gorda) e ele, o Spotify, apresenta-me a seguinte playlist:



Então está bem!
E eu nunca corri com o Spotify!!!

sábado, 12 de dezembro de 2015

Hum hum

Estava aqui a ver os vídeos que estão a passatempo na Pipoca Mais Doce e cheguei a uma conclusão: a minha história e a do A. poderia concorrer com alguma probabilidade de sucesso (se, claro, não estivéssemos juntos só há 4 meses e meio, ah ah :P )!

O A. e eu conhecemo-nos com 15 anos, há 11. De escolas diferentes mas "irmãs"/rivais, conhecemo-nos num evento anual. Trocámos números de telemóvel e e-mails. Como isto foi há muito tempo, falávamos maioritariamente por MSN, uma vez que eu era TMN e ele Vodafone. Em 2004 não havia Facebook, não havia WhatsApp, etc etc, e as mensagens entre TMN (em 2004 ainda era TMN) e Vodafone pagavam-se. (E agora sinto-me velha...).

Vimo-nos nos dois anos seguintes, nesse mesmo evento anual. Até que em 2007 saímos das nossas escolas, cada um foi para a respetiva Faculdade, e nunca mais nos vimos. Números mudaram, e-mails mudaram, e perdemos o contacto (e lembrança) um do outro.

Até que no ano passado voltei a estudar e conheci novas pessoas. E em Março deste ano, um dia depois de eu fazer anos, uma dessas pessoas fez anos. Dei-lhe os parabéns, ela deu-me os parabéns, e eu passei o resto do dia a pensar que conhecia mais alguém a fazer anos naquele dia. Quando me lembrei (porque eu tenho uma memória extremamente apurada) que era o A., ri-me à gargalhada e não resisti a procurá-lo no Facebook. Foi fácil, porque temos alguns "amigos" em comum - pessoas que andaram na mesma escola que eu e que foram para a mesma faculdade que ele.

Adicionei-o no Facebook - algo que nunca faço -, e começámos a falar. Primeiro mais esporadicamente e depois, algures em Maio / Junho, com mais frequência. Até que em Julho fomos ao cinema pela primeira vez.

E foi assim que aconteceu :)



quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Uma coisa que vou conseguindo fazer

Ver séries. Ontem pus o "You're the worst" em dia (uma série ótima, daquelas que ninguém vê, mas que é tão boa tão boa) e agora é o "The affair". Com alguns ataques de tosse pelo meio, claro, mas pronto.


Estar doente

Estou, oficialmente, doente, o que não acontecia desde Fevereiro de 2005. Sim, a última vez que fiquei doente em casa foi há 10 anos. Sim, eu fico doente tão poucas vezes que consigo dizer com esta precisão quando é que fiquei doente.

Mas dizia... Estou, oficialmente, doente. Proibida de sair de casa para não apanhar grandes mudanças de temperatura. A tomar pela primeira vez antibiótico. Sem dormir decentemente há 4 noites (e o não dormir decentemente passar por tossir violentamente durante horas seguidas, transpirar de tanto tossir, etc etc). Incapaz de ler artigos com atenção (por culpa da tosse e do sono acumulado). Com uma dor horrível nas costelas de tanto tossir. Com uma vontade enorme de me deitar mas de não conseguir - porque ao deitar-me, a tosse aumenta.

E eu, que fico doente de 10 em 10 anos, só penso: há mesmo pessoas que passam por isto (e coisas piores) TODOS OS ANOS? E mais que uma vez por ano?

Tirem-me deste filme, que não aguento mais isto!

Corridas, onde andam vocês?

A última vez que corri a sério, na rua, 10 km, foi há 2 meses. Há mais de 2 meses. Depois, veio a chuva, uma dor no pé inexplicável, a dor no joelho que vai e vem. E agora... Agora é a tosse.

Tenho saudades de correr. Tenho ido ao ginásio e quando a dor no pé dá descanso, tenho corrido na passadeira. Mas não é a mesma coisa. Tenho tantas saudades de ir para o Paredão e correr, correr, correr...


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Divagações

As pessoas têm sempre um passado, uma história, uma bagagem. Que acaba sempre por interferir, com mais ou menos força, no presente. Apesar da minha curiosidade inata, eu prefiro, muitas vezes, não falar sobre o passado. Sobre o meu ou sobre o das outras pessoas. Porque apesar de acreditar que ele influencia, de facto, o presente, há coisas que se calhar não vale a pena estar a mexer.

As redes sociais, no entanto, vieram alterar um pouco a forma como vemos o passado dos outros. Todos nós (não mintam) temos um bocadinho de stalker e todos nós, com a ajuda do Facebook, Instagram e outros que tais, vamos descobrindo coisas sobre a vida das outras. Seja porque nos aparece no mural, seja porque não temos mais nada que fazer que ir até 2010 ver o que os outros andaram a fazer.  

Na mesma linha, as redes sociais vieram também permitir que se "conhecessem" pessoas sem realmente as conhecer. Pessoa x comenta perfil de pessoa y e nós, que nunca tínhamos ouvido falar ou visto a pessoa x, vamos ver quem é a dita. E às tantas já sabemos quem é, o que faz da vida, o que estudou, onde foi almoçar e o que comeu.

Com tudo isto em mente, e correndo o risco de parecer, lá está, uma stalker, eu sei quem é a ex-namorada do A. Não sabia muito sobre ela (apenas o nome, onde estudou, mais uma ou duas coisas e que, entretanto, cancelou a conta do Facebook) e não tinha nada (como não tenho) contra ela. É a ex-namorada, não sei qual é a história e, honestamente, não estou muito interessada em saber. Mas já me tinha questionado se ela, eventualmente, saberá  que eu existo e quem eu sou. E se, sabendo, terá alguma coisa contra mim. Porque a verdade é que, apesar de eu nunca ter feito nada para que uma eventual namorada passasse a ser ex-namorada, todos/as sabemos que as actuais, face às ex, são (quase) sempre umas porcas de umas badalhocas. E feias e gordas. Honestamente, acho que quando reencontrei o A. ela ainda era namorada; no entanto, depois do primeiro reencontro, estivemos um tempo sem falar e foi depois do segundo reencontro, passados uns meses, que as coisas se desenvolveram. E aí, penso, já não havia namorada.

Tudo isto para dizer que hoje de manhã tinha no LinkedIn uma notificação de visualização do meu perfil. Era a ex-namorada do A. Pode ter sido só coincidência (uma estranha coincidência, diga-se), mas pode não ter sido. E não tendo sido, resta-me a questão: como é que ela chegou até a mim? Ok, claro, através das redes sociais. Mas a verdade é que o A. e eu mantemos a nossa relação discreta nas redes sociais. Ele comentou-me uma foto, no Verão, e de resto é à base de "likes". Na verdade, somos os dois bastante discretos, não somos daquelas pessoas que gostam de escarrapachar toda a vida no Facebook ou no Instagram. E assim, pergunto-me: como é que ela chegou até mim? Percebeu, no Instagram, que havia uma miúda nova a fazer "like" no foto dele?

Ok, isto não me tira o sono. Mas acho curioso. E leva-me novamente a questionar: não querendo dar-me mais importância do que aquela que tenho, será que ela me "odeia"? E se me odeia, porquê? (Para além da resposta óbvia mas pouco racional de ser a actual do ex dela). Porque é que nós vemos quase sempre as actuais dos nossos ex, na melhor das hipóteses, como umas idiotas?




segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Não querendo parecer egocêntrica

Mas acho que há alguém lá em cima que gosta gozar à grande com a minha cara.

Candidatei-me, um bocado "naquela", ao Programa de Trainees de uma empresa. Sem saber muito bem como, passei à segunda fase. A segunda fase, para além da realização de uma avaliação de raciocínio numérico e outra de raciocínio lógica, envolve a gravação de um vídeo. Em Inglês. De 3 minutos.

Acontece que eu não consigo dizer 3 palavras seguidas sem explodir num ataque de tosse. Como é que eu vou gravar um vídeo se não consigo falar? Ah ah ah! É esperar que até ao prazo terminar eu  melhore um bocadinho. Se não... Adeus Trainee.

Às vezes a minha vida é meeeeesmo espectacular.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Vou morrer

Bem, vou morrer mas, espero, não será para já.

Mas... Bem, eu nunca fico doente. Ou, pelo menos, realmente doente. Tenho quase 27 anos e nunca tomei antibiótico. E só me lembro de ter faltado à escola por estar realmente doente (e não por ai que estou um bocadinho constipada, é melhor não ir) uma vez. Que foi uma semana.

Mas isto traz uma enorme desvantagem. Quando, como agora, estou ligeiramente menos saudável (hoje com muita muita muita tosse), parece que vou morrer. Ontem morri mesmo. Às 23:30 já estava no sétimo sono. E hoje só acordei às 9h00. Mas a tosse continua, sem me dar tréguas. E o ar falta-me. E é terrível. E vou morrer.

Bem, não vou. Mas para quem não está habituado a isto, é horrível.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

De repente.

De repente, estamos em Dezembro. E Novembro (e Outubro. E Setembro) passou a correr.  De repente, é quase Natal. Com os Jantares de Natal, com os presentes de Natal, com os compromissos de Natal (e sem ser de Natal). De repente, parece que meio semestre já passou e que o trabalho feito foi quase nenhum (embora não seja exatamente assim).

De repente, há muito a fazer. Não paro de um lado para o outro para fazer coisas. De repente, há muito para fazer mas, parece, pouca coisa realmente feita.

De repente, surge a possibilidade de uma oportunidade que, caso se concretize (o que, na verdade, acho que não vai acontecer) não sei se quero agarrar neste momento, devido ao que teria que deixar para trás. Mas pensar sobre essa possibilidade fez-me refletir muito sobre o que estou a fazer, sobre o que quero fazer e o que quero para o meu futuro. 

De repente, no meio disto tudo, estou doente. Tosse, tosse, tosse. Sensação de que vou explodir num dos ataques de tosse. De que o ar me está a faltar. Terrivelmente.

De repente, ou não tão de repente, só me quero enfiar debaixo dos cobertores e dormir. Dormir. Dormir. E depois de acordar, viajar. "Perder-me" no Mundo. Com o A.

Porque, de repente, ou não tão de repente assim, o A. tornou-se das melhores coisas que me aconteceu neste último ano.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Outra vez lamechas

Mas começa a ser mais forte que eu. Eu gosto mesmo dele. Ontem voltei a perceber isso, quando, depois de 3 dias mesmo, mesmo, mesmo desgastantes, só me apetecia ficar em casa, de pijama e pantufas, saí de casa para ir ter com ele, a "meio caminho", e isso me fez mesmo mesmo mesmo bem.

Gosto dele. E por ele vale a pena sair de casa quando a única coisa que me apetece é ficar de pijama. Mentira. Isso não é a única coisa que me apetece. Apetece-me, também, ficar com ele. Ver o rio com ele. Sentir os braços dele a aquecerem-me do frio. Rir-me às gargalhadas com ele. Gosto dele. Tenho medo de começar a gostar demasiado e disto correr mal. Mas gosto dele. E hoje... Hoje só me apetece que seja amanhã, para ir jantar com ele e passar a noite com ele.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ainda há coisas bonitas


A qualidade da foto não é uma delas, mas o que ela tenta mostrar sim. Um casal de sessenta e tal anos, à espera que o comboio parta, de mão dada. :) 

A semana não está a ser fácil, mas isto pôs-me um sorriso na cara. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Então 'tá bem

Acho graça, muita graça, aquelas pessoas que, embora achem que são muito queridas e fofinhas, nunca estão muito disponíveis para os outros mas, ainda assim, não se incomodam nada - nada -, de andarem sempre a pedir "favores". Óbvio que terminam sempre com "desculpem o abuso", mas não é por isso que deixam de abusar. Claro que como têm memória curta, se esquecem que nunca estão disponíveis e que estão fartas de abusar.

E claro que depois acabam por ter aquilo que querem e precisam.

E depois eu sinto-me mal. Sinto-me mal porque parece que tenho má vontade para tudo. Mas não é isso. A questão é  que acho que estas coisas deveriam ser recíprocas. Mas não são. A questão é que as pessoas acham que por determinadas razões são especiais e todos têm que estar disponíveis para os seus desejos.

É segunda-feira e estou de mau humor.

domingo, 15 de novembro de 2015

E depois é isto.

Depois de toda a reflexão, resolvi ir vendo umas coisas. "Só naquela". Só que uma das coisas acabou por dar uma espécie de resultado. É mesmo isso, uma espécie de resultado, uma hipótese muito hipotética que provavelmente não passará disso mesmo. Mas que me pôs a pensar que se calhar gostaria que não fosse só uma hipótese muito hipotética mas sim um resultado verdadeiro.

No entanto, caso se tornasse num resultado verdadeiro, eu teria que tomar uma decisão difícil, com alguns pros e alguns contras. E eu já estou a pensar nessa decisão - teria coragem de a tomar? Teria coragem de assumir os contras? E depois? E se não corresse bem? E se... E se... E se...?

E isto tudo por causa de uma hipótese.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ora então

Tendo em conta os acontecimentos das últimas horas, se calhar o melhor é não terminar o Mestrado e fugir daqui para fora antes que isto vá tudo abaixo, não?

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Refletir.

A reflexão, ouvimos sempre, é uma coisa boa. É ela que nos faz pensar nas coisas que fizemos e que, consequentemente, nos permite corrigir possíveis erros ou simplesmente melhorar. E isto é tudo muito bonito quando não é levado ao extremo.

Que é o meu caso.

Uma das minhas características é, e sempre foi, a minha capacidade reflexiva. O que, na verdade, poderá ser um eufemismo para a minha incapacidade de simplesmente agir sem pensar em todos os cenários possíveis. Ou para tomar uma decisão e não pensar, posteriormente, em outras alternativas que poderia ter seguido. Se aquela decisão foi a correta.

Nos últimos dias, dias que têm sido ocupados entre milhares de coisas, tenho "refletido" muito.

E se não tivesse...?
E agora...?
E no futuro...?

Tenho a Tese e o Estágio para fazer e embora não me tenha arrependido da decisão de ter voltado a estudar, tenho pensado nos outros caminhos que poderia ter tomado. Porque ser estudante e tal é muito giro, mas também tem alguns inconvenientes. Porque não faço ideia do que vou conseguir fazer quando acabar o Mestrado. Porque estou a ver que acabo o Mestrado da Psicologia da Educação e da Orientação e não vou encontrar trabalho naquilo que quero fazer. E já vou ter perdido o "comboio" naquilo que fiz mais tempo (Estudos de Mercado) e talvez a maior hipótese seja voltar aos RH (que não gostei).

E se era para voltar aos RH, então tinha lá continuado e não tinha tido este trabalho todo.
Ou então, se era para ficar no mundo empresarial, tinha feito algum Mestrado na área do Marketing para ter mais formação e mais portas abertas para esta área - para além dos Estudos de Mercado.

E isto chateia-me. Aborrece-me pensar nestas coisas. Fico deprimida. Fico a pensar "será que tomei a decisão certa?". Não me arrependi, mas penso muito nisso: "Será que tomei a decisão certa?".

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Boas notícias

Depois disto e depois de ter panicado e de me ter acalmado, hoje tive a confirmação que está tudo OK. 

Ufff!

E agora, vamos lá trabalhar minha gente, que as coisas não se fazem sozinhas!

 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O A. *

O A. é especial. O A. fez que esta miúda, com medo de sentir - e de mostrar sentimentos -, de repente queira dizer sempre "gosto de ti". Fez com que esta miúda, que sempre se sentiu meio desequilibrada em relação a sentimentos e relações, começasse a achar que afinal não é assim tão desequilibrada. Que consegue gostar sem se assustar. Que consegue projectar um futuro. Que consegue dar um beijinho ou um abraço só porque sim - só porque gosto dele e porque ele me faz bem.

Adormecer à noite e acordar de manhã a senti-lo tão perto de mim tornou-se numa das minhas coisas favoritas. Passar serões inteiros com ele, em que vejo todos os lados dele, em que vejo a criança e o homem, em que vejo o parvo e o sério, tornou-se numa das minhas coisas favoritas.

Tornou-se em parte daquilo que eu quero para o meu futuro.

*Desculpem, duas pessoas que me lêem, se estou uma lamechas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O que ajuda a melhorar o meu mau humor

Saber que à noite vou jantar com o A. E dormir em casa dele. 

Ele faz-me bem :)

Dica para as meninas

Jovem,

Compraste uns calções e não sabes se são demasiado curtos para os usares na Faculdade? 

Provavelmente são. Mas se aquela parte mais escura das collants fica à vista, então de certeza que são. 

A minha vida é espectacular

Em Junho apresentaram-nos uma lista de locais de estágio para escolhermos aquele que queríamos. Eu escolhi um que uma professora arranjou quase de propósito para mim porque queria muito que eu fosse orientada por ela na Tese. A área dela não é a minha preferida e ela não é, já o sabia, a melhor orientadora. Mas como o estágio era realmente perto de minha casa e era muito do que eu pretendia, acabei por ficar com ela como orientadora e com o tal estágio.

Entretanto, e como o universo é muito amiguinho, fiquei se no estágio. Para o substituir, e ao contrário do que aconteceu em Junho, foi-me apresentada apenas uma opção. Não interessa que seja longe para caraças - afinal, nós temos que estar disponíveis para estes imprevistos e temos que ser resilientes e o badagaio. Tudo bem. E isso é tudo muito bonito sim senhora, mas queria ver as pessoas que dizem isso a ficarem felizes e contentes por terem que apanhar 3 transportes públicos para vir para um local de estagio. 

Então e como é que e o estágio? Não é mau. Mas: A psicóloga é alucinada, não posso entrar no gabinete enquanto ela não chega, não há computador para mim, pelo que tenho que trazer o meu (andar de transportes públicos com o computador às costas é muito bom), não posso aceder à wireless com o meu computador, possivelmente vai ser difícil, devido a "ceninhas", fazer algumas coisas que queria e a escola é ligeiramente problemática (e sobre isso podia dizer muita coisa). O facto de a escola ser problemática é pior para os alunos que para mim, e a verdade é que devo sair daqui com algum estofo; mas não me sinto preparada, pelo menos para já, para lidar com certas situações. 

E entretanto, fiquei com a tal professora para a Tese. Não era o que queria, mas por causa do estágio que perdi, fiquei com ela. Ou seja, fiquei sem estágio e sem Tese. Está-se bem.

E hoje tenho tempo para escrever isto tudo porque houve uma inundação perto do gabinete onde trabalho e, consequentemente, não pude entrar lá. Estou na sala de professores a fazer tempo - não sei para quê -, a psicóloga foi para não sei onde e eu, que já não percebia porque é que hoje vim para aqui, agora ainda percebo menos. Podia estar a dormir, podia estar no ginásio, podia estar na faculdade a fazer pesquisas. Mas não, estou aqui. 

Fixe. 


sábado, 24 de outubro de 2015

Ai, os fins-de-semana são tão bons

A menos que sejas finalista de Mestrado e que tenhas realizar um Estágio (e trabalhos associados) e uma Tese.

O parvo do A. foi surfar. Os meus amigos estão nas suas vidinhas boas. E eu estou afogada em documentação.

Hoje é para o Projeto de Estágio.

Pfffff...

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Mas coisas boas

O A., tal como eu, embirra mesmo a sério com a expressão "o comer". Tipo "o comer está na mesa". É coisinha para me irritar e fazer revirar os olhos. E pelos vistos, a ele também. Eu adoro queijo e ele só gosta de queijo muito misturado e disfarçado, é verdade, mas se ambos embirramos com as mesmas expressões, estamos bem um para o outro :)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A sério?

De repente, vejo-me com uma preocupação totalmente nova e completamente assustadora. E que, caso deixe de ser uma preocupação hipotética e passe a ser uma preocupação real, será a prova provada que eu sou mesmo das pessoas mais azaradas e que, comigo, as leis da probabilidades não funcionam. Mas, mais do que isso, se passar a ser uma preocupação real, será o maior abalo da minha vida e com o qual não saberei mesmo lidar.

Estou assustada.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Eita, que a bruxa continua solta!

Ontem à noite, a meio de trabalho, o meu pc resolve que era giro bloquear total e completamente. 

Mezinhas experimentadas e falhadas: 

  • Reiniciar: o pc estava bloqueado e, portanto, não dava para sequer selecionar essa opção.
  • Desligar o pc da corrente: fi-lo, mas ele estava com a bateria.
  • Tirar a bateria: ah ah ah! O pc tem 1 ano, é supé moderno, tem aquela modernice espetacular de poupança de recursos e, portanto, a bateria está integrada no bicho, pelo que não é possível retirá-la.
  • CTRL+ALT+DEL: tudo bloqueado, nem isso foi possível.

Resultado: esperar (esperar... a bateria estava totalmente carregada) que a bateria descarregasse. Boa hora para terminar o trabalho!

Hoje de manhã: não há água. Não há água para descarregar o autoclismo. Não há água para tomar banho, lavar a cara ou lavar os dentes. Fui ao ginásio e afinal é mesmo um problema de toda esta área. É muito bom, ótimo, ter o ginásio a 2 minutos de casa - a pé. Mas isto é péssimo: quando não tenho água em casa, também não há água no ginásio. Crap, crap, crap.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Mas depois também há coisas boas*

Como conversas parvas com o A. que são capazes de mudar a disposição. 

Tenho medo disto. Mas enquanto não corre mal, tenho que aproveitar. Porque está a ser tão bom... 

*eu sei que estou uma pirosona lamechas. Desculpem-me. Desculpa, B.L. de há uns anos. Mas ambas sabemos que o teu coração de gelo ainda existe. Pelo menos pela metade. Nada temas. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Coisas que me fascinam*

Que num bar de uma Faculdade pública uma sandes de queijo custe 1.20€ e um croissant de chocolate custe 1€. 

É estúpido que uma sandes de queijo seja tão cara. Mas mais estúpido ainda é que seja mais cara que um croissant de chocolate. 

Ridículo.

*Porque o mau humor continua. 

Segunda-feira

Acordar às 5 da manhã com a chuva. Outra vez.
Acordar às 7 da manhã para vir para a Faculdade trabalhar.  
Apanhar um trânsito descomunal em todas as estradas por que passei.
Chegar à Faculdade, não conseguir aceder à internet  e demorar séculos a resolver a situação.
Pagar as propinas - não foi propriamente um imprevisto, mas nunca é agradável largar 120€ (ainda por cima tendo em conta que durante este ano os serviços prestados pela Faculdade são muito menos, digamos, "presentes").
Não encontrar informação que queria.
Tirar os phones do iPhone (velhinho) e tirar uma peça do dito.

E ainda não é meio-dia.

domingo, 11 de outubro de 2015

Não gosto nada

Neura. Neura. Neura.

Não sei se é do tempo, se é de ainda estar com a merda do Estágio atravessado e a Faculdade atravessados, se é de outra coisa qualquer, mas estou com uma neura do caraças. Que nem lanchar com o A. conseguiu fazer passar.

Mas que porra, pá. Acho que tenho o direito de estar frustrada com o Estágio. Acho que tenho o direito de estar frustrada com a forma como a Faculdade - ou os professores - lidou com a situação. É tudo muito bonito, temos que estar preparados para a imprevisibilidade, as coisas nem sempre correm como queremos, whiskas saquetas. Sim senhor.

Mas eu também tenho o direito de não gostar do que aconteceu. Ou não?

De que me vale pensar que as coisas me vão correr bem? Eu já devia ter aprendido há uns anos que quando se trata de mim, por mais que eu faça as coisas como deve ser, por mais que eu me esforce, por mais que eu trabalhe, as coisas não me vão correr bem.

Porque é que eu me vou dar ao trabalho de fazer a merda do Estágio e a merda da Tese se quando acabar isto vou voltar ao sítio onde estava antes de ter decidido voltar a estudar?

Puta da neura. Ou puta da realidade.

sábado, 10 de outubro de 2015

Mas depois, continuo com os meus problemas parvos

Como ter algum trabalhinho para fazer, não o estar a conseguir fazer decentemente, começar a panicar ligeiramente (este ano é para terminar em Julho, sff) e decidir, em vez de trabalhar mais decentemente, que se calhar vou mas é ver séries. E como ser humano que sou, cheio de mecanismos de defesa do Ego, até racionalizei a coisa: afinal, já percebi que preciso do acesso que só a Faculdade me dá para encontrar informação que preciso e se calhar é na Biblioteca que vou encontrar os Programas que preciso ver para poder sugerir no Estágio.

Obrigada, cérebro, por estes mecanismos de defesa. Ou não.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Desde que estou com ele

Desde que estou com ele tenho aprendido - e de forma mais fácil do que pensava - a incluir alguém nos meus planos. Não que tenha passado a pensar só nele e naquilo que ele quer em detrimento da minha vida - sempre achei isso parvo e não ia deixar que isso acontecesse comigo. Na verdade, desde que estou com ele, não deixei de fazer nada - não deixei de ler, não deixei de ver séries, não deixei de correr, de ir ao ginásio ou à natação ou de estudar (se não o faço mais - isto de "estudar" -, a culpa é só minha... Mas sobre isso falo depois); apenas tive que o incluir na minha planificação mental.

Tem sido fácil - sempre fui uma miúda que aprende rápido, ah ah!

Sim, possivelmente, terei "menos tempo". Mas, ao mesmo tempo, tenho mais tempo. Tenho, sobretudo, mais tempo para ser feliz.


Desde que estou com ele, sou muito mais feliz.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Gostar de alguém é*

Ter em mensagens parvas e idiotas trocadas à noite uma das melhores coisas do dia, apenas ultrapassada pelo acordar ao lado dele e abraçada por ele.

*estou uma lamechas, eu sei. Mas são 00:52, estou com sono, cansada, um pouco frustrada por outras razões e o português do post não é o melhor. Mas estou feliz com ele. 


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Últimas - versão boa

Gosto do A. Gosto tanto do A.
Confio no A. Estou feliz com ele.

Se tenho medo disto? Claro que sim. Se tenho medo de estar demasiado habituada a estar sozinha e não saber estar numa relação? Óbvio. 

Mas não quero saber disso. Só quero saber de uma coisa: acordar ao lado dele, mesmo depois de uma noite mal dormida (estou habituada a dormir sozinha...), foi, provavelmente, das melhores coisas que aconteceu nas últimas semanas. 

Últimas - versão má

- Estágio bom foi-se embora. Para o substituir, calhou-me na rifa um longe para caraças que me vai obrigar a apanhar comboio, metro e autocarro. A história da minha vida, portanto: ter um local que é exactamente aquilo que eu quero e por motivos que me são completamente alheios, ficar sem ele. E ainda me perguntam porque sou pessimista.

- Depois de ainda ter perdido alguns dias das minhas férias a pesquisar e ler sobre os temas para a tese sugeridos pela minha orientadora, ela agora chegou à conclusão que não, afinal não são temas interessantes. Ok. 

- Não sei porquê, mas não consigo entrar no blogger com esta conta no computador. Fixe. 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Amizades

A minha amizade mais antiga está a desaparecer. 
Talvez esteja a ser pessimista e fatalista, mas sinto mesmo isso - que a minha amizade mais antiga e mais consistente ao longo de 22 anos (!!) está a desaparecer.

Não vou dizer que ao longo destes 22 anos não tivemos momentos de estarmos chateadas ou, por circunstâncias e adaptação a novos contextos e a novas pessoas, não tenhamos estado afastadas (primeiros anos de Faculdade e espacialmente separadas). 

Mas nunca senti isto. Não só um afastamento físico como, talvez, um certo desinteresse que se iniciou na outra parte e que agora talvez tenha passado para mim.

Não sei. O que sei é que estes últimos meses, em que ela se começou a afastar e eu comecei a habituar-me ao afastamento dela, fizeram com que nos desabituássemos. Ou, pelo menos, como que me desabituasse. Nunca fui daquelas pessoas que precisa de estar constantemente com outras para sentir à-vontade com elas; no entanto, penso que neste caso a diferença reside na forma como esse afastamento se processou. 

Acontece que sim, que talvez me tenha desabituado e esteja, até, zangada com ela, mas a verdade... É que sinto falta. Sinto falta do nosso à-vontade. Sinto falta da forma como nós falávamos praticamente sobre tudo. Queria contar-lhe mais sobre a minha relação com o A., queria dramatizar com ela a história do Estágio, queria... Mas como?

Custa. Custa ver uma amizade de 22 anos desvanecer-se - porque é isso que está a acontecer. O que me leva a considerar "será que uma amizade de 22 anos não merecia mais esforço para ser mantida?". Mas... Mais esforço? Quanto esforço? Quanto esforço deveria ser necessário para manter essa amizade? E não deveriam ser as duas partes a esforçarem-se? Se todos temos que saber reconhecer o fim - seja do que for -, não deveríamos saber reconhecer, também, quando já não vale a pena esforçar-mo-nos mais em prol de uma amizade pela qual, possivelmente, só uma das partes estaria interessada em lutar?

Se há coisa mais complicada que as relações amorosas, são as relações de amizade. Falava há uns dias com uma amiga minha sobre isto... Enquanto as relações amorosas, quando terminam, o seu final está claramente definido ("Acabou. Não nos vamos mais ver"), as relações de amizade não funcionam da mesma forma. As pessoas vão-se afastando... Mas e depois? Como sabemos que é altura de parar de tentar se não houve definição formal de final?

sábado, 19 de setembro de 2015

Ainda sobre o Medo da Felicidade

Esquece lá o medo, B. L. 
Ok, percalços acontecem e agora não sabes como vai ser a tua vida no próximo ano. Mas ninguém sabe. 

E o dia de ontem começou mal, é certo, mas acabou tão bem... Ser feliz assim, sem medo, vale a pena.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

E começa...

Escrevi aqui sobre o Medo da Felicidade. Sobre o medo que tenho em admitir que estou feliz, em esperar que as coisas corram bem. Porque, tratando-se de mim, as coisas têm tendência a não correr bem. Não por culpa minha - pelo menos algumas -, e é isso que me lixa. Porque por mais que eu queira controlar tudo, há sempre coisas que me escapam e, normalmente, são essas que me lixam. 

Como as colocações dos Psicólogos nas Escolas. Não tenho nada a ver com o assunto, não posso controlar os psicólogos que são ou não colocados, e foi isso que me lixou a manhã. Hoje tinha uma reunião na Escola para onde vou (será que vou?) fazer o Estágio Curricular mas recebi, entretanto, um e-mail da minha professora a dizer que a Psicóloga da Escola, que ia orientar o Estágio, afinal não foi colocada. Foda-se, o quê?

Como é que nesta altura ainda estão a ver quem é e quem não é colocado? 
Como é que a Psicóloga que está naquela escola há anos não é efectiva? 

Porque é que comigo, quando as coisas parecem certas, descarrilam? Há 4 anos que estas merdas me acontecem. Eu sei que há mais males no mundo e que a Psicóloga está numa situação pior que a minha - afinal, descobriu hoje que terá ficado sem emprego. Mas porra, pá, quando é que estas coisas me começam a correr bem? Quando?

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Sou como uma criança selvagem

Estou pela primeira vez, em algum tempo, numa relação em que foi estabelecida a "exclusividade". Em que "eu estou contigo. Eu gosto de ti. Não te quero partilhar." E está a ser óptimo. A sério que está. Eu gosto dele... Cada vez mais. 

O problema é só um e disse-o na primeira linha deste texto: "Estou pela primeira vez, em algum tempo, numa relação em que foi estabelecida a 'exclusividade'."

Não estou habituada a um tipo de relação que, para além de criar expectativas, deverá assentar numa base de confiança. Ora, acontece que eu tenho sérios problemas de trust issues. Não se trata de não confiar no A., nada disso. Porque ele nunca me deu razões para não confiar nele; pelo contrário, trata-se de, simplesmente, ser desconfiada em relação ao mundo em geral e de ele agora fazer parte do meu mundo. Por isso, custa-me deixar para trás, não ouvir, todos os macaquinhos que habitam no meu cérebro. Custa-me dizer-lhes "não quero saber de vocês, não vos quero ouvir.". Custa-me fazê-los desaparecer - simplesmente porque não sei existir sem eles. 

No fundo, talvez seja como as crianças selvagens, aquelas crianças que, tal como Tarzan ou o Mogli, são criadas na selva (ou em condições não humanas) e que, quando colocadas na "civilização", não sabem conviver com outros seres humanos. 

Talvez eu esteja tão habituada a estar sozinha e/ou a ser desconfiada, que quando me vejo numa relação saudável, com algumas questões estabelecidas e sem razões para desconfianças, eu simplesmente não consigo largar as minhas desconfianças. 

À partida, diria que esta é uma forma pouco adaptativa de viver; contudo, os meus trust issues gerais fazem-me acreditar que, na verdade, esta é a forma mais adaptativa de viver. Porque caso as coisas corram mal, eu poderei dizer "já estava à espera" e talvez assim me magoe menos. 

No entanto... E porque eu gosto do A., porque ele tem sido mesmo um bom moço, que até já me apresentou a um dos melhores amigos (e amiga) e que tem tido gestos bem bem simpáticos e fofinhos, vou optar por não ouvir os macaquinhos. Eles que fiquem aqui e que gritem sem eu lhes pedir a sua opinião que eu vou, conscientemente, dizer "não vos quero ouvir". 

Se calhar era melhor que fosse ao contrário, que inconscientemente confiasse sem questões e que só desconfiasse quando achasse que realmente haveria razão para isso; no entanto, por agora, isto é o máximo que consigo fazer. 

E vou ser feliz.

Então mas...

Vejo isto e penso que apesar de ser uma pessoa horrível, não vejo uma sátira à morte da criança síria mas uma sátira à Europa, cheia de valores morais, mas que não está com grande vontade de ajudar.

Por favor, digam-me que não sou a única que vê isso. Ou será mesmo uma sátira à morte da criança (à morte de tantas pessoas) e eu, afinal, sou mesmo uma ingénua? Ok, independentemente de ser ou não ingénua, não me parece uma sátira à morte da criança... 

Estou cansada. Estou cansada da Internet. Estou cansada da desinformação, dos bitaites, dos políticos de bancada, dos salvadores do mundo, dos teoristas da conspiração, dos mais espertos. Dos que aproveitam as redes sociais seja para mostrarem o quão bons são, seja para destilarem toda a sua estupidez, mascarada de intelectualismo. 

Apetece-me desligar do Mundo.

E suponho que agora as pessoas vão dizer "ah pois, afinal o Gustavo Santos tinha razão". Pffff....


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Corrida do Tejo 2015

Bem... Consegui cumprir os objectivos a que me tinha proposto depois do episódio do joelho e depois de ter decidido ir, i.e., fazer em menos de uma hora e ir sempre a correr. 

Consegui esses; no entanto, não consegui cumprir os objectivos a que me tinha proposto quando me inscrevi, i.e., fazer melhor que no ano passado e, na loucura, fazer o meu melhor tempo. A dada altura, na corrida, ainda pensei que iria conseguir, pelo menos, fazer melhor que no ano passado. Mas forcei demasiado o joelho e "paguei" por isso depois. 

E acabei por ficar chateada por ter achado que conseguia e depois não ter conseguido.

Mas no final... No final tinha o A. à minha espera. Que conseguiu abraçar-me quando eu estava absolutamente nojenta. E que, com os seus beijinhos, me conseguiu devolver o bom-humor :)

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Vício

Eu sou, como a maioria das pessoas que me conhece sabe, uma viciada em desporto. Nunca fumei (nem cigarros nem outras coisas), bebo muito pouco e consigo-me controlar na comida e nas compras (bem, mais ou menos. Depende). No entanto... Sou viciada em desporto. Se passo duas semanas sem me mexer, começo a bater mal. Se estou chateada, é o desporto que me salva. Natação, ginásio e, há menos tempo, corrida. 

A natação foi o meu primeiro amor. E o primeiro amor... O primeiro amor nunca se esquece (e curiosamente, conheci o meu primeiro "amor" - e segundo, já agora -, na natação. Nunca o esqueci, é verdade, mas sobretudo porque é um grande amigo - e casado com uma grande amiga. O mundo dá voltas giras :) ). Quem nada frequentemente sabe o que é a maravilha que é mergulhar e sentir a água à nossa volta e a falta de gravidade. Quem nada conhece o prazer de, a cada braçada, sentir-se a cortar a água. E embora essa parte, hoje em dia, já não seja a principal, quem nada sabe o prazer que a superação traz. O prazer que é retirar 1 segundo ao nosso melhor tempo. O que é um segundo? Para quem faz desporto, mesmo que não compita - o que sempre foi o meu caso -, 1 segundo é tudo. Pode ser tudo: pode ser a superação como pode ser a desilusão. Mas fiquemo-nos pela superação. Um segundo pode ser o melhor que nos aconteceu naquele dia. A natação, para mim, estará sempre lá - posso não conseguir, devido ao joelho, dar uma boa pernada (logo eu, que sempre me safei com as pernadas), mas terei os braços que cortam a água - já disse que essa é uma sensação maravilhosa?

Depois veio o ginásio. O ginásio é o que faço com menos prazer - o que não significa, no entanto, que não o faça com prazer. O ginásio ajuda-me no joelho, a fortalecê-lo. Curiosamente, ou não, os últimos episódios de "porra, o joelho saiu-me do sítio!!" aconteceram depois do Verão, a altura em que dispenso o ginásio. Sim, o ginásio faz-me bem. Querem melhor argumento que esse? Mas o melhor? Ver-me, também, a melhorar. Ver-me a conseguir, de semana para semana, levantar mais peso, a sentir-me com mais força. É suar, ficar nojenta, mas, ainda assim, sentir-me satisfeita - obrigada endorfinas, dopaminas e companhia limitada. 

Finalmente... Temos a corrida. O amor mais recente mas o que, ultimamente, me tem dado muito prazer. É na corrida que me consigo desligar do mundo, é na corrida que sinto o maior desafio. É na corrida que a superação tem acontecido mais (bem... Nos últimos tempos nem tanto). É na corrida que estabeleço mais objectivos. Na corrida é simples: sou eu contra mim, contra a estrada. É seguir e ir, estabelecer os tais objectivos, querer melhorar, querer bater-me. Mas saber que não importa quais os objectivos (que são estabelecidos de acordo com os limites), no final, eu ganho sempre. Porque tive aquele momento (meia hora, uma hora, uma hora e meia) para mim, em que pensei "não aguento" mas "aguentei", em que me doía alguma coisa mas continuei. 

Desde o último episódio do joelho tenho andado em modo baby steps. Primeiro, natação - condicionada -, e depois, corrida. Primeiro 5km, depois 6 e hoje 8. Tenho a Corrida do Tejo no Domingo e quero ir - mesmo que não consiga cumprir o objectivo que estabeleci quando me inscrevi. Provavelmente não o vou conseguir cumprir; no entanto, já estabeleci outro que será, então, fazer a corrida e conseguir terminá-la sempre a correr. 

Correr é isto: mais do que uma moda, mais do que as roupas giras que andam por aí agora, correr é conseguir ultrapassar as nossas dificuldades e superarmo-nos. Podemos correr apenas 1km - mas é um começo e é melhor que 0.

Sim, sou viciada em desporto e fico maluca quando não o pratico. Mas há vícios piores, não há?

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Ter medo da Felicidade... Porquê?

O Medo acontece porque se tem alguma coisa a perder. E ter alguma coisa a perder é bom, porque nos dá razões pelas quais sorrir no presente. Claro que sim, que é isso que dá origem ao Medo da Felicidade. Mas não conseguiremos ser, simplesmente, Felizes e aproveitar o que essa felicidade nos dá? 

Acho que às vezes - muitas vezes - esqueço-me disso. A minha história assim me tornou: desconfiada. Mas também sei que, dentro de mim, existem outros traços de personalidade que gostam da Felicidade e que a querem aproveitar. Então, sabendo disso, porque não deixo que esses traços de personalidade sejam mais evidentes? Talvez o ser desconfiada tenha uma maior relevância na minha personalidade que os outros; no entanto, os outros todos têm que ter alguma coisa a dizer. 

E os outros todos... Os outros todos querem aproveitar a felicidade e o entusiasmo.


terça-feira, 1 de setembro de 2015

O Medo da Felicidade

Estou feliz. Mas... tenho medo de estar feliz. Tenho medo de admitir que estou feliz. Porque depois... O que acontece quando - ou se - deixar de estar feliz?   

O problema de estarmos felizes, de estarmos bem, é que criamos expectativas sobre nós próprios e sobre as outras pessoas. E o que acontece se, depois de criadas as expectativas, nós nos desiludirmos? Se as outras pessoas nos desiludirem? O que acontece se, ao contrário do que espero, o Estágio Curricular que vou iniciar algures nas próximas semanas - e que, apesar de ainda não ter começado, me está a entusiasmar como há muito não me entusiasmava com um "desafio profissional" -  não correr como eu espero que vá correr? E se eu, afinal, não gostar NADA de trabalhar com crianças / jovens? E se eu não conseguir? O que acontece se a Tese, cujo tema será mais ou menos escolhido por mim, se revelar a maior seca e o maior estafermo da minha vida? O que acontece se o rapaz de quem estou a começar a gostar a sério (estou a começar a gostar... se é que já não gosto!) se revelar, afinal, um otário? Ou simplesmente deixe de gostar de mim porque eu, afinal, posso ser uma miúda desinteressante, insegura e cheia de macaquinhos para os quais não há paciência? 

Sim. Eu tenho problemas de confiança nos outros e algumas (muitas...) inseguranças. Sim. Estou sempre à espera do senão do rapaz, do estágio, da tese. Estou sempre à espera que alguma coisa corra mal - porque parece que, comigo, as coisas acabam sempre por não correr bem. 

Claro que o rapaz tem senãos, claro que o estágio e a tese também os vão ter. Mas estou sempre à espera que algo de mais grave aconteça. 

E por isso... Por isso tenho medo de ser feliz, de admitir que estou feliz (seja para mim ou para os outros). Porque se não o admitir, então, quando (se) as coisas correrem mal, eu já vou estar preparada e a "queda" vai ser menor. 

Mas porquê? Se eu estou feliz, porque não aproveitar a felicidade? Sabendo à partida que as coisas podem correr mal, não posso simplesmente guardar esse conhecimento e aproveitar a felicidade e as suas coisas boas? 

Eu estou a aproveitar a felicidade. Mas este medo do que poderá acontecer se as coisas correrem mal - e a quase certeza de que as coisas (todas) vão correr mal - não me larga. E por isso... Por isso tenho medo de ser feliz.

domingo, 23 de agosto de 2015

Desde a última vez que cá estive

Há quase um mês, portanto.

O meu computador teve problemas na actualização para o Windows 10.
Fui para o Algarve.
Voltei a ser adolescente e troquei dezenas de mensagens (SMS, Facebook e Whastapp) e fotos com o rapaz - que a distância, numa fase tão inicial, não é fácil, mas fomos dando a volta à situação. 

Claro que nada disto é isento de dúvidas e algumas inseguranças, mas vem com o pacote. E o pacote inclui tantas coisas boas... Estou a gostar do rapaz, gosto de falar com ele, gosto das coisas mais "corporais", gosto, gosto, gosto. São mesmo coisas boas. E são mesmo muitas :) É o que eu digo - estou feita adolescente, ah ah ;) Talvez me magoe, não sei (cá estão elas, as dúvidas e inseguranças), mas... Ok, estou a gostar disto. 

Entretanto... E como ser B. L. é sempre espectacular, hoje fui com o rapaz experimentar a surfar. E na primeira vez que me ia pôr realmente de pé em cima da prancha... O joelho saiu do sítio. Voltou logo ao lugar, é certo, mas pôs-se fora do sítio. Acabou-se o surf. 

Ponto bom - vieram os beijinhos, ih ih :)

terça-feira, 28 de julho de 2015

Ai Gustavo Santos

Hoje, quando estava a correr, num sítio onde não é permitido, nesta altura e aquela hora, circularem bicicletas, vi o Gustavo Santos a andar de bicicleta. Ver estas pessoas a andarem de bicicleta ali é uma coisa que me irrita um bocadinho assim grande. Porque é muito fácil ser-se atropelado por uma delas - been there. E não é uma coisa gira. O que me valeu é que apesar de toda a minha falta de jeito para muitas coisas, aparentemente ainda tenho alguma força de braços. Cause I'm stronger, than yesterday!! Ok, passando à frente. ´

Vi o Gustavo Santos de bicicleta. Depois, e como isso é uma coisa que me irrita, imaginei o seguinte monólogo de mim para ele:

"Gustavo, isto, és tu e a tua bicicleta. E isto é o Paredão, para pessoas. Tu e a tua bicicleta são um; o Paredão é outro. Tu, a tua bicicleta e o Paredão NÃO podem conviver. Tu e o Paredão, sim; tu, a tua bicicleta e o Paredão, NÃO." 

Sendo que isto tudo seria, claro, acompanhado por gestos. 

Pronto, vou tentar deixar de ser parva ;)


segunda-feira, 27 de julho de 2015

26 de Julho

Há 3 anos, neste dia, defendi a Tese e terminei o Mestrado. O primeiro Mestrado. 

Há 2 anos, 1 ano depois de ter terminado um Mestrado que nunca me completou realmente, após ter realizado um Estágio naquela que seria, teoricamente, a minha área, e ao estar, na verdade, desempregada (embora estivesse a tentar aproveitar férias), estava com uma neura desgraçada. 

Há 1 ano, aconteceu um dos melhores casamentos de sempre, com momentos felizes, muito felizes. 

Em 2015, a noite de 26 de Julho foi a noite em que disse aos medos "fiquem aí que eu vou ser feliz". E fui feliz. Com juízo e respeito, ah ah, mas fui feliz, feliz, feliz. 

Não faço ideia de onde isto me vai levar. But so far... So good. :) 

sábado, 25 de julho de 2015

Depois as coisas boas

Juro que já não acreditava que isto agora fosse possível. Reencontrar uma pessoa, passados tantos anos, e conseguir passar horas à conversa com ele, sem dar pelo tempo passar, ao ponto de ser preciso o senhor do restaurante nos vir dizer "Está na hora de fecharmos." A minha vontade foi dizer-lhe "desculpe a demora, estou a apaixonar-me pelo rapaz que tenho à frente". 

Porque sinto, feliz ou infelizmente, que é isso que me está a acontecer. Quero falar com ele, quero passar os dias com ele. Quero, quero, quero. Fora as imensas mensagens trocadas, já saímos algumas vezes e eu quero mais. Quero muito mais. 

Isto são expectativas. E o problema é que expectativas trazem desilusões, caso elas não sejam correspondidas. Aguento? Claro que aguento. Mas não quero. Quero outras coisas. 

Quero as coisas boas. E para já... Para já a coisa boa é: estou a interessar-me por um rapaz bonito por dentro e por fora. Um rapaz esforçado, trabalhador; um rapaz culto, que me estimula intelectualmente; um rapaz divertido, que me faz rir às gargalhadas com as coisas mais simples - e mais complexas também. Um rapaz que sabe ser adulto mas também sabe não se levar demasiado a sério - e adoro a criança que há nele. Um rapaz com uns olhos bonitos e doces e com um sorriso lindo. Um rapaz que fica bem de barba e sem barba, com o cabelo curto ou mais "comprido" - ficando encaracolado. 

Fuck. Não, é uma coisa boa. Fuck. 

Primeiro as coisas más*

As pessoas mudam. As pessoas crescem e mudam. As pessoas que éramos aos 20 anos não são as mesmas que somos aos 26. E, muito provavelmente, não seremos as mesmas daqui a 10 anos. E isto é normal e será bom. O problema é quando, num grupo de amigos, as pessoas mudam de formas completamente diferentes e, às tantas, percebemos (ou percebo) que se conhecesse hoje aquelas pessoas (ou algumas delas), não conseguiria, provavelmente, fazer amizade com elas. Porque crescemos e mudámos de tal forma diferente que já temos muito pouco em comum. Temos vivências, interesses, vidas diferentes. E não falando naquilo que sinto de que sou obrigada a interessar-me pelas vivências dos outros mas ninguém (ou quase ninguém) está muito interessado nas minhas (e depois admiram-se que eu não fale da minha vida), ficam as questões: o que fazer a uma amizade quando dela apenas restam as memórias? O que fazer às relações de amizade quando crescemos, ficamos totalmente diferentes e parece haver cada vez menos paciência para aquilo que somos agora? 

O que fazer quando, de repente (ou não tão de repente assim) um elemento deste grupo nos provoca um pozinho especial que até aqui era reservado às pessoas de quem nunca na vida seria amiga? 

Cresceremos todos para nos tornarmos, realmente, nuns cínicos?


*Porque depois as boas compensam as más.

domingo, 19 de julho de 2015

A razão pela qual eu vou para o Inferno

Estava a ler um artigo da Visão sobre as gaffes do Duque de Edinburgo e ri-me, quase ao ponto de cair do sofá, com a seguinte:


"Em 1999, Cardiff, capital do País de Gales, disse a uma criança surda, da associação British Deaf Association, que se encontrava perante uma banda das Caraíbas: "Se estás tão perto dessa música é porque és sem dúvida surda."


Tão bom. 

Faz-me lembrar uma que eu disse a uma colega minha este ano, na Faculdade. Estava a professora a dizer "vocês não digam a um Surdo que ele tem uma Linguagem Gestual!" quando eu partilhei o seguinte pensamento "oh... mesmo que disséssemos ele não ouvia...". A minha colega desmanchou-se a rir e disse "tu és horrível". 

Pois sou :)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Meanwhile

Ontem o macacão lá chegou, às 18:01.

E ficou-me bem! Ligeiramente largo (um dia ainda vou perceber os tamanhos... Há alturas em que só um L é que me serve; outras alturas, como agora, o S fica-me ligeiramente largo - e não, não sou eu que ando feita iô-iô) e com as pernas a precisarem de bainha (e é nestas alturas que detesto o meu 1.63. Só nestas.), mas fica-me bem. Fico gira, fico com um rabo mesmo jeitoso e fico, sobretudo, modesta, ah ah!  



Da Mango, com 50% de desconto. Espectáculo! ;) 

Porque é que as pessoas me testam?

Eu tenho vários problemas - como toooooda a gente sabe. E um desses - talvez um dos maiores - são os meus trust issues. Tenho problemas em confiar, pronto. Segundo o que os meus pais contam, desde bebé que sempre fui desconfiada. E com o tempo, é verdade, a coisa tem-se vindo a agravar. O que é que eu hei-de fazer... As pessoas dão-me razões para isso, ora essa! 

Ora, uma das consequências disto prende-se com o facto de eu DETESTAR emprestar coisas. Especialmente roupa. Não é uma questão de egoísmo... Não. É, simplesmente, não confiar que as coisas vêm como foram - ou se sequer voltam. Traumas! Traumas everywhere! 

Sim, ao contrário da maioria das adolescentes, eu nunca troquei de roupa com amigas minhas. Primeiro porque as minhas amigas mais próximas tinham corpos diferentes do meu; segundo... Porque eu não gosto, lá está, de emprestar roupa. Nem de ter roupa emprestada. Nunca sabemos o que nos vai acontecer e também nunca quis correr o risco de estragar a roupa de alguém. Sim, a minha esquisitice funciona para os dois lados - valha-me a congruência!! 

Acontece que toda a gente sabe que eu tenho estas... especificidades. Toda a gente sabe que eu sou esquisitóide. Middle child here! Então porque é que uma amiga minha, sabe que eu sou esquisitóide e que, ainda por cima, nos últimos tempos tem andado feita parva, me enviou uma mensagem logo de manhã, do nada, a pedir um dos meus vestidos de cerimónia preferidos? Sério? Logo tu, que volta e meia estás a criticar a minha forma de vestir? Porque, OH MEU DEUS, VALHA-ME A SANTA BETICE, fui de Havaianas ao McDonald's perto da praia? Oh Senhores, não, não empresto. 

Não empresto porque tooooda a gente sabe que não empresto roupa - ainda para mais um vestido que é dos meus vestidos preferidos. Não empresto porque se é para pedir emprestado, ao menos que se peça como deve ser. Não empresto porque estou farta das merdices das pessoas - oh, sim, além de egoísta, sou vingativa. I'm a bitch! 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Bored

A praia não tem estado espectacular - pois que não. O vento este ano não dá tréguas e há vento em todo o lado  e a toda a hora. Uma chatice, portanto. 

Mas, ainda assim, apetecia-me ir à praia. Em vez disso, estou de molho em casa, à espera que chegue uma encomenda. Que bom. É bom que o macacão que encomendei da Mango me fique espectacularmente bem. É bom. 

Oh crap...

O "primeiro (re)encontro" aconteceu. E foi bom. Estava estupidamente nervosa. Mas foi bom. Pelo menos na minha opinião. 

Porque agora começam as dúvidas e incertezas: o que é que ele achou? Será que fui chata e falei de mais? Será que, será que, será que? 

Tenho vontade de mais encontros. Será que ele também? 

God, já não estava habituada a isto. Pois que não. E estas dúvidas e incertezas e medos e receios vêm com o pacote, eu sei. Mas porquê? 

Acho que me sou capaz de me interessar a sério por ele. O que é uma chatice... Porque se ele não se interessar - o que é bastante provável -, sou capaz de me magoar. Outra vez.

É mais fácil quando desligamos, quando não deixamos ninguém entrar, quando não queremos saber. É tão mais fácil...  

sábado, 11 de julho de 2015

[Imagino como seria. Imagino como seria (re)encontrar-te pela primeira vez. Imagino que conversas teríamos. Imagino como agiríamos um com o outro. Imagino... E depois digo a mim mesma para parar de imaginar. Eu sou um paradoxo - uma pessoa extremamente realista (pessimista, dizem uns) mas, ainda assim, imaginativa. Paro e viajo - viajo daqui para o passado num abrir e fechar de olhos e reconstruo-o à minha maneira, à maneira que eu acho, agora, que deveria ter sido. E de repente, estou num futuro - um futuro que eu sei que não acontecerá mas, ainda assim, um futuro bom, que eu construo com o molde dos meus desejos. 

E depois vem a realidade: estou neste presente onde, por mais que eu faça, nunca origina o futuro que eu quero para mim. Onde, apesar da minha formação em Psicologia, não percebo os objectivos das pessoas; onde me sinto sempre a jogar um jogo de xadrez difícil. Agora que penso nisso, se calhar posso utilizar o xadrez como uma espécie de metáfora para a minha vida - não sei jogar xadrez, assim como não sei jogar o jogo da vida. E alguém tem que perder. E esse alguém serei eu.]

Olha que esperta

Ainda dorida da aula de 5ª feira, ontem fui nadar 45 minutos. Hoje, e a continuar dorida da aula de 5ª feira, fui correr de manhã 10km. 

E agora... Agora estou que nem posso.

Dores do corpo para esquecer outros "filmes"? Bom, nunca foi esse o objectivo, mas se calhar é isso mesmo. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ai, ui, auch

Hoje fui meter-me numa aula, no ginásio, que ando há séculos para experimentar mas que, devido ao horário, nunca deu jeito. É uma aula de HIT - High Intensity Training - e a ideia é trabalhar tudo o que há para ser trabalhado num curto espaço de tempo. E meus amigos... A verdade é que já há muito tempo que não ficava assim depois de um treino - fosse do que fosse. Que bom que era poder fazer isto sempre!! 

Masoquista, hein? Estar acabada e mesmo assim gostar da coisa e querer repetir, ah ah!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

É disto que tenho medo

Querer, desejar. Esperar. 
Perceber que se ficar um dia sem falar com ele, isso me vai fazer alguma falta. 
Imaginar. Imaginar como será quando (e se...) nos encontrarmos (porque ainda não nos encontrámos pessoalmente desde a última vez que nos vimos, há uns 8 anos. Noutra vida). 
Desejar esse encontro. 

Tenho medo disto tudo porque eu formei esta história (narrativa...) de mim própria, esta história (narrativa...), segundo a qual se eu me interesso por alguém, esse alguém não se vai interessar por mim. 

E é disto que eu tenho medo - e é isso que eu tenho evitado. Interessar-me a sério por alguém. Porque depois... Depois é uma chatice quando ele não se interessa. 

domingo, 5 de julho de 2015

Percebi aquilo que sempre soube

As questões não são importantes. Ou melhor... Provavelmente, nenhuma delas teria uma resposta importante. As coisas são como são e acabam porque acabam; não é preciso que haja uma razão escondida ou um outro significado. As coisas são como são e as pessoas são como são. 

Nesta altura apenas as perguntas eram importantes. Se há um ano talvez quisesse voltar a ter alguma coisa com ele, hoje em dia já não. Hoje em dia, e graças a ele e à sua capacidade para ser player, isso já estava mais que ultrapassado. Nesta altura, apenas existiam as questões. Porque eu tenho esta memória desgraçada que não me permitia esquecê-las. Não sei se alguma vez as vou esquecer, da mesma maneira que nunca esqueci outras coisas do passado e que, entretanto, se tornaram completamente irrelevantes. Mas é apenas isso. Questões cujas respostas já não interessam. 

Porque as pessoas são como são e as situações são como são. E o Mundo corre. 

sábado, 4 de julho de 2015

Ok

Face à minha cada vez maior incapacidade de partilhar a minha vida e os meus sentimentos com pessoas que conheço, mas tendo em conta que, por outro lado, preciso de exteriorizar o que estou a sentir, cá vai:

Eu estou a começar a interessar-me por um rapaz (homem? Temos exatamente a mesma idade - eu sou 1 dia mais velha que ele, na verdade, por isso, como é que o trato? Com 26 anos, o que é? Um homem ou um rapaz?). Eu acho que é isso que significa ficar feliz quando ele diz qualquer coisa ou ficar meio chateada quando ele não diz nada. Eu acho que é isso que significa adorar conversar com ele sobre livros e sobre séries, ainda que seja só por mensagem, e desejar fazê-lo. E não falar com ele sempre para ele não pensar que sou uma chata de uma colas que não o larga. E, e, e. Pareço uma adolescente parva. 

Mas... Há sempre um mas.

Neste caso, o mas são as perguntas do outro que ficaram por responder. Pergunto-me: queres voltar a ter alguma coisa com ele? E respondo: não. No máximo, despedir-me, pessoalmente, porque ele vai emigrar para a terra dos malucos. Mas mais do que isso, não.

Então pergunto-me outra vez: então qual é a importância que a resposta a essas perguntas tem? E eu consigo responder: nenhuma. Ou praticamente nenhuma. 

Mas o problema é que eu tenho esta memória estúpida. E a minha memória estúpida não me deixa esquecer coisas - mesmo que elas sejam, como estas perguntas, insignificantes. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Começar bem o dia

Acordar com o despertador, que toca às 9h, às 9h30, às 10h e às 10h30. Levantar-me às 10h15, olhar ao espelho e pensar "ena pá, se calhar fazias as sobrancelhas". Antes de ir tomar o pequeno-almoço, tirar o que estava a mais. Achar que não tinha demorado assim tanto tempo com isso. 

Ir tomar o pequeno-almoço. Chegar à cozinha, olhar para o relógio do forno e ver que são 10:55. Pensar que se calhar aquele relógio está mal, olhar para o da Sic Notícias e perceber que não, que a coisa está certa. Pensar "caraças, será que demorei tanto tempo a tirar meia dúzia de sobrancelhas? Já se foi metade da manhã!!!". 

Chegar ao quarto, olhar para o telemóvel e perceber que, afinal, o cabrão é que se tinha atrasado nas horas. O estúpido estava 40 minutos atrasado!

Fuck.

domingo, 28 de junho de 2015

Fim-de-semana

Sexta feira
3 atentados terroristas e um deles é no país para onde o parvo do idiota do estúpido vai. Quando soube que ele ia para lá, fiquei estranha precisamente por isso. Ele vai meter-se na boca do lobo e apesar de tudo, se lhe acontecer alguma coisa, não vou gostar. Não sou assim tão horrível. Fiquei apreensiva e preocupada. 

Sábado
Fazer um trabalho (o último!) e perceber, uma vez mais, a diferença entre fazer uma coisa que se gosta e fazer uma coisa porque tem que ser feita. Estive horas ao computador e sim, estava cansada e apetecia-me mais ir para a praia do que estar a fazer o trabalho; no entanto, parece que custou menos e estava a ficar satisfeita com a coisa. 

Domingo
Fazer a parte do Enquadramento Teórico do trabalho e a coisa não está a correr tão bem como ontem. Li os artigos / capítulos há algum tempo e não tenho nenhuma estrutura mental daquilo que vou escrever. Para ajudar, estou meio "nhee" a nível físico... Meio mal-disposta, meio enjoada... Não sei. É o calor. E o cansaço. 

Vidas.

Estou quase de férias. É só acabar isto. 


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Uma espécie de limbo

Estou a fazer um trabalho de Aconselhamento Vocacional que, resumindo, apresenta como um dos objetivos aumentar a Perspetiva de Futuro do cliente. Como não sou nada narcisista - nada -, e como estou ligeiramente cansada - só ligeiramente -, dei por mim a pensar em mim própria. Não em termos vocacionais, que por aí, agora (e pela primeira vez em muito tempo), está tudo mais ou menos alinhado (apesar do medo do Futuro... Perspetiva Ansiosa do Futuro, eu? Nada), mas em termos pessoais. 

Estou presa no Passado, naquilo que não foi, naquilo que não foi dito ou feito, nas perguntas que ficaram por responder e, também por isso, não consigo avançar para o Futuro (ou para um possível Futuro). Não sei o quão real, quão bom, quão realmente desejado poderia ser o Futuro; no entanto, também não me permito descobrir isso. Porque tenho medo da rejeição, sim; porque tenho receio do ridículo, também. Mas, também, porque estou presa a este pseudo-passado parvo, sem significado para ninguém a não ser para mim. 

Decido, muitas vezes, esquecer, lançar os cabelos para trás das costas e seguir em frente (que imagem poética). E consigo manter essa decisão por algum tempo. E "oriento-me" para o Futuro (ou para um possível / eventual futuro). Mantenho-me ocupada durante o dia, cabeça no monitor e dedos no teclado, e não penso no que não devo. Mas depois paro. Depois vejo sinais de vida. E voltam as questões. E volta o que ficou por dizer e fazer. And that... Sucks.  

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Qual é um dos maiores sustos que uma míope pode apanhar?

Uma míope deixa os óculos na mesa cabeceira durante a noite. A míope acorda por volta das 6 da manhã, sem necessidade, e ao virar-se para o outro lado - o lado da mesa de cabeceira - acaba, com a sensibilidade de um elefante numa loja de cristais, por atirar a mão ou qualquer coisa (a mão e a almofada? Eram 6 da manhã, a míope estava mais a dormir que acordada) para a mesa de cabeceira. De repente, só ouve alguma coisa a cair ao chão - os óculos. A míope acorda e pensa "foda-se, ficaste sem óculos, era o que faltava". A míope tenta acender a luz do candeeiro da mesa de cabeceira, mas estando sem óculos e estando às escuras, a coisa torna-se mais difícil. Eventualmente, lá consegue. Depois, tenta encontrar os óculos no chão. Mas só um míope é que sabe o quão frustrante é procurar os óculos sem... os óculos. Por fim, lá acaba por os encontrar, debaixo da cama, todos sujos mas... intactos. 

Sim, esse é um dos maiores sustos que um míope pode apanhar - ficar sem óculos., partir os óculos. Eu não uso lentes de contacto e apesar de ainda ter os meus óculos antigos, a graduação deles está mais do que desactualizada. Por isso, se partisse os óculos, e sendo possível não arranjar lentes no próprio dia, talvez ficasse tipo toupeira uns dois dias. Não é agradável. 

Mas, enfim, correu tudo bem. O que pode ser um bom indicador para a semana que se aproxima. Boa segunda feira, gente!